O SR. JOSÉ BIANCO (PFL-RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Dr. Phelippe Daou, senhoras e senhores, certamente, depois de tantos pronunciamentos feitos pela manhã na homenagem justamente prestada à Rede Amazônica de Televisão, pelos seus 25 anos, e depois de tantos pronunciamentos feitos nesta tarde por ilustres colegas que me antecederam, pouco resta a dizer.

Mas eu não poderia me furtar de registrar, ainda que brevemente, o meu testemunho da valiosíssima contribuição que a Rede Amazônica de Televisão tem prestado ao desenvolvimento e à integração da nossa vasta Região Amazônica.

Dr. Phelippe Daou, quero dizer a V. Sª que a minha história em Rondônia e a história da sua empresa têm algo em comum. No ano de 1974, em que, juntamente com milhares de outros brasileiros de todo o Brasil, dirigi-me a Rondônia para transformar o então Território de Rondônia em Estado, aportava também a sua empresa em nossa Capital, no Município de Porto Velho.

Mas fui residir e trabalhar num município do interior, à época ainda uma simples vila, distrito da nossa Capital.

Quando a empresa que V. Sª tão bem preside se instalou em nosso Estado, ele tinha apenas dois municípios: a Capital, Porto Velho, e Guajará-Mirim, na divisa com a Bolívia. Hoje há 52 Municípios. Na época em que a Rede Amazônica de Televisão se instalou em Porto Velho, éramos 100 mil habitantes, talvez menos do que isso. Hoje somos, seguramente, mais de um milhão e meio de habitantes, em que pese o IBGE informar que somos 1,220 milhão de habitantes.

As palavras que o Senador Bernardo Cabral disse ter ouvido de alguém quando essa rede de televisão chegou a um outro distante município da Amazônia, certamente, eminente Senador Bernardo Cabral, tenha certeza disto, também eu as pronunciei. Em 1976-77 recebemos a repetidora da rede de televisão, lá no distrito ainda de Vila de Rondônia, posteriormente e ainda hoje município de Ji-Paraná - município, aliás, faço questão de registrar com muita satisfação e honra, que dirigi como prefeito entre 1989 e 1993. Ali, quando essa televisão chegou, Dr. Phelippe e Senador Bernardo Cabral, eu também pronunciei estas mesmas palavras: "De agora em diante passamos a ser gente."

Vivíamos inteiramente isolados, telefone não tínhamos; jornal, evidentemente, lá não chegava. Passamos a ter, então - ainda que as notícias viessem com dois ou três dias de atraso, porque eram gravadas e depois as fitas era remetidas para lá - contato com o resto do País, naquela distante região em que vivíamos.

Certamente, Dr. Phelippe, vou cometer injustiça, mas eu gostaria de lembrar pelo menos o nome de alguns colaboradores da sua empresa; alguns, inclusive, falecidos, como é o caso de Ubiratan Sampaio, Vinícius Danin, Jorge Santos e Sérgio Valente; Dr. Murilo Aguiar, Osmar Vilhena, João Vilhena - que foi o primeiro diretor em Ji-Paraná -, João Dalmo, Mariano Rolim, Fernando Barbosa, de Artur Marques, Edinho e de tantos outros.

Ao encerrar minhas palavras, quero que V. Exª receba, em seu nome e em nome dos demais diretores e funcionários, este nosso singelo, humilde, mas sincero reconhecimento pela grandiosidade da contribuição que a empresa que V. Exª preside tem dado para a integração, o crescimento e o desenvolvimento da vasta Região Amazônica, e o manifesto do nosso desejo de que a sua empresa continue com o sucesso obtido até aqui.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas)