O SR. GILBERTO MIRANDA (PFL-AM) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há um quarto de século, a Rede Amazônica de Rádio e Televisão vem prestando inestimáveis serviços à nossa Região e ao País.

Constituindo hoje um dos pilares do projeto de integração nacional, a Rede, desde a sua fundação em 4 de setembro de 1972, incorporou 5 emissoras geradoras e 5 em UHF, nas capitais do Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.

O sistema de TV, cobrindo a integralidade dessa fantástica área de 2 milhões e 500 mil quilômetros quadrados do território pátrio, conta ainda com uma sucursal em Brasília, 7 minigeradoras e mais de uma centena de retransmissoras, localizadas no interior daquelas 5 unidades da Federação.

Os sistemas de rádio, por sua vez, compõem-se das emissoras de Manaus, Macapá e Rio Branco, operando em freqüência modulada, e da Rádio AM da cidade de Manacapuru, em nosso Estado.

Além disso, concretizando o sonho alimentado desde a sua criação, no sentido de integrar a Amazônia, a Rede opera no sistema AMAZONSAT, transmitindo a sua programação, nas 24 horas do dia, pelo canal exclusivo do satélite "Brasilsat". O seu sinal é captado, em UHF, no canal 44, de Manaus; no canal 21, de Rio Branco; no canal 29, de Macapá; no canal 22, de Porto Velho; e no canal 23, de Boa Vista. Mediante a utilização de antena parabólica, a sua imagem e som alcançam as demais regiões brasileiras e os países vizinhos, pelo canal 23.

Ocupando modernas instalações em Manaus, a Rede Amazônica de Rádio e Televisão é o veículo de comunicação mais importante da região, transmitindo a programação local e divulgando, diariamente e ao mesmo tempo, o noticiário e outras atrações do Sistema Globo.

A programação jornalística é composta, basicamente, pelo "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, antecedido do "Bom Dia Amazônia", gerado nas emissoras de cada Estado, e sucedido, em rede, pelas notícias originadas da Capital Federal.

Devem-se acrescentar o "Amazônia em Revista"; o "Amazônia em Notícia"; o "Telejornal Local"; o "Encontro com o Povo"; e o "TV Comunidade", líderes de audiência numa diversificada e ampla programação de cultura, esporte e lazer.

Expandindo sua atuação, a Rede Amazônica de Rádio e Televisão, numa iniciativa da Sucursal de Brasília, firmou parceria com o Sistema CNN, objetivando a transmissão de programas sobre a Região. Dessa forma, serão divulgadas informações e reportagens, com tempo entre 2 e 30 segundos, num total de 2 minutos diários, acerca de várias localidades da Amazônia, que assim passam a merecer maior divulgação internacional.

Como já se disse aqui, é relevante que a Amazônia seja conhecida, em sua vastidão e beleza, em todo o mundo, falando a peculiar "linguagem dos caboclos, dos ribeirinhos, dos seringueiros, dos índios, dos empresários, dos comerciantes, dos professores, dos intelectuais" e dos que lá produzem ciência.

Com tal finalidade, o acordo com a CNN promete resultados auspiciosos, pois a emissora passa a manter programação em 144 países, nos quais será possível um maior e melhor conhecimento das coisas e gentes dessa famosa e rica Região, que em todos seguramente desperta curiosidade e admiração.

Como dissemos, é irrecusável a importância das redes de comunicação para uma acertada política sócio-cultural de natureza integracionista, mormente em Nação de grandes dimensões territoriais. Porém, por muito tempo, a Amazônia esteve excluída do processo de integração regional, pouco participando dos acontecimentos que se processavam no restante do País, que, a sua vez, mal conhecia o que se passava no extremo Norte.

As emissoras de rádio, pioneiramente, começaram a exercer essa função integradora, levando às populações da Amazônia a transmissão das notícias do que dia a dia se passava nas demais regiões.

Com a criação da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, as populações do Amazonas, do Acre, do Amapá, de Rondônia e de Roraima adquiriram maior conhecimento de seu País, integraram-se à comunidade nacional de comunicações e fortaleceram a própria consciência de cidadania.

Estávamos nos anos 70, quando o idealismo e a capacidade realizadora de uns poucos homens transformaram em realidade o sonho de integração da Amazônia, elaborando o seu retrato fiel e levando-o, em seguida, em todas as suas notáveis singularidades, para os restantes Estados brasileiros e para o mundo.

Segundo registrou o Deputado Francisco Rodrigues, de Roraima, em meio à "década de 80 a TV-Amazonas, emissora-líder da Rede Amazônica, passou a utilizar um canal de satélite 24 horas por dia, para emitir sinais para as suas emissoras do interior e para a América do Sul, pelo canal 23 do Brasilsat", conforme dissemos.

Entrava em funcionamento o Amazonsat, "um canal a serviço da Amazônia, para expor as idéias de seu povo, seus anseios, sua cultura, costumes e a potencialidade socioeconômica da região."

O Amazonsat, além de transmitir a diversificada programação da TV-Amazonas, divulga os eventos de interesse noticioso, cultural e político da Região, bastando ver, nesse último caso, a manutenção de equipe de comunicadores na Capital Federal, com o fim de divulgar o que de mais importante ocorre no Governo, aí incluídas as atividades da Câmara dos Deputados e do Senado da República.

Ademais, com a divulgação de notícias de natureza institucional, a Rede Amazônica de Rádio e Televisão presta serviço público da mais alta relevância, de que são exemplos as campanhas de vacinação e de informes sobre a preservação da saúde, assim como a realização de programas, obras e investimentos oficiais na Região.

Ao aqui consignarmos a nossa homenagem à Rede Amazônica de Rádio e Televisão, pelo seu Jubileu de Prata, endereçamos ao seu Presidente, Dr. Phelippe Daou; ao Dr. Milton Cordeiro, Superintendente de Jornalismo; ao Dr. Raimundo Farias Moreira, Diretor da Sucursal Brasília; aos doutores Aluisio José Daou; Nivelle Daou Júnior e Joaquim Margarido; e às suas equipes, o testemunho do nosso reconhecimento pelo muito que têm feito, com sacrifícios e dedicação extremada, pelo progresso da Região, pela felicidade de sua gente e pela integração e maior grandeza do País.

Era o que tínhamos a dizer.