Pronunciamento de Leonel Paiva em 30/03/1998
Discurso no Senado Federal
REGISTRO DA SUSPENSÃO TEMPORARIA DA COLUNA 'VISTO, LIDO E OUVIDO', DO CORREIO BRAZILIENSE, ASSINADA POR ARY CUNHA.
- Autor
- Leonel Paiva (PFL - Partido da Frente Liberal/DF)
- Nome completo: Ildeu Leonel Oliveira de Paiva
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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IMPRENSA.:
- REGISTRO DA SUSPENSÃO TEMPORARIA DA COLUNA 'VISTO, LIDO E OUVIDO', DO CORREIO BRAZILIENSE, ASSINADA POR ARY CUNHA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 31/03/1998 - Página 5535
- Assunto
- Outros > IMPRENSA.
- Indexação
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- REGISTRO, SUSPENSÃO, PUBLICAÇÃO, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), ARTIGO DE IMPRENSA, AUTORIA, ARY CUNHA, EX PRESIDENTE, BANCO DE BRASILIA (BRB), PERIODO, DURAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, POLICIA FEDERAL, PARTICIPAÇÃO, MARCELO CUNHA, NETO, JORNALISTA, CONTRABANDO.
O SR. LEONEL PAIVA (PFL-DF. Para comunicação inadiável.) - Sr. Presidente Bello Parga, Srªs. e Srs. Senadores, li com surpresa uma nota do meu querido amigo Ari Cunha, no jornal Correio Braziliense, onde ele comunica a milhares de leitores de sua coluna “Visto, Lido e Ouvido” a suspensão temporária da mais antiga e corajosa coluna do jornalismo de Brasília - que agora passo a ler:
Prestação de Contas do Colunista à cidade.
Estou tendo meu nome envolvido em processo na Secretaria da Receita Federal e Polícia Federal. O assunto é contrabando, constando o nome do meu neto Marcelo Cunha, residente em Miami. Os fatos estão sendo apurados, e renovo à minha cidade a posição que sempre assumi, de ver punidos os culpados. A investigação está sendo feita, e, em caso de culpabilidade de meu neto, quero a punição que a sociedade venha a exigir. Tenho vivido em Brasília desde antes de sua fundação e aqui tenho firmado minha condição de jornalista em convívio com a sociedade. Seja qual for o resultado, abençôo a Justiça, e rogo a Deus nunca me desfazer do amor e carinho que sempre tive para com os que herdam meu nome.
Sinto o constrangimento natural de continuar esta coluna, e, pelo menos, até que se esclareça o assunto, informo aos leitores que a partir de hoje ela deixará de circular no Correio Braziliense, a quem tenho emprestado minha contribuição profissional desde o seu primeiro número de circulação.
Todos nós compreendemos, Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, a posição deste pai e avô ardoroso, do empresário sério que presidiu o Banco Regional de Brasília, o BRB, do Condômino dos Diários Associados e Diretor Vice-Presidente do Jornal Correio Braziliense, jornal que fundou junto com o saudoso Edilson Varela. Mas não sabemos como preencher esse vazio, mesmo que pouco tempo, provocado pela ausência das notas inteligentes, humanas e noticiosas que Ari Cunha brinda aos seus leitores desde 1960.
Faço este registro na condição de pai e avô, e associo-me a centenas de outras manifestações que estão chegando ao Correio Braziliense, reconhecendo a grandeza de homem que tanto luta por essa cidade, defendendo permanentemente seu povo, sua cultura, sua natureza, seus criadores e, fundamentalmente, defendendo a justiça.
Ari, faça-se justiça, volte logo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.