O SR. EPITACIO CAFETEIRA (PPB-MA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, também fui citado pelo nobre Senador Eduardo Suplicy. Hoje, o ex-Prefeito Paulo Maluf realmente me procurou. Veio comigo ao Senado mas não mostrou o que havia dentro do envelope endereçado à CPI e ao Presidente Bernardo Cabral. Disse-me que dentro teria não só os jornais onde o relator, Senador Roberto Requião, havia declarado que "não há nenhuma prova contra Maluf e não vou forjá-las". E mais: que no depoimento prestado por um prefeito de São Paulo, na hora em que se discutia esse assunto, o nobre Senador Roberto Requião, relator da CPI, disse: "Se quiserem vir, venham; se não quiserem vir, não venham." Meu relatório não vai mudar uma vírgula, tenho o suficiente para fazer o relatório. E ele disse: "Bom, se o relator não vai mudar diga eu o que disser, não tenho por que retardar minha viagem apenas para ser objeto de discussões de desafetos políticos. Não há nenhuma maneira de estar reagindo a CPI. Apenas o relator já disse que não precisa me ouvir e o que eu disser não vai mudar em nada seu relatório."

Era isso que eu queria deixar claro, porque pode dar a impressão de que o Dr. Paulo Maluf não veio em desrespeito. Não, ele não veio porque o relator disse que não mudaria uma vírgula e que, se quisessem vir, viessem. Isso está nas notas taquigráficas daquele dia.

Era o que eu tinha a explicar.