Pronunciamento de Levy Dias em 10/07/1997
Discurso no Senado Federal
ELOGIOS AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FUNDAÇÃO BRADESCO, VOLTADAS PARA CRIANÇAS E JOVENS CARENTES, OBJETIVANDO DAR-LHES OPORTUNIDADES DE FREQUENTAR ESCOLA REGULAR DE 1 E 2 GRAUS E CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.
- Autor
- Levy Dias (PPB - Partido Progressista Brasileiro/MS)
- Nome completo: Levy Dias
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
EDUCAÇÃO.:
- ELOGIOS AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FUNDAÇÃO BRADESCO, VOLTADAS PARA CRIANÇAS E JOVENS CARENTES, OBJETIVANDO DAR-LHES OPORTUNIDADES DE FREQUENTAR ESCOLA REGULAR DE 1 E 2 GRAUS E CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/07/1997 - Página 13770
- Assunto
- Outros > EDUCAÇÃO.
- Indexação
-
- ELOGIO, ATUAÇÃO, AMBITO, ENSINO, FUNDAÇÃO, BANCO PARTICULAR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ATENDIMENTO, ADOLESCENTE, CRIANÇA CARENTE.
- REGISTRO, QUALIDADE, FUNDAÇÃO, ENSINO DE PRIMEIRO GRAU, ENSINO DE SEGUNDO GRAU, ENSINO PROFISSIONALIZANTE, CORRELAÇÃO, NECESSIDADE, COMUNIDADE.
O SR. LEVY DIAS (PPB-MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, quero abordar, nesta manhã, um dos assuntos mais importantes do nosso País: o problema da educação.
Neste tempo em que o Brasil procura descortinar um novo futuro para a educação de seus jovens; neste tempo em que as autoridades educacionais intentam dar novos rumos ao ensino de 2º Grau; neste tempo em que as preocupações com a qualidade do ensino motivam avaliações de cursos, de colégios e até do livro didático, é conveniente e salutar volver os olhos e a atenção para experiências bem-sucedidas que já se desenvolvem em nosso País, com resultados altamente positivos.
Quero, hoje, chamar a atenção dos meus Pares, nesta Casa, para uma dessas experiências: o trabalho que é desenvolvido, no campo do ensino, pela Fundação Bradesco, de Norte a Sul do Brasil.
Essa Fundação iniciou suas atividades há 40 anos, no dia 22 de novembro de 1956, na Cidade de Deus, em Osasco, Estado de São Paulo, sede nacional do conglomerado Bradesco. Dar a crianças e jovens carentes a oportunidade de freqüentar uma escola regular e preparar-se para a vida é o seu grande objetivo, que, até hoje, está sendo cumprido à risca.
Nestes 40 anos, 67 mil alunos já se diplomaram em seus cursos regulares de 1º e 2º Graus e outros 210 mil puderam freqüentar os cursos de capacitação profissional. No ano passado, 63 mil e 900 estudantes estavam matriculados na pré-escola, no 1º e 2º Graus e no Supletivo, enquanto 31 mil e 800 se habilitaram em outros cursos rápidos de treinamento profissional.
Não há exagero algum em afirmar-se que a Fundação Bradesco é uma das maiores redes de ensino privado do Brasil, estando presente em todos os Estados da Federação, à exceção somente do Acre e de Roraima.
Para aquilatarmos adequadamente o crescimento das atividades desenvolvidas por essa Fundação, basta dizer que no período compreendido ente 1980 e 1996 o número de escolas passou de 14 para 36, aumentando 157%, e o número de alunos passou de 13 mil e 80 para 95 mil e 726, com um crescimento de 631%
As escolas da Fundação Bradesco se localizam de forma predominante em regiões pobres das cidades e se destinam, de preferência, à população carente. Os alunos lá encontram gratuitamente, além do ensino de ótima qualidade, alimentação, assistência médica e odontológica, uniforme e material escolar. Em todos os níveis, paralelamente ao currículo tradicional, proporcionam-se aos alunos possibilidades de se desenvolverem de forma integral, inseridos no ambiente em que vivem.
O 2º Grau está voltado basicamente para a preparação profissional, podendo o aluno optar entre as áreas técnicas de contabilidade, administração, agropecuária, eletrônica, processamento de dados, magistério ou o Colegial. O oferecimento desses cursos resulta de um levantamento cuidadoso das necessidades locais, apoiando-se os seus currículos não somente no conhecimento técnico, mas também em aulas práticas que contam com recursos tecnológicos da melhor qualidade, destinados a aproximar os alunos da realidade em que vivem e do mercado de trabalho que os espera, oferecendo-lhes condições para o exercício de uma profissão técnica.
Os cursos de rápida profissionalização visam a suprir a carência de qualificação de mão-de-obra em cada comunidade. Assim, há cursos de informática, artes gráficas, culinária, datilografia, escriturário, cabeleireiro, eletricista residencial, corte e costura, puericultura, primeiros socorros, inseminação artificial, pecuária de leite e de corte e manutenção de máquinas agrícolas.
É reconfortante e comovente ver, por exemplo, como jovens internos da Fazenda Bodoquena, na cidade de Miranda, no interior do Estado de Mato Grosso do Sul, se dedicam aos estudos e ao trabalho rural, aprendendo numa típica escola agrícola as técnicas mais modernas de manejo e reprodução animal, e de cultivo da terra. São os jovens egressos dessa escola que suprem as fazendas da região de mão-de-obra especializada da melhor qualidade.
Há poucos dias, o jornalista Gilberto Dimenstein lembrava em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo o cidadão norte-americano George Soros, que notabilizou-se por ser o maior filantropo do planeta: a cada ano aplica US$350 milhões em obras sociais. O mesmo jornalista lembrava que, muitos anos antes, aqui no Brasil, o falecido Amador Aguiar já fazia o mesmo com a sua Fundação Bradesco.
Os R$80 milhões que anualmente são aplicados nessa Fundação transformaram o Bradesco no maior patrocinador privado de programas sociais em nosso País.
Esse, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é um exemplo a ser seguido por nossos empresários. Não pode haver melhor forma de distribuição de lucros do que esse atendimento que é prestado aos mais necessitados, não somente garantindo-lhes a subsistência, mas proporcionando-lhes meios para que a possam adquirir com trabalho e com dignidade. Que melhor propaganda pode haver de uma empresa do que estar o seu nome ligado a um programa bem estruturado e sério de atendimento social?
Nesse momento em que o MEC está se propondo a tornar os cursos de 2º Grau mais próximos das comunidades e da realidade dos alunos, creio ser de bom alvitre que os seus técnicos conheçam a experiência bem-sucedida da Fundação Bradesco, pois lá já se faz isso há muitos anos.
As minhas palavras finais só podem ser de regozijo por esse belo trabalho desenvolvido pela Fundação Bradesco em favor das comunidades carentes deste nosso Brasil, pedindo a Deus que ilumine muitos outros prósperos empresários de nosso País a seguirem o mesmo caminho, dando a sua efetiva contribuição para que os problemas sociais mais crônicos da nossa população tenham efetivamente solução.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.