O SR. GILVAM BORGES (PMDB-AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o tema que me traz à tribuna, e que nos leva a uma reflexão profunda, é a política no Estado do Amapá. O Governador do meu Estado, Sr. Capiberibe, de forma grosseira, fascista, irresponsável, ataca a Bancada Federal, chamando-nos de omissos. S. Exª encaminhou a todos os servidores detentores de cargos de confiança do Governo ofício recomendando que fosse lido o seu artigo, publicado em jornais, onde comenta sobre a política nacional e atribui o seu fracasso administrativo, a sua incompetência à Bancada Federal.

Ora, Sr. Presidente, nunca houve, na história política do Estado, uma Bancada tão unida, tão despojada, que trabalhasse tanto, sob a liderança do ex-Presidente José Sarney.

Pela falta de visão e de competência do atual Governador, não pudemos mobilizar, de maneira nenhuma, recursos. Perdemos todos, ou quase todos, os recursos federais que a Bancada apresentou para o Estado do Amapá simplesmente por falta de projeto, de empenho e de uma política articulada do Governo do Estado. Por exemplo, em 1995, previmos cerca de R$6,3 milhões em verbas no Orçamento da União destinadas à BR-156. Infelizmente, por falta de empenho do nosso Governador, não recebemos esse dinheiro.

Sr. Presidente, não bastasse isso, existe ainda a questão da desonestidade do Governador. S. Exª controla a mídia com verbas estaduais, vendendo mentiras. Nunca houve, na história do Amapá, um Governo tão corrupto quanto o do Sr. Capiberibe, que vem agora levantar inverdades sobre a atuação dos parlamentares, escondendo-se da sua incompetência na medida em que atribui a outras esferas de poder o seu fracasso administrativo.

Todos sabem, no Estado do Amapá, que em apenas um ano de Governo o Sr. Capiberibe montou uma rede de supermercados para o seu irmão. Isso gerou um grande clamor por parte do povo, o que o fez mandar fechar todos eles.

Esse moço ainda se diz um “socialista”. Ele nem sabe o que isso significa. No seu tempo de exílio, quando estava reunido com alguns companheiros, foi escolhido, lamentavelmente, como tesoureiro, para arrecadar os parcos recursos para alimentação e manutenção. Entretanto, fugiu com o dinheiro. Ele é um mau caráter, desonesto, não tem moral para atacar o desempenho da Bancada Federal.

Apenas hoje, depois de três anos como Oposição ao Governo do Estado, ocupo a tribuna para comentar algo nesse sentido, levado pelas mentiras que esse Governador tenta publicar, enganando o nosso povo.

O Sr. Capiberibe, Governador do meu Estado, tem sido um desastre. Além de desonesto, de mentiroso, é incompetente. Em relação à malha rodoviária do nosso Estado, nada foi feito na BR-156. A saúde está um caos. A educação também. É um Governador apático, conhecido no Estado como cobrador de 30%. Todos os empresários tremem de medo quando vêem o Governador, porque S. Exª é um desonesto. E nós temos como provar isso.

Antes que o Sr. Capiberibe se manifeste, tentando achacar, tentando nos imputar responsabilidades que não são nossas, digo que a Bancada tem trabalhado unanimemente. S. Exª age de forma autoritária, exigindo de todos que ocupam cargos de confiança que leiam os seus artigos, publicados graciosamente nos jornais. É muita cara-de-pau, Sr. Presidente! O Governador deveria ter mais vergonha, deveria ter moral.

Assim, Sr. Presidente, não poderia deixar de vir à tribuna para contestar esse tipo de declaração do Sr. João Alberto Capiberibe, Governador pelo PSB, conhecido como “o dragão da corrupção”. Um meliante, Sr. Presidente - e isso digo e comprovo!

Alertamos e pedimos providências aos Líderes do PSB, o Partido Socialista Brasileiro, para que procedam a uma imediata investigação, porque esse moço está saqueando o Amapá. É um corrupto, é um irresponsável. O PSB tem que tomar providências. O Sr. Miguel Arraes, Governador e um dos Líderes do Partido; o Sr. Ademir Andrade, que sempre se manifesta como rei da moralidade, eles têm que tomar providências, pois o PSB colocou um ladrão lá no Amapá.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.