Discurso no Senado Federal

CONSIDERAÇÕES SOBRE SUA ATUAÇÃO NO GOVERNO DO MARANHÃO, EM RESPOSTA AO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR EDISON LOBÃO.

Autor
Epitácio Cafeteira (PPB - Partido Progressista Brasileiro/MA)
Nome completo: Epitácio Cafeteira Afonso Pereira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE SUA ATUAÇÃO NO GOVERNO DO MARANHÃO, EM RESPOSTA AO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR EDISON LOBÃO.
Publicação
Publicação no DSF de 13/09/1997 - Página 18720
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, DISCURSO, EDISON LOBÃO, SENADOR, REFERENCIA, GESTÃO, ORADOR, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO MARANHÃO (MA), ESPECIFICAÇÃO, POLICIA MILITAR, RECUPERAÇÃO, PATRIMONIO HISTORICO, CAPITAL DE ESTADO.

O SR. EPITACIO CAFETEIRA (PPB-MA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, penso que o problema do Senador Edison Lobão, realmente, não é com o meu governo, mas com a Polícia do Maranhão, porque houve uma rebeldia no momento em que S. Exª foi tomar posse. Daí para frente, S. Exª resolveu encarar a Polícia da mesma maneira como ela reagiu a sua posse.

Quero dizer a V. Exª, Sr. Presidente, e também para conhecimento do Senador Edison Lobão, que não nomeei nenhum Coronel ou Tenente-Coronel: quem o fez foi o seu correligionário, João Alberto, o Vice-Governador que assumiu quando deixei o Governo.

Senador Edison Lobão, V. Exª está fazendo uma crítica a ele e não a mim. Está reconhecendo que, naquela eleição, foi feito de tudo para agradar aliados políticos, inclusive nomeações que não poderiam ser feitas. Isso é ruim, não há nenhuma vantagem para o Maranhão em fazer-se esse balanço, ou seja, saber como a polícia era e como ficou.

Quero dizer que a única insubordinação da Polícia que enfrentei foi para atender a um pedido do Senador José Sarney: nomear um Coronel da reserva como Comandante da Polícia. Foi criado um problema muito sério quando nomeei o Coronel Riod, Comandante da Polícia Militar. Tudo foi contornado. A Polícia do Maranhão, no meu Governo, sempre foi muito respeitada, tanto que, de outros Estados, vinham policiais que queriam fazer parte dessa instituição.

Tenho ouvido aqui, calado, as pessoas fazerem apologia dos seus próprios governos. V. Exª mesmo, agora que São Luís vai ser patrimônio da humanidade, disse: recuperei o Teatro Artur Azevedo. Mas eu, Senador, recuperei 200 casas antigas. E foi por ter recuperado esse patrimônio arquitetônico, que é o maior do Brasil, que São Luís caminha para ser patrimônio da humanidade. Mas todo mundo é o autor da história, e se conseguiu, por amizade, que a Unesco reconhecesse São Luís como patrimônio da humanidade. Mas São Luís não seria reconhecida como patrimônio da humanidade se não tivesse tido o seu patrimônio arquitetônico recuperado, o que foi feito por mim.

V. Exªs não se referem ao Projeto Reviver, tentam esconder algo que é nacionalmente conhecido. No local onde fiz a recuperação, foi rodado o filme "Carlota Joaquina". As coisas boas têm muitos pais, nobre Senador Edison Lobão, as ruins são órfãs.

Cada Senador ganhou um livro a respeito do reconhecimento de São Luís como patrimônio da humanidade. A Unesco recebeu 25 livros, em cuja contracapa está a carta do Diretor Geral dessa instituição, Sr. Frederico Mayor, enaltecendo a obra realizada em São Luís. Todo mundo ajudou nesse processo; até Daniel de La Touche, que fundou a cidade, é hoje também responsável pelo tombamento de São Luís.

Nobre Senador Edison Lobão, quero dizer a V. Exª que jamais critiquei o seu Governo. Nenhum pronunciamento meu foi desairoso ao seu governo.

Na próxima eleição, quero que o povo do Maranhão aproveite uma oportunidade ímpar. Ainda não foi descoberta uma fórmula mais eficiente de se escolher o melhor senão experimentando. Experimentam-se duas coisas ou mais para saber qual é a melhor. O povo do Maranhão conheceu o meu Governo e está conhecendo o atual Governo. Com a reeleição, à qual votei contrariamente, quero que o povo, que experimentou os dois Governos, compare e faça um julgamento sobre o governo do seu Colega Epitacio Cafeteira.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/09/1997 - Página 18720