Discurso no Senado Federal

DECISÃO TOMADA ONTEM PELOS PARTIDOS DE OPOSIÇÃO AO GOVERNO DE SERGIPE (PT, PC DO B, PSB E PMDB), DE SE UNIREM PARA A ELEIÇÃO NO ESTADO EM 1998.

Autor
José Eduardo Dutra (PT - Partido dos Trabalhadores/SE)
Nome completo: José Eduardo de Barros Dutra
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA.:
  • DECISÃO TOMADA ONTEM PELOS PARTIDOS DE OPOSIÇÃO AO GOVERNO DE SERGIPE (PT, PC DO B, PSB E PMDB), DE SE UNIREM PARA A ELEIÇÃO NO ESTADO EM 1998.
Publicação
Publicação no DSF de 15/11/1997 - Página 24812
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • REGISTRO, UNIÃO, ESTADO DE SERGIPE (SE), PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B), PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB), PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), OBJETIVO, UNIFICAÇÃO, CANDIDATURA, ELEIÇÕES, OPOSIÇÃO, GOVERNO.
  • REGISTRO, PROCESSO, ESCOLHA, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ANUNCIO, ATUAÇÃO, PARTIDO POLITICO, OPOSIÇÃO, ESTADO DE SERGIPE (SE).

O SR. JOSÉ EDUARDO DUTRA (Bloco-PT/SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vou tratar de assunto semelhante àquele sobre que falou o Senador Ademir Andrade, embora na área regional.

Há cerca de um mês, informei esta Casa de uma reunião acontecida em Brasília, envolvendo o Senador Antonio Carlos Valadares, o ex-Prefeito de Aracaju, Jackson Barreto, o Deputado Marcelo Deda, do PT, e eu, em que procurávamos viabilizar a unidade das oposições em Sergipe. Naquela ocasião, eu disse que, como não poderia deixar acontecer em uma reunião que envolvesse a esquerda, a conclusão da reunião foi a marcação de outra reunião, mas que as perspectivas eram altamente positivas. Isto se confirmou ontem, em encontro que contou novamente com a presença do ex-Prefeito Jackson Barreto, do Senador Antonio Carlos Valadares e também dos Presidentes do PT, Paulo Aragão, e do PCdoB de Sergipe, Edivaldo Nogueira, em que os quatro Partidos - PT, PCdoB , PSB e PMDB de Sergipe, que lá é partido de oposição tanto ao Governo do Estado quanto ao Governo Federal - tomaram a decisão de se unificarem para as eleições de 1998.

 Existem candidaturas já legitimamente apresentadas pelo PMDB, a do ex-Prefeito Jackson Barreto, que inclusive foi o candidato das oposições em 1994, e pelo PSB, a do nosso colega Senador Antonio Carlos Valadares. Trata-se de candidaturas legitimamente apresentadas, mas a decisão desses quatro partidos foi de iniciar um processo de unificação e de convergência, que deverá culminar, em abril do ano que vem, com a definição do candidato das oposições. Essa foi a decisão, que está inclusive consignada em nota oficial, assinada pelos Presidentes dos quatro partidos, a qual estabelece que, no dia 30 de março de 1998, será feita uma pesquisa eleitoral, contratada de comum acordo pelos quatro partidos, através da qual serão estabelecidos os critérios de comum acordo, as perguntas que serão feitas. Nessa pesquisa, serão colocados os nomes do Senador Antonio Carlos Valadares, o do ex-Prefeito Jackson Barreto e o do Partido dos Trabalhadores, que deverá ser definido na reunião do Diretório Regional do PT, no próximo dia 22.

Essa pesquisa, naturalmente, será um dos critérios para a definição do nome; não é o único. Além disso, os partidos envolvidos irão definir as suas opções, o que deverá acontecer em abril. Nesse período, serão consultadas lideranças do interior do Estado, Prefeitos desses quatro partidos do interior do Estado para a definição de um nome. Já escolhemos inclusive uma data emblemática para o anúncio do candidato único das Oposições, que será 21 de abril de 1998. Além disso, as Oposições de Sergipe já vão começar, no dia 5 de dezembro, em Aracaju, com atos políticos unitários envolvendo esses quatro partidos. A partir daí, os manifestos se expandirão em várias cidades do interior do Estado, nas feiras, com o objetivo de convocar a população a cerrar fileiras em torno das Oposições sergipanas para 98.

Entendemos que o quadro político de Sergipe está maduro para derrotar as oligarquias que governam esse Estado já há dezenas de anos. É verdade que as oligarquias de Sergipe, particularmente a que continua no Governo do Estado, tiveram a capacidade de se reciclar, de mudar de partido e, naturalmente, continuaram no partido do Governo. Começaram na Arena, passaram pelo PMDB, PRN e, agora, estão no PSDB, com uma capacidade de adaptação muito grande.

Em 94, quase chegamos lá! Ganhamos o primeiro turno e perdemos o segundo. Mas acreditamos que, em 98, conseguiremos, até porque a população de Sergipe tinha a expectativa de que a administração do Governador Albano Franco fosse moderna e eficiente. Hoje, todas as pesquisas mostram que houve, na verdade, uma grande decepção por parte da sociedade, particularmente para a classe média, que esperava um Governo dinâmico, o que não aconteceu.

Portanto, eu queria registrar, na manhã de hoje, no Senado, o resultado altamente positivo dessa reunião. Dessa vez, não se marcou uma outra reunião para se chegar a conclusões, marcaram-se ações políticas públicas, caminhadas nas feiras, atos públicos e as definições dos critérios que vamos adotar para escolher o melhor nome. Isso foi acertado e acordado entre todos: o nome que surgir como melhor, a partir de todo esse processo de definição do nome, terá o apoio dos outros nomes colocados e de todos os partidos.

Temos certeza de que, ao contrário do que era expectativa das elites sergipanas, porque, ao longo desta semana, as manchetes de jornais, as notinhas dos articulistas encomendadas eram sempre de que essa reunião ia ser apenas a homologação do racha, e o que aconteceu foi exatamente o contrário das expectativas daqueles que sempre apostaram na divisão das Oposições em Sergipe. A partir de ontem, as Oposições de Sergipe estão ainda mais unidas e ratificaram a disposição de encontrar o candidato único com desprendimento por parte daqueles que já se apresentaram como candidatos, mas tendo como princípio fundamental que a unidade das Oposições sergipanas vai garantir a nossa vitória em 1998.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/11/1997 - Página 24812