O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Srs. Senadores, minhas Senhoras, meus Senhores, os mais diversos oradores de todos os Partidos salientaram a vida e a obra de Oscar Niemeyer. A mim cabe dizer, ao encerrar esta sessão, que esta homenagem é extremamente significativa e altamente curiosa, na medida em que Niemeyer está sendo homenageado em sua Casa, criada por ele. Outro talvez a tivesse criado também, mas não seria tão bela, tão digna e não seria produto do gênio. E em “sua” Casa porque esta é a Casa do povo brasileiro, e ele é um dos mais autênticos representantes do povo brasileiro, pela sua vida, pela sua luta e pelo seu trabalho.

Só o Senador José Sarney e eu participamos da inauguração de Brasília. Por isso, nós, hoje - talvez mais do que todos - vivemos aqueles momentos de alegria e de esperança; alegria e esperança que se renovam a cada dia, na medida em que esta Capital representará sempre o futuro do Brasil, graças à sua genialidade.

Não posso deixar também, quando falo da inauguração e quando o Congresso homenageia Oscar Niemeyer, de lembrar a figura do maior Presidente do Brasil contemporâneo, Juscelino Kubitschek, aquele que amava o seu povo, amava a arte de Niemeyer. Graças a isso, o Brasil tem hoje monumentos notáveis produzidos pelo seu grande arquiteto.

Juscelino foi, sem dúvida, uma figura que acreditou no futuro do Brasil e, por isso, sempre acreditou em Oscar Niemeyer. Daí por que acho que esta homenagem que o Senado presta é das mais justas talvez aqui prestadas.

Acrescenta alguma coisa em Niemeyer? Acredito que sim, porque qualquer coisa que vem do povo brasileiro acrescenta muito à sua vida e à sua consciência.

Em nome desse povo, eu queria agradecer a Oscar Niemeyer a sua vida e dizer que hoje ela não lhe pertence, nem aos seus amigos que aqui estão, nem aos seus familiares, mas ao povo brasileiro. A sua vida é daquelas que ficarão para sempre, porque sempre ficará a linha arquitetônica do gênio, que é Oscar Niemeyer, esse arquiteto que é, sem dúvida, o arquiteto de Brasília, é o arquiteto do Brasil e, hoje, ele não é apenas isso, é o arquiteto do mundo, bem como a sua arte, a sua sabedoria e a sua inteligência.

Quero, portanto, mais uma vez, secundando todos que aqui falaram, dizer a V. Exª, meu querido arquiteto Oscar Niemeyer, que o Brasil, todo ele, comemora os seus 90 anos, pois essa data não é sua, é uma data nacional.

Muito obrigado.

Suspendo a sessão por cinco minutos.

(Suspensa ás 16h05min., a sessão é reaberta às 16h10min.)