O SR. ROMEU TUMA (PFL-SP) ...felizmente, a tribuna está sendo ocupada com assuntos importantíssimos e não tenho como impedir a seqüência dos discursos, mas, por autorização de V. Exª, compareci à Índia na reunião da Interpol.

O relatório é muito grande, tem 35 páginas, e abrange todos os pontos discutidos pelos Senadores Ney Suassuna e Francelino Pereira, entre outros, referente ao tráfico de drogas, ao crescimento do crime organizado e à lavagem de dinheiro, principalmente.

Esse tema, Senador Ney Suassuna, foi discutido com intensidade na reunião da Interpol. O Brasil não pode ficar a reboque principalmente na troca de informações e nas investigações que dizem respeito a essa lavagem de dinheiro, que, com a globalização, tem sido um campo fértil para o crime organizado e os grandes cartéis.

Outro aspecto, Senador Ney Suassuna - V. Exª está atento ao que falo -, é o da instabilidade das bolsas de valores. Sabemos que elas têm uma porta aberta para uma grande lavanderia do dinheiro de origem criminosa, não só do tráfico de drogas e de armas, como também da corrupção e do caixa 2.

E as autoridades brasileiras não têm mecanismos de ordem legal para impedir que isso ocorra, porque há vários obstáculos na Constituição e na legislação própria. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania tem discutido para aprimorar essa legislação e alcançar mecanismos, a fim de que o Brasil seja inserido no contexto internacional como um país que combate eficazmente o crime organizado, não só interno como transnacional.

Quero colocar o meu relatório à disposição dos Srs. Senadores e da comunidade responsável pela segurança e pela receita, para darmos continuidade à discussão desses temas tão importantes nesta hora de crise econômica que o Brasil atravessa.

Agradeço a atenção, Sr. Presidente, e peço seja dado como lido o relatório que passo à Mesa.