O SR. EPITACIO CAFETEIRA (PPB-MA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tenho a felicidade e a honra de ter em meu gabinete sete diplomas de mandatos eletivos que me foram concedidos pelo povo. E tudo isso em função de um posicionamento que jamais mudou. Enfrentei, inclusive, o período militar no Partido da Oposição.

Faço esse preâmbulo, Sr. Presidente, para assinalar o seguinte: os meus adversários fazem tudo para tentar pôr em dúvida as minhas posições. Para isso, não se incomodam de quebrar a ética. Os meus colegas e o Brasil leram, hoje, no jornal O Globo, na coluna da jornalista Teresa Cruvinel, uma notícia de que eu, para ficar no Senado, fizera um acordo com a Governadora do Estado do Maranhão, e que iria ser reeleito, ou iria tentar a reeleição. Inúmeros colegas vieram me perguntar o que havia de verdade. Antes de responder, quero mostrar que a notícia transmitida à jornalista é tão cínica que o jornal da Governadora do Estado do Maranhão, que reproduz a coluna de Tereza Cruvinel, não teve a coragem de reproduzir a notícia no Estado, porque o Maranhão inteiro sabe que isso não é verdade. Bem disse V. Exª, ainda há pouco, que é falta de ética reproduzir uma coluna e dela retirar uma nota, mutilando-a. Mas isso é o que foi feito.

Sr. Presidente, se eu quisesse ser Senador, não precisaria fazer acordo com ninguém. Em todas as pesquisas do Senado, tenho no mínimo 80% dos votos contra qualquer candidato. Eu já declarei à imprensa e ao meu Partido, oficialmente, que não quero continuar no Senado, não aceito a minha candidatura ao Senado. Sou candidato a Governador, e essa é uma posição inarredável. É importante que as pessoas conservem as suas características.

No Maranhão, Cafeteira é conhecido como o homem que prometeu e cumpriu, e vai continuar assim. Vou concorrer a essa eleição. Lamento, todavia, o que fizeram hoje com a jornalista Tereza Cruvinel. Deram a notícia aqui e a plantaram na coluna da jornalista, mas não tiveram a coragem de reproduzi-la no Maranhão porque lá todos sabem que essa notícia é fantasiosa.

Sr. Presidente, se hoje estou fazendo esta comunicação é porque não quero que paire nenhuma dúvida em nenhum dos meus Colegas do Senado de que eu seria capaz de fazer um acordo por debaixo do pano, mesmo que fosse para ser Senador da República. Quero continuar a ser o homem que prometeu e cumpriu e que siga o seu caminho em uma linha reta. Ter mandato é muito importante, mas ter palavra é muito mais importante.

Era essa comunicação que eu gostaria de fazer na tarde de hoje, Sr. Presidente.