Fala da Presidência no Senado Federal

APOIO AO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR JOSAPHAT MARINHO CONTRARIO AS DEMISSÕES NO BANCO ECONOMICO-EXCEL. COMENTARIOS A PROPOSTA DE SUA AUTORIA, QUE DETERMINA QUE AS INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS PELO PROER NÃO PODERIAM DEMITIR FUNCIONARIOS DE SEUS QUADROS PARA ENXUGAR A MAQUINA ADMINISTRATIVA.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • APOIO AO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR JOSAPHAT MARINHO CONTRARIO AS DEMISSÕES NO BANCO ECONOMICO-EXCEL. COMENTARIOS A PROPOSTA DE SUA AUTORIA, QUE DETERMINA QUE AS INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS PELO PROER NÃO PODERIAM DEMITIR FUNCIONARIOS DE SEUS QUADROS PARA ENXUGAR A MAQUINA ADMINISTRATIVA.
Publicação
Publicação no DSF de 04/03/1998 - Página 3248
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • APOIO, PRONUNCIAMENTO, AUTORIA, JOSAPHAT MARINHO, SENADOR, NECESSIDADE, INTERFERENCIA, GOVERNO FEDERAL, IMPEDIMENTO, PROCESSO, DEMISSÃO, TRABALHADOR, BANCARIO, BANCO PARTICULAR, ESTADO DA BAHIA (BA).
  • COMENTARIO, EMENDA, AUTORIA, ORADOR, IMPEDIMENTO, BANCOS, BENEFICIARIO, PROGRAMA DE ESTIMULO A REESTRUTURAÇÃO E AO FORTALECIMENTO AO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (PROER), DEMISSÃO, SERVIDOR, ALEGAÇÕES, NECESSIDADE, REDUÇÃO, DESPESA.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA. Para comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o Senador Josaphat Marinho acaba de pronunciar-se sobre o problema do Banco Excel. Solidarizo-me com o Senador e, mais do que isso, apóio integralmente as suas palavras.

Tinha decidido não tratar deste assunto em plenário, dada a minha condição, evidentemente, de Presidente da Casa, mas que não me inibe quando se trata de assunto relativo ao meu Estado, que tenho a honra de representar.

O Senador Josaphat Marinho, como sempre, falou, com muita propriedade, a respeito do problema do Excel na Bahia.

Fui duas vezes citado pela Folha de S. Paulo, num editorial e num artigo do jornalista Fernando Rodrigues, como quebrando a sobriedade do Senado, porque respondi a uma pergunta de um jornalista sobre o que eu faria com relação a essas demissões do Excel na Bahia. Disse: - Já fiz. Retirei o depósito que tinha no Excel e passei para outro banco, numa demonstração de desaprovação àquela atitude.

Houve uma luta muito grande dos baianos e nordestinos para que o Excel-Econômico sobrevivesse, mas ele não sobreviveu para ajudar o Excel antigo, que era um pequeno banco e frágil, que, às custas, realmente, como se falou, do Proer, que não foi feito, a bem da verdade realmente, como se falou, para o Econômico-Excel, mas que, de qualquer maneira beneficiou o Econômico-Excel, não foi feito para diminuir a sua ação na Bahia, não só em investimentos como também para demitir antigos funcionários daquele estabelecimento bancário.

Apresentei uma emenda a uma das medidas provisórias, de que quem recebia ou recebeu o Proer não poderia fazer esse tipo de atuação, de demissão, enxugar a máquina dessa maneira, porque o Proer enxugou o Excel, injetou recursos no Excel, que já estava, evidentemente, sem nenhuma força.

Agora, quando se trata realmente de banco, é difícil se ter o apoio da mídia, daí por que não faltei com a sobriedade na Presidência do Senado, apenas disse, como Senador, respondendo a uma pergunta de um jornalista, a atitude que tomei.

O Sr. Fernando Rodrigues também fez um artigo - e eu até fiquei satisfeito, dado o bom relacionamento que tenho nesta Casa - dizendo que eu era um petista nas minhas idéias quando reclamava contra as demissões do Excel.

Portanto, me sinto com a consciência tranqüila e até solidário com o PT neste combate às demissões que esses bancos, que recebem favores oficiais, estão fazendo. Isso não poderia ser.

Há uma emenda minha - também acredito que o Senador Roberto Freire tratou deste assunto - a uma dessas medidas provisórias. Mas, como o andamento desses processos é tão lento no Legislativo, ainda não se decidiu sobre este assunto.

Quero dizer que respeito muito a Folha de S. Paulo e seus jornalistas, tenho até amizade pelo seu presidente Otavio Frias. Entretanto, em defesa do meu Estado, da Bahia, eu faço o que é necessário, porque esse é o meu dever e, por isso, sou Senador da República.

Sou Presidente do Senado, com muita honra. Não quebrei em nada a sobriedade do Senado, e não quebrarei enquanto estiver na Presidência. Mas isso não me inibe de defender a Bahia, de defender o Nordeste, sobretudo em casos tão injustos como esse que está procedendo o Excel.

Muito obrigado a V. Exª.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/03/1998 - Página 3248