Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM AOS 45 ANOS DA REVISTA MANCHETE.

Autor
Bernardo Cabral (PFL - Partido da Frente Liberal/AM)
Nome completo: José Bernardo Cabral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM AOS 45 ANOS DA REVISTA MANCHETE.
Aparteantes
Lúdio Coelho, Odacir Soares, Pedro Simon.
Publicação
Publicação no DSF de 07/11/1997 - Página 24243
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, PERIODICO, MANCHETE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a capa desta revista que tenho em mãos diz tudo, porque reflete 45 anos da revista Manchete. Comprova-se, com verdadeira alegria, que nem tudo o que é bom dura pouco. Algumas das melhores coisas e pessoas passam, de fato, demasiadamente rápido por este mundo, ainda que seu clarão perdure, iluminando nossas existências por muitos anos. Outras, não; devem prolongar-se, exercendo uma influência direta e duradoura nos seres humanos e nos acontecimentos.

Essa ação contínua tem como pressuposto a capacidade de renovação permanente - capacidade de se deixar permear pelo novo, de se revigorar com o curso da História, mesmo quando ele pareça errado e injusto. Quantas batalhas dadas por perdidas foram ganhas pela obstinação, pela teimosia em lutar até o fim por um ideal?

Tenho por princípio - e os eminentes Senadores têm conhecimento disso - fazer com que minhas atuações na tribuna ocorram geralmente ao correr da palavra, ao sabor do improviso, porque entendo que as coisas devem ser feitas na ardência dos acontecimentos.

Trago, hoje, este discurso por escrito. Quero deixar registrada, Srª Presidente, com toda a realidade, aquilo que a emoção evidentemente me trairia.

Alegramo-nos de que a revista Manchete permaneça trazendo cores e inteligência a nossas vidas, por meio da observação atenta do que se passa no mundo e no Brasil. Após esses 45 anos, a Manchete continua irradiando vivacidade e juventude. Em mais de um sentido ela faz lembrar o seu criador, o grande ser humano Adolpho Bloch.

Era tamanha a capacidade de Adolpho Bloch de realizar, de construir, de estar sempre à frente dos acontecimentos, ao longo dos seus 87 anos de existência, que chegávamos a duvidar da possibilidade de que sua vida terrena não fosse eterna. Como poderia passar um tal homem, que, desde a mais tenra idade, experimentara o perigo e os revezes da fortuna, escapando várias vezes da morte até completar o roteiro que o levaria de Jitomir, na Ucrânia, até o Brasil do centenário da independência? Como poderia ser detida a sua infatigável disposição de criar e de desenvolver, exercida quase toda em nosso País, durante mais de setenta anos, a qual o constituía em um verdadeiro protótipo do homo faber?

Como todo autêntico lutador, Adolpho Bloch não colecionou apenas vitórias. Viu a sua família perder toda a riqueza com as agitações sociais que se sucederam à Revolução Russa de 1917. Por serem judeus, os riscos eram ainda maiores, e vários foram os progroms de que escaparam, promovidos pelas diferentes forças em luta. Chegaram ao Brasil, ele, o rapazinho de 14 anos, e a família, desprovidos de quaisquer bens que não fosse a disposição para o trabalho. Aos poucos, retomando a atividade gráfica que já exercia na Ucrânia, a família Bloch foi constituindo algum capital próprio, ao mesmo tempo em que se afeiçoava ao novo País, deitando em seu solo raízes permanentes. No entanto, como afirmou o jornalista e amigo Carlos Chagas, "nada chegou fácil para Adolpho Bloch".

Já havia sido construída a primeira sede própria da empresa na Rua Frei Caneca, e iniciava-se a construção do Parque Gráfico da Parada de Lucas, que viria a ser um dos maiores e mais modernos da América Latina, quando Adolpho Bloch idealizou a criação de uma revista, esta revista Manchete que aqui espelha os seus 45 anos, em que, semanalmente, ilustrada, o texto jornalístico dinâmico e a fotografia de qualidade, ambos, somassem e equilibrassem suas forças. Apesar da opinião contrária dos irmãos, amigos e sócios, Bloch conseguiu surpreender a todos. O projeto foi adiante, de modo que, em 1952, começou a circular a revista Manchete, fato que se repete até hoje, ao longo de 2.340 semanas, o que constitui um recorde incontestável para publicações do gênero na América Latina, competindo com a revista O Cruzeiro, carro-chefe do império de publicações de Assis Chateaubriand.

