Pronunciamento de Romeu Tuma em 23/04/1998
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DEPUTADO FEDERAL LUIS EDUARDO MAGALHÃES.
- Autor
- Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
- Nome completo: Romeu Tuma
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DEPUTADO FEDERAL LUIS EDUARDO MAGALHÃES.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/04/1998 - Página 6950
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, LUIS EDUARDO MAGALHÃES, DEPUTADO FEDERAL, ESTADO DA BAHIA (BA), EX PRESIDENTE, CAMARA DOS DEPUTADOS.
O SR. ROMEU TUMA (PFL-SP. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, eu consultava o Senador José Sarney sobre se deveria fazer o encaminhamento, porque creio que, nesta hora, o silêncio diz mais que qualquer palavra. Este encaminhamento, em tese, será desnecessário; o requerimento será aprovado, sem dúvida alguma, por unanimidade.
Eu me permitiria ler uma mensagem de D. Lucas Moreira Neves, publicada hoje no jornal O Globo, em que é feita referência à perda do nosso querido Luís Eduardo, filho do nosso Presidente. D. Lucas, Presidente da CNBB, diz o seguinte:
“Posso imaginar a dor de dona Arlette e do Senador Antonio Carlos Magalhães, que tinha em Luís Eduardo um filho afetuoso e um homem de grande projeção, apesar de sua juventude. Quero manifestar minha profunda solidariedade com eles pela perda irreparável. O Brasil perde um político que já havia dado bastante de si ao País e que poderia ter dado mais. Sempre que precisava, recorria a ele para conhecer melhor os projetos em tramitação na Câmara dos Deputados.”
A jornalista Míriam Leitão escreveu o seguinte artigo:
“A morte do futuro
Luís Eduardo Magalhães era um sonho. Do pai, da Bahia e do maior Partido da Câmara. Era um projeto dos liberais, do mercado, de vastos segmentos da economia que viam nele um representante perfeito do Brasil reformado, moderno e integrado ao mundo. Os planos foram encerrados com brutalidade. O Brasil ficou mais incerto, com um cenário mais turvo. Alguns líderes quando morrem levam parte da História. Ele levou parte do futuro”.
Dizia eu que o destino foi cruel, que a inversão cronológica da vida é cruel. Mas, como bem lembrou um membro do meu gabinete, os desígnios de Deus nunca são cruéis, são sábios. Quando alguém perde um filho, todos oramos para que não aconteça o mesmo conosco. No entanto, da nossa fé vem a certeza de que Deus sabe o que faz.
Oramos para que o Senador Antonio Carlos Magalhães procure vencer esse momento de tanta adversidade e continue a sua caminhada a serviço do País. Que Deus o ilumine e o ajude a atravessar essa grande dificuldade.