Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DR. TARCISIO DE VASCONCELOS MAIA.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DR. TARCISIO DE VASCONCELOS MAIA.
Publicação
Publicação no DSF de 14/04/1998 - Página 6366
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, TARCISIO DE VASCONCELOS MAIA, EX GOVERNADOR, EX-DEPUTADO, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), PAI, JOSE AGRIPINO MAIA, SENADOR.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, é realmente motivo de pesar para o País, para o Rio Grande do Norte e para o Nordeste o falecimento de Tarcísio Vasconcelos Maia. Acompanhei de perto sua vida; pelas circunstâncias do destino, foi levado a estudar na Faculdade de Medicina da Bahia, onde, com pessoa de família tradicional na região cacaueira, casou-se e teve filhos.

Tarcísio Maia sempre foi dessas figuras, desde estudante, marcantes pela sua elegância no trato, pela sua competência e - diria até mesmo - pela sua bondade. De família da Paraíba, de onde imperava em seu sangue a política, mesmo sendo um homem de partido, um homem de facção, era extremamente hábil e gentil com todos aqueles que com ele lidavam. Foi assim quando estudante, na turma de 1939, portanto, 13 anos antes da minha turma. Mas, de qualquer sorte, tivemos contato maior em virtude de ter como colega de turma seu irmão, Otávio Mariz Maia. Daí por que pude participar um pouco do seio de sua família e ver que aquelas lutas da época da Paraíba e de Catulé do Rocha não influenciavam na figura humana do Dr. Tarcísio Vasconcelos Maia.

Indo para o Rio Grande do Norte, fez carreira política como Secretário de Educação de Dinarte Mariz, como Governador do Estado, e depois, em âmbito nacional, na Companhia Nacional de Álcalis. Mas em toda parte era o mesmo homem inteiro, correto, digno e sobretudo educado. Era um cavalheiro na mais ampla acepção da palavra, trazendo no sangue aquelas lutas de Catulé do Rocha. Isso fazia dele uma figura diferente e por isso mesmo louvada por todos que tiveram a ventura de conhecê-lo, como é o meu caso e o de muitos Parlamentares brasileiros, porque ele também foi Deputado Federal quando ingressei na Câmara dos Deputados, em 1959. Fomos também, mais uma vez, colegas no Palácio Tiradentes e depois em Brasília.

Penso que o Senado, pela figura de Tarcísio Maia, teria que se manifestar, como vai se manifestar, certamente, nesta hora, e ainda por se tratar do pai do Senador José Agripino, que segue a tradição familiar de ser um homem de lutas e também um cavalheiro. É aqui estimado por todos os colegas, é distinguido por sua competência e, em todos os postos que exerce no Senado, nas comissões ou no plenário, é sempre o mesmo homem, em mais de uma legislatura.

Por isso, neste momento, quero dizer ao meu companheiro José Agripino - que a esta hora deve estar enterrando o seu pai, com o acompanhamento dos seus amigos do Rio de Janeiro - o quanto o Senado sofre com o falecimento de Tarcisio Maia, pela figura honrada que era, e o quanto o Senado sofre também por ver um colega atingido em cheio com uma perda como a do pai do Senador José Agripino.

Portanto, ao Senador José Agripino, à sua família, ao povo do Rio Grande do Norte e da Paraíba, o meu pesar, o pesar do Senado Federal, o pesar do Brasil.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/04/1998 - Página 6366