Naquela época, enfrentar O Cruzeiro era uma temeridade. A revista dos Diários Associados tinha uma circulação de 800 mil exemplares, o que corresponderia, nos dias de hoje, a uma circulação de 800 mil exemplares. Além do mais, O Cruzeiro tinha contratos exclusivos com os serviços jornalísticos das grandes agências internacionais, com a Reuters e a United Press International. Cabia também a O Cruzeiro a primazia de publicar no Brasil as grandes reportagens editadas pelos maiores semanários dos Estados Unidos e da Europa.

O mais curioso de tudo, Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores é que, mesmo diante de tantas dificuldades, a revista Manchete conseguiu encontrar o seu próprio lugar no mercado editorial brasileiro. A ironia do destino é que a Manchete sobreviveu até os nossos dias, enquanto a invencível O Cruzeiro acabou desaparecendo no rastro do desaparecimento de seu fundador e principal estimulador, o jornalista Assis Chateaubriand.

Na década de 1950, Juscelino Kubitschek foi eleito Presidente da República e construiu a nova Capital no interior do País, realização que se constituiu em uma meta-síntese do seu dinâmico Governo. Adolpho Bloch apoiou entusiasticamente JK e a construção de Brasília, sentindo orgulho em cobrir com destaque a epopéia que se desenrolava no Planalto Central. "Brasília e a revista Manchete cresceram juntas", no dizer do próprio Adolpho Bloch, ambas modernas e arrojadas, sintonizadas com um projeto generoso e inclusivo de Nação. Ainda conforme o saudoso empresário, "o homem comum brasileiro, de repente, descobriu que pertencia a um grande povo, capaz de grandes realizações". Depois, nos tempos difíceis do regime militar, Adolpho foi o amigo leal e impecável de JK, apoiando-o não só com palavras, mas também com atos. Marco duradouro dessa amizade sempre notável está erguido hoje na Capital brasileira, constituindo um de seus mais importantes monumentos: o Memorial JK, cuja realização é devida, antes de tudo, ao obstinado esforço de Adolpho Bloch.

Uma revista não se faz com um só homem, assim como uma grande empresa. Parte importante do grande talento de Adolpho Bloch era sua capacidade de seduzir e conquistar pessoas valiosas para os seus ideais. Conta-se que o mais humilde funcionário de suas empresas era contagiado por seu entusiasmo quando com ele travava um contato pessoal. Assim é que jornalistas, técnicos e diretores do mais alto gabarito uniram-se para fazer da Bloch Editores um grande grupo empresarial e da Manchete - esta Manchete, com seus 45 anos - uma das mais belas e importantes revistas do País, verdadeira vitrine do Brasil para o exterior e, sobretudo, para os próprios brasileiros. Só podemos, infelizmente, lembrar alguns desses profissionais do mais alto gabarito: Murilo Melo Filho, jornalista esmerado, que foi diretor da sucursal de Brasília quando a cidade ainda estava sendo construída e meu dileto amigo há quase 40 anos; o saudoso Justino Martins, com quem convivi até sua morte; Carlos Chagas, o fino e sutil analista político; Carlos Heitor Cony, escritor de inconfundível personalidade; Pedro Jack Kapeller, o sobrinho Jaquito, que assumiu não apenas a direção da Bloch Editores, como também o espírito de arrojado idealismo do tio, o saudoso Adolpho.

O Sr. Odacir Soares (PTB-RO) - V. Exª me permite um aparte?

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM.) - Concedo um aparte ao nobre Odacir Soares.

O Sr. Odacir Soares (PTB-RO) - Senador Bernardo Cabral, cumprimento-o pelo registro que faz da 45ª edição especial da revista Manchete aqui no Senado Federal. Sinto-me à vontade para apartear V. Exª, porque durante quase seis anos, na década de 60, fui repórter e redator das revistas Manchete e Fatos & Fotos, no Rio de Janeiro. Portanto, nobre Senador, convivi com todas esses ilustres jornalistas aos quais V. Exª se referiu. Gostaria também de destacar outros ilustres jornalistas como Raimundo Magalhães Júnior; o Poetinha, Vinícius de Moraes, que toda semana estava lá na redação; Mário Martins; Alberto Dines, que durante muito tempo dirigiu a revista Fatos & Fotos. Na realidade, a revista Manchete, além de ser um marco no jornalismo brasileiro, também o é no campo gráfico. Já na década de 60, do ponto de vista gráfico, ela era uma das mais bem feitas revistas do mundo, igualando-se a Paris Match que, de certa maneira, repetia o seu layout. Quando V. Exª fala em Adolpho Bloch e Juscelino Kubitschek, lembro-me do que seria a segunda campanha do Presidente Juscelino Kubitschek, oportunidade em que fui designado pelo saudoso Adolpho Bloch para ser o jornalista que acompanharia o Presidente em sua segunda campanha à Presidência da República, aliás, campanha que foi obstada pelo Movimento Militar de 1964, que acabou cassando os direitos políticos de JK. Sem esse óbice, indiscutivelmente ele seria reeleito Presidente da República. A revista Manchete, cuja 45ª edição especial V. Exª aqui registra, constitui-se num marco gráfico da imprensa brasileira. Se voltarmos os nossos olhos para as quatro últimas décadas, vamos verificar que apenas a revista Manchete sobreviveu. O Cruzeiro e outras revistas que surgiram, inclusive do Grupo Abril, não sobreviveram. Assim, nesses últimos 50 anos, a partir do seu nascimento, no começo da década de 50, a revista Manchete foi a única que sobreviveu e, diga-se de passagem, uma revista graficamente moderna. Atualmente, essa revista tem circulado com desenho e estilo novos. Diria até que mais moderna jornalisticamente, porque trata de questões do dia-a-dia nos moldes das revistas Veja, IstoÉ, Vip e da Carta Capital, que é outra importante revista que circula hoje no Brasil. Nobre Senador Bernardo Cabral, informo a V. Exª que o saudoso Adolpho Bloch e a revista Manchete foram homenageados no Senado Federal, por proposta que apresentei, na época aprovada por todos. Portanto, congratulo-me com V. Exª pelo feliz e oportuno registro, porque a revista Manchete está inserida na História do Brasil. V. Exª, ao se referir a JK e a Adolpho Bloch, faz-me recordar do tempo em que, na Praia do Flamengo, na Rua do Russel - ainda sou do tempo da Rua Frei Caneca -, do gabinete de JK, onde ele escrevia suas memórias, acompanhava os acontecimentos políticos do País e onde vivia as suas amarguras políticas e pessoais decorrentes da sua atividade política. Portanto, trago a minha solidariedade e o meu apreço pelo feliz registro que V. Exª faz a um dos mais importantes veículos da imprensa brasileira, que é, e sempre o foi, a revista Manchete.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM) - Senador Odacir Soares, em primeiro lugar, quero agradecer-lhe porque vejo que no aparte há o retrato de corpo inteiro de quem trabalhou aquela revista. Revista, dizia ainda há pouco, que se repete a sua edição ao longo de 2.340 semanas. Isso é um recorde imbatível em toda América Latina em termos de publicações no gênero.

Quando V. Exª traz essa chega, se tivesse alguma dúvida, de que pudesse estar incorrendo numa deficiência, V. Exª completaria com a vivência que teve na revista.

Agradeço a V. Exª. 

O Sr. Pedro Simon (PMDB-RS) - Senador Bernardo Cabral, permita-me V. Exª um aparte?

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM) - Concedo um aparte ao eminente Senador Pedro Simon, que tanto honra a este modesto orador com sua amizade.

O Sr. Pedro Simon (PMDB-RS) - Nobre Senador Bernardo Cabral, esta é a segunda vez que vejo V. Exª na tribuna falando sobre Adolpho Bloch e sua obra. Tudo o que poderia ser dito, V. Exª e o ilustre Senador Odacir Soares, no seu aparte, já o disseram. No entanto, gostaria de fazer um acréscimo: nunca vi amor mais puro, respeito mais profundo, sinceridade mais dedicada a alguém do que Bloch ao cassado, ao exilado, ao banido, ao malvisto Juscelino Kubitschek de Oliveira. Essa é uma das páginas mais bonitas da História deste País. O Sr. Bloch deve ter sofrido bastante com relação às suas empresas no que diz respeito à coação e pressão; Ele deve ter deixado de crescer mais do que ele cresceu, porque, a começar pela revista semanal, das mais de 2.400 edições - que V. Exª se referiu -, muita coisa que li àquele tempo era de Adolpho Bloch se referindo a JK, e a página trazia Adolpho abraçado a Sua Excelência. Numa época em que cassaram e prenderam Juscelino Kubitschek, que fizeram aquela humilhação - prenderam em termos - e deram aquele vexame do depoimento dele no Rio de Janeiro... Mas a gente indo ao Memorial, aqui em Brasília, para assistir a um vídeo em que aparece JK num avião, querendo chegar a Brasília, pois estava com dificuldades para pousar, a gente ouve o representante do Aeroporto de Brasília afirmar: “Aqui ele não pode pousar!” E o piloto: “Mas nós estamos correndo risco de vida!”. E o representante diz: “ Que se dane! Aqui não pode pousar!” Isso foi naquela época do Sr. Adolpho Bloch com respeito, veneração, um culto realmente emocionante a JK. Claro que estava preparando o esquema JK/65 e era invencível. Coitado do Dr. Carlos Lacerda, ficaria perdido no tempo, porque a vitória de Juscelino Kubitschek seria estrondosa. Quando não deu certo, quando os militares vieram para valer e passaram a considerar JK persona non grata... JK, que neste plenário foi aconselhado por Tancredo Neves para não votar em Castello Branco para Presidente da República... E Tancredo Neves não votou, ao contrário de JK, que achava que o Sr. Castello Branco era um homem que garantiria a restauração da democracia. Quando tudo isso não aconteceu, foram amargos os dias de Juscelino. No entanto, com Sua Excelência ficou o exemplo mais fantástico que conheço, porque afinal Adolpho era proprietário de uma editora, era um homem que tinha interesses, mas os interesses do Sr. Adolpho Bloch estavam do outro lado. Repito: não sei quanto ele deixou de ganhar e quanto ele perdeu para conservar o seu amor e seu respeito a Juscelino Kubitschek. Estou, agora, Sr. Senador, pedindo - inclusive vou a essa tribuna depois de V. Exª. -, porque a neta do Presidente Getúlio Vargas ofereceu e entregou o acervo do Dr. Getúlio Vargas ao Governo Federal, pois cansou de esperar. Trata-se de uma figura ilustre neste País. No acervo se encontra a arma com a qual Sua Excelência se suicidou, a caneta que Sua Excelência assinou a carta-testamento... e tudo isso está por aí atirado. Este País não cultua sua memória. Penso que foi correto o Sr. José Sarney, que, já em vida, fez o seu memorial no Maranhão, porque, se S. Exª não o fizesse, provavelmente ninguém o faria. S. Exª está com o seu memorial feito. E tirando-se o do ex-Presidente José Sarney, que tem o mérito de ter o memorial em vida, neste País não se tem nada! Mas JK tem o seu devido a uma pessoa, que foi Adolpho Bloch. Ou alguém tem dúvida que se não fosse Adolpho Bloch esse Memorial magnífico - diga-se de passagem - de JK existiria? Não! Ele construiu. Ele lutou. Ele coordenou. Ele suou. Colocou na frente - é verdade - a figura da viúva, mas na verdade a obra foi de Adolpho Bloch. Isto, num País como o nosso, onde a coisa mais fácil que existe é atingir quem está por cima. Acho que é a página mais bonita, mais magnífica, mais extraordinária, na vida de Adolpho Bloch.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM) - É exatamente por essa razão, Senador Pedro Simon, que esta revista está comemorando hoje 45 anos, o seu 45º aniversario, exatamente porque Bloch, o Adolpho, sendo um homem de absoluta lealdade foi grande demais para o seu tempo. Só um cidadão da sua capacidade e do seu tirocínio, de quem vê na distância projetada a perspectiva de futuro, seria capaz, vindo lá do seu rincão natal, judeu de nascimento, para chegar a ser vitorioso.

O Sr. Lúdio Coelho (PSDB-MS) - Permite-me um aparte?

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM) - Peço à eminente Presidência que me permita, já que o meu tempo está esgotado, conceder o aparte ao eminente Senador Lúdio Coelho. (Assentimento da Presidência)

O Sr. Lúdio Coelho (PSDB-MS) - Como sempre, Senador Bernardo Cabral, V. Exª, está prestando um excelente serviço às gerações mais novas de nosso País ao contar um pedaço da História da Imprensa brasileira. V. Exª deve se recordar da importância da Revista Manchete, de Adolpho Bloch e de seu irmão, na criação daquele clima de otimismo e esperança para a Nação brasileira, feito, praticado, por Juscelino Kubitschek, que, além das coisas concretas realizadas no Brasil, criou um clima de muita esperança, de que estamos tão precisados no momento. Acho que o discurso de V. Exª está sendo muito bom, principalmente às gerações mais novas. Muito obrigado.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM) - Agradeço a V. Exª. Realmente é uma grande verdade, Senador Lúdio Coelho, que a esperança para Adolpho Bloch não foi uma frágil aspiração em trânsito para o desencanto. Não, ele sempre conseguiu realizar não o que sonhou, porque era uma realidade própria daqueles que sabem onde querem chegar.

Vou concluir, Srª Presidente.

Resta-nos, a nós Senadores, desejar que a Revista Manchete, bem como às demais realizações das empresas de comunicação Bloch, continue a cumprir essa grande e importante função junto ao povo brasileiro, difundindo, sobretudo, o amor e a confiança nos destinos de nossa Pátria sentimentos ardorosamente cultivados pelo grande brasileiro, pelo grande Adolpho Bloch, que aqui chegou - como disse no começo - sem trazer nada nos bolsos, mas trazendo na alma o sentimento de quem jamais conduziu o seu barco ao porto do desânimo.

Era o que eu tinha a dizer, Srª Presidente.

Obrigado aos Srs. Senadores.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/11/1997 - Página 24243