Discurso no Senado Federal

COMEMORAÇÃO DO CENTENARIO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE.

Autor
Leonel Paiva (PFL - Partido da Frente Liberal/DF)
Nome completo: Ildeu Leonel Oliveira de Paiva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • COMEMORAÇÃO DO CENTENARIO DA CIDADE DE BELO HORIZONTE.
Publicação
Publicação no DSF de 13/12/1997 - Página 28090
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, BELO HORIZONTE (MG), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).

O SR. LEONEL PAIVA (PFL-DF. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho de Minas Gerais, venho de onde nasceu a liberdade. Sou do povo que construiu para si uma capital planejada, a primeira cidade brasileira a ser planejada, minha querida Belo Horizonte, minha querida BH.

Belo Horizonte teve a sua construção iniciada em 1893, pelo engenheiro Aarão Reis, e foi inaugurada em dezembro de 1897, recebendo o nome de Cidade de Minas, que perdurou até 1901, quando passou a se chamar Belo Horizonte.

Localizada no Estado de Minas Gerais sobre um planalto a cerca de 850 m de altitude, com clima tropical, temperatura média anual de 20 graus tornam Belo Horizonte uma cidade agradável.

Primeira cidade brasileira planejada, cercada e protegida por montanhas, apresenta um traçado urbano constituído por um sistema de ruas em xadrez, ao qual sobreposto um ao outro de avenidas que cruzam as ruas fazendo um ângulo de 45 graus. Com o crescimento da cidade, novos bairros surgiram, transformando significativamente o plano urbanístico inicial.

Além de capital estadual, Belo Horizonte é uma metrópole regional do sudeste brasileiro. É um dos grandes centros industriais do País. Produz aço, vagões ferroviários, cimento, materiais e equipamentos para indústria siderúrgica, tratores, tecidos, produtos alimentares em geral, e graças à atividade industrial e aos seus inúmeros estabelecimentos comerciais, Belo Horizonte é um importante centro de distribuição atacadista e varejista do País.

Nos bares, restaurantes e danceterias da cidade, a simpática e alegre gente de Belo Horizonte reúne-se e transforma suas noites em uma das mais movimentadas do País.

No turismo, Belo Horizonte também brilha. Quem vem conhecer a capital mineira se encanta com a cidade pela suas riquezas e pontos turísticos, além de suas avenidas largas, arborizadas e seguras. E ali ao lado, em Nova Lima, o visitante verá a mais profunda mina de ouro, a mina de Morro Velho, a moderna igreja de São Francisco de Assis, famosa pelos magníficos painéis do pintor Cândido Portinari, o Pampulha Iate Clube, onde se admira a arte do grande arquiteto Oscar Niemeyer, para não me estender muito.

Ao completar cem anos, Belo Horizonte apresenta-se com as naturais rugas dos anos vividos, mas sem perder a jovialidade do espírito que inspirou a sua criação, e onde foram depositadas as esperanças de representar no século XX uma Minas Gerais empreendedora, moderna e arrojada.

Cidade grande, dois milhões e meio de habitantes, Belo Horizonte detém um dos menores índices de violência do País e oferece a seus moradores trinta e dois metros quadrados de área verde por habitante. Dados como esse fizeram com que, no ano passado, Belo Horizonte ficasse em segundo lugar entre as dez melhores cidades brasileiras para se viver, segundo ranking preparado pela empresa de consultoria Trevisan, com base em vários indicadores de qualidade de vida.

A economia vai a passos largos, conduzindo Minas para um lugar de destaque no cenário nacional. Entretanto, o lado social sofre com o seu gigantismo, mas o belo-horizontino reage com integral solidariedade, indo ao encontro de soluções que possam minorar o sofrimento dos mais humildes, transformando-se em uma das comunidades mais solidárias do Brasil.

Ao encerrar, rendo minhas homenagens ao eminente Senador Francelino Pereira, um dos melhores governadores que Minas Gerais já teve, e que sei fará mais feliz o povo mineiro se voltar a governá-lo.

Salve Belo Horizonte e seu povo!

Salve minha querida Minas Gerais!

Era o que eu tinha a dizer.

Muito Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/12/1997 - Página 28090