O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como Presidente da Comissão de Orçamento, Planos e Fiscalização do Congresso Nacional, tivemos um ano inteiro de trabalho árduo que se iniciou, como todos sabem, com a votação da LDO. Posteriormente, o Governo enviou sua proposta para o exercício seguinte. Concomitante a essa missão, temos também de julgar as contas anteriores, de acompanhar o andamento das obras e, ao mesmo tempo, votar os créditos suplementares, bem como tomar outras providências, fazendo, portanto, a fiscalização e o orçamento do próximo ano.

           Por anos e anos, Sr. Presidente, Srs. Senadores, o cronograma dessa Comissão deixou de ser cumprido; anos houve em que ficamos até sem um projeto de orçamento, quando tivemos que administrar o ano inteiro na base do duodécimo, liberando a cada mês, por conseguinte, um doze avos do que se pretendia.

           Hoje, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho a grata satisfação de dizer que, na próxima sexta-feira, começaremos a discussão do projeto final do orçamento na Comissão e haveremos de votá-lo no próximo sábado pela manhã. Temos mantido, na Comissão, um ritmo de trabalho realmente exemplar. Raros foram os dias em que não trabalhamos mais de 14 horas; em alguns deles, ultrapassamos a madrugada. Esse trabalho se fez sem nenhum ruído, sem nenhum escândalo. Talvez por isso, Senador Pedro Simon, o público não tenha, até agora, ouvido falar do Orçamento do ano de 1998. Mesmo porque a imprensa quase sempre noticia os escândalos, e neste ano não tivemos escândalos.

           O Sr. Pedro Simon (PMDB-RS) - Se não se noticiou, já é um bom sinal.

           O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Talvez seja necessário dizer ao Sr. Presidente, às Srªs e aos Srs. Senadores que a Comissão de Orçamento estará votando o Orçamento da União no próximo sábado e entregando-o para ser votado no Congresso Nacional na próxima terça-feira ou quarta-feira, a critério do Presidente do Congresso Nacional.

           É um trabalho sobre-humano. Para que V. Exªs tenham uma idéia, convocamos reunião para amanhã, pela manhã e à tarde; quinta-feira e sexta-feira, idem. No sábado, haverá uma convocação extraordinária, quando, espero, teremos quorum para decidir sobre o orçamento e entregar em mãos do Presidente do Congresso Nacional a medida votada, usando uma expressão que o Presidente Fernando Henrique Cardoso me disse na sexta-feira passada: "É um fato histórico!"

           Vamos cumprir nossa missão. A Casa vai entregar o Orçamento. Cumprimos todos os rituais, inclusive de segurança, devido o escândalo dos Anões. Mesmo assim, estamos entregando-o em tempo mais do que hábil, em tempo curtíssimo. Estou orgulhoso da Comissão do Orçamento. Estou orgulhoso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, da assiduidade, da dedicação. Isso mostra que, quando há chamamento, a resposta vem. É o que está acontecendo em nossa Comissão.

Hoje, no plenário do Senado Federal, agradeço a todos os Srs. Senadores, ao mesmo tempo em que os convoco para reuniões sucessivas na quarta, quinta, sexta-feira e sábado desta semana para que possamos dar conta de nosso compromisso. Agradeço, também, aos Srs. Deputados que não faltaram, nenhum dia, com suas obrigações.

A participação dos Srs. Congressistas será muito importante para esta Casa porque ela precisa, cada vez mais, se firmar mostrando que cumpre seu dever.

Como Presidente da Comissão, não poderia deixar de trazer aqui essas informações, ao mesmo tempo em que - repito - convoco todos os Srs. Senadores para que, junto com os Srs. Deputados, na sexta-feira e no sábado votemos o Orçamento da República.