O SR. RAMEZ TEBET (PMDB-MS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para fazer um comunicado, mas antes de fazê-lo, gostaria de agradecer ao Senador Lauro Campos, que será o próximo orador, e de tecer rápidas considerações.

Há Estados, cidades do Brasil que estão tão carentes, tão necessitadas e tão ansiosas pelo desenvolvimento e pelo progresso - e secundo o discurso feito pelo eminente colega que me antecedeu na tribuna, Senador Artur da Távola -, que um boato, às vezes, pode se transformar num fato concreto e gerar intranqüilidade e preocupação, como está gerando em Mato Grosso do Sul e principalmente em Corumbá, para quem me dirijo especificamente. Corumbá se encontra isolada e tem a perspectiva de ter suprida a sua falta de energia elétrica com o gasoduto da Bolívia, com a possibilidade de a cidade voltar a viver momentos áureos, com a possibilidade da industrialização de Corumbá e de Mato Grosso do Sul, com a garantia dada pelo Presidente da República da construção da termelétrica de Corumbá, com capacidade para 150 megawatts, enquanto a de Campo Grande terá capacidade para 300 megawatts. Imagino, portanto, a ansiedade da cidade branca de Mato Grosso do Sul, a capital do Pantanal, com o boato muito forte de que a usina termoelétrica não mais será construída.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o meu comunicado é no sentido de tranqüilizar a cidade de Corumbá, porque, efetivamente, o Governo da República já realizou a concorrência pública. A firma norte-americana El Paso venceu a concorrência pública, e o boato surgiu tão-somente porque essa empresa El Paso não compareceu para assinar o contrato, pediu prazo e está fazendo exigências a respeito de um gatilho cambial que ela pretende.

Isso fez com que nós, de Mato Grosso do Sul, principalmente eu, que fui alertado pelo ex-Deputado Federal Elísio Curvo e pela imprensa do meu Estado, imediatamente nos mobilizássemos e ainda ontem, junto com o ex-Deputado Elísio Curvo, junto com o Prefeito de Corumbá, que para cá se locomoveu, junto com os meus companheiros de Senado, Senadores Lúdio Coelho e Levy Dias, estivemos junto com esse grande Ministro Raimundo Britto, que nos deu a efetiva garantia, disse que poderíamos proclamar a Corumbá que estava garantida a construção da usina termoelétrica. Disse o Ministro categoricamente: “Aguardamos que a firma El Paso, que é uma grande empresa norte-americana, apesar de alguns cochilos que deu aqui conosco no Ministério das Minas e Energia, compareça para assinar o contrato, mas se não comparecer, Corumbá e Mato Grosso do Sul podem ficar tranqüilos, porque o Governo tem solução para o problema”. E saímos de lá, Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, absolutamente tranqüilos de que Corumbá terá sua usina termoelétrica construída o mais rapidamente possível. O Ministro foi enfático.

Já que falo em um momento de comunicação e não tenho mais do que cinco minutos, não posso me aprofundar mais, Sr. Presidente, mas também não posso encerrar sem dizer uma palavra, sem deixar de registrar nos Anais que Corumbá e Mato Grosso do Sul serão gratos não só ao Presidente da República, mas também ao Ministro Raimundo Britto, que deve ser ressaltado aqui e ressalto a sua comprovada competência, eficiência, objetividade e rapidez, sabendo receber a classe política, dar explicações e cumprindo realmente com aquilo que promete.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o dia de ontem foi altamente gratificante para Corumbá e para Mato Grosso do Sul, porque o grande receio de nosso Estado, com 720 quilômetros, é servir de corredor. De que adianta enterrar os canos do gasoduto no território sul-mato-grossense e não nos dar a oportunidade de aproveitar essa fonte energética não poluente e importante, também, para a preservação ambiental? O grande receio de Mato Grosso do Sul é o de ficar atrasado e de servir apenas de corredor para o transporte dos canos do gás boliviano, mas, felizmente, a usina do Corumbá será construída e, logo em seguida a ela, a usina de Campo Grande, conforme nos foi garantido. De sorte que Corumbá e Mato Grosso do Sul estão um pouco mais tranqüilos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.