Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DEPUTADO FEDERAL LUIS EDUARDO MAGALHÃES.

Autor
Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DEPUTADO FEDERAL LUIS EDUARDO MAGALHÃES.
Publicação
Publicação no DSF de 24/04/1998 - Página 6950
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LUIS EDUARDO MAGALHÃES, DEPUTADO FEDERAL, ESTADO DA BAHIA (BA), EX PRESIDENTE, CAMARA DOS DEPUTADOS.

O SR. ROMEU TUMA (PFL-SP. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, eu consultava o Senador José Sarney sobre se deveria fazer o encaminhamento, porque creio que, nesta hora, o silêncio diz mais que qualquer palavra. Este encaminhamento, em tese, será desnecessário; o requerimento será aprovado, sem dúvida alguma, por unanimidade.

Eu me permitiria ler uma mensagem de D. Lucas Moreira Neves, publicada hoje no jornal O Globo, em que é feita referência à perda do nosso querido Luís Eduardo, filho do nosso Presidente. D. Lucas, Presidente da CNBB, diz o seguinte:

“Posso imaginar a dor de dona Arlette e do Senador Antonio Carlos Magalhães, que tinha em Luís Eduardo um filho afetuoso e um homem de grande projeção, apesar de sua juventude. Quero manifestar minha profunda solidariedade com eles pela perda irreparável. O Brasil perde um político que já havia dado bastante de si ao País e que poderia ter dado mais. Sempre que precisava, recorria a ele para conhecer melhor os projetos em tramitação na Câmara dos Deputados.”

A jornalista Míriam Leitão escreveu o seguinte artigo:

A morte do futuro

Luís Eduardo Magalhães era um sonho. Do pai, da Bahia e do maior Partido da Câmara. Era um projeto dos liberais, do mercado, de vastos segmentos da economia que viam nele um representante perfeito do Brasil reformado, moderno e integrado ao mundo. Os planos foram encerrados com brutalidade. O Brasil ficou mais incerto, com um cenário mais turvo. Alguns líderes quando morrem levam parte da História. Ele levou parte do futuro”.

Dizia eu que o destino foi cruel, que a inversão cronológica da vida é cruel. Mas, como bem lembrou um membro do meu gabinete, os desígnios de Deus nunca são cruéis, são sábios. Quando alguém perde um filho, todos oramos para que não aconteça o mesmo conosco. No entanto, da nossa fé vem a certeza de que Deus sabe o que faz.

Oramos para que o Senador Antonio Carlos Magalhães procure vencer esse momento de tanta adversidade e continue a sua caminhada a serviço do País. Que Deus o ilumine e o ajude a atravessar essa grande dificuldade.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/04/1998 - Página 6950