O SR. LÚDIO COELHO (PSDB-MS. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Geraldo Melo, Srªs e Srs. Senadores, estamos votando a nova lei da Previdência. Examinamos esse assunto e continuamos a discuti-lo.

Ontem, até tarde da noite, estivemos reunidos, discutindo alguns pontos mais polêmicos da nova lei. Entretanto, quero dizer à Nação brasileira que estamos votando o que é possível, o que a Nação suporta. A maioria dos Senadores está votando de acordo com a sua consciência, de acordo com os interesses da Nação brasileira. No que me diz respeito, não estou considerando qualquer tipo de ação política, estou tentando entender o que é possível, o que é mais justo e o que a Nação suporta.

Tenho afirmado sempre que cada Nação desfruta dos serviços que a sua economia lhe permite. Numa Nação em desenvolvimento como o Brasil, precisamos estar conscientes de que teremos educação, segurança, transportes, Previdência, enfim, todos os serviços compatíveis com as receitas do País. Não adianta afirmarmos que queremos determinada prestação de serviço, de acordo com parâmetros observados no Primeiro Mundo; vamos conseguir benefícios de acordo com os nossos recursos.

Tenho feito um esforço enorme para entender esse assunto da Previdência, que, no começo, foi mal apresentado; a Nação não entendeu, quase ninguém entendeu o que queríamos. Mas o relatório do Senador Beni Veras tratou do assunto com muito cuidado. S. Exª foi muito competente no exame de um assunto tão complexo e que fere tantos interesses como esse. Mas estamos fazendo o que podemos.

Creio que o Senado Federal vai votar a Previdência possível, não a desejada, porque não adianta desejarmos algo e não termos recursos para dar-lhe seguimento.

Era isso o que tinha a dizer aos nobres Companheiros.

Muito obrigado, Sr. Presidente.