Discurso no Senado Federal

APELO AO MINISTRO DA FAZENDA E AO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, NO SENTIDO DE QUE SEJA GARANTIDA UMA SOLUÇÃO PARA A LIQUIDAÇÃO DO BBC QUE PRESERVE O EMPREGO DOS 700 FUNCIONARIOS E OS INTERESSES