A SRª MARLUCE PINTO (PMDB-RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Phelippe Daou, eu não poderia, nesta oportunidade, deixar de prestar meu testemunho sobre o extraordinário trabalho desenvolvido pela Rede Amazônica de Rádio e Televisão em prol do Brasil e, particularmente, da região amazônica.

Ao falarmos da Rede Amazônica, não há como também não lembrarmos de seu principal idealizador e Presidente, Dr. Phelippe Daou, que hoje faz parte da história das comunicações neste País e da história desenvolvimentista da região Norte. Dr. Phelippe Daou, juntamente com os Drs. Milton Magalhães Cordeiro, Roberto Phelippe Daou, seu primo, Joaquim Margarido e outros abnegados companheiros de incansável luta, representam hoje para o País e, em particular, para a região Norte expressões máximas de caráter e sinônimos de trabalho e realização.

Do centro de uma região inóspita, onde a floresta tolhe os passos humanos e dá guarida à exuberante fauna e flora, foram levadas ao ar, graças à convicção, à coragem e à determinação destes homens, as primeiras imagens retiradas ao vivo daquele chão internacionalmente cobiçado. Daquele início difícil, de lutas incansáveis, o sucesso advém, não gratuitamente, bem o sabemos, mas o fato é que o coroamento de hoje é o fruto da boa regra e a medalha merecida.

O Brasil, hoje, assiste a esse jubileu de prata, e tenho certeza de que com muito orgulho. A iniciativa desses homens extraordinários - ouso dizer - foi um marco no desenvolvimento como um todo de nossa Região Amazônica.

Muito hoje se disse a respeito desse jubileu. Muito mais ainda poderia ser dito. Mesmo assim, não teríamos palavras suficientes para expressar o que representou e o que representa o trabalho desses homens para o Brasil acima do Equador.

Não mais usarei palavras, usarei do gesto mais fraterno, que é o gesto do abraço amigo para externar a minha gratidão e a gratidão dos que habitam a Região Norte por tão extraordinário trabalho.

Parabéns à sua equipe, ao Brasil e à Região Norte por possuir homens dessa estirpe e uma empresa desse vulto.

Eu quero, Dr. Phelippe Daou, aproveitar essa oportunidade para mais um alerta, não somente a V. Exª e a sua equipe da Rede Amazônia, mas a todos nós amazonenses, a todos nós brasileiros, um alerta para salvaguardar a nossa Amazônia.

V. Exª tem um papel primordial nesse trabalho, uma vez que hoje os meios de comunicação são o quarto poder do nosso País, como todos sabemos. Nas horas das calamidades, nas horas aflitivas, esse poder fala mais alto do que os Três Poderes, porque são os meios de comunicação que levam o alerta à população.

Aqui desta tribuna, ressalto que a Rede Amazônica de Televisão age com justiça em relação não só aos políticos mas também à população da Região Amazônica como um todo. A Rede Amazônica existe há 22 anos em meu Estado de Roraima, antes Território, e acompanho sua atuação há quase 20 anos. Percebo que trabalham com justiça. A televisão dá oportunidade para todos, sejam vereadores do interior, sejam prefeitos dos mais longínquos torrões, seja o Governador do Estado.

Sr. Presidente, isso se deve à hombridade do seu presidente, que tem sabido fazer justiça na nossa Região e que soube enfrentar as dificuldades, pois, como bem sabemos e como disse a Senadora Marina Silva, temos a certeza dos desafios enfrentados.

Hoje é muito fácil instalar-se um canal de televisão, até mesmo na Região Amazônica. Mas, em sua época, tudo era muito difícil. O povo nem acreditava que os amazonenses tinham direito a um canal de televisão.

Foi o grupo de V. Sª que teve essa coragem e é o grupo de V. Exª que até hoje faz vicejar, naquele torrão, a justiça, a lealdade e a honestidade. Parabéns a esse grupo.

Eu não podia, como representante do Estado de Roraima, deixar de vir à tribuna e trazer a minha solidariedade em nome do povo roraimense e de seu grande amigo Ottomar Pinto, que, se aqui estivesse, estaria dizendo as mesmas palavras de reconhecimento pelo seu belo trabalho.

Não posso deixar de relembrar um momento de grande sensibilidade que tivemos naquele festejo na noite da segunda-feira próxima passada. Quando V. Exª falou na eterna madrinha do grupo e aquele coral começou a canção "Cantando Sempre no Meu Coração", ficamos plenos de um sentimento que não sei expressar, um misto de gratidão e de amor. É preciso ser muito humano para ser capaz de manifestar todo aquele sentimento que V. Exª externou naquela noite ao som daquela canção. Eu olhava para todos os presentes. Ali ninguém conversava. Todos ouviam aquela bela canção que expressava a amizade de todos os seus familiares por aquela que já se foi mas que deixou um grande exemplo não só para sua família e amigos mas também para todo o povo da Amazônia. Muito obrigada. (Palmas)