O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, falar numa sessão de homenagem a Herbert de Souza, nosso Betinho, é um privilégio para qualquer um, mas para mim, especificamente, é um grande privilégio.

Betinho foi, por quatro anos, meu colega no Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Por quatro anos, todas as quinta-feiras, encontrávamo-nos para tratar dos problemas da educação daquele Estado. Por quatro anos, vi a transparência desse homem e pude constatar a correção das suas preocupações para com o povo brasileiro. Por muitas vezes, visitei o instituto que Betinho mantinha e vi o trabalho de pesquisa, de orientação, de educação e de informação que ele desenvolvia.

Posteriormente, tive a oportunidade de, na TV Educativa, participar, também por várias vezes, do programa de televisão que ele comandava, que se chamava "Cidadania", onde se discutia problemas da cidadania. Portanto, convivi com ele em muitas ocasiões, e em todas elas a recordação, a impressão, a certeza era de que se tratava de uma pessoa que não tinha outra bandeira na vida senão a de lutar pelo nosso País, pelo nosso povo, pela nossa liberdade.

No ano de 1996, apresentei o projeto do Balanço Social das Empresas, uma das últimas bandeiras levantadas por Betinho. Há duas semanas, recebi uma carta dele, que deve tê-la expedido há três semanas. Portanto, até mesmo próximo do seu passamento, estava ele acompanhando o trabalho do Parlamento, o que estávamos discutindo, por que estávamos lutando, brigando, e me mandava uma carta de parabéns, de congratulações por esse projeto.

Por isso eu não poderia deixar de, no dia em que estamos homenageando Betinho, vir à tribuna para dizer da minha convivência com esse insigne brasileiro, da minha admiração e da admiração que deve ser de todo o nosso povo, porque ele deu praticamente toda a sua vida adulta na luta pelo nosso povo, pela melhoria do nosso País.

Muito obrigado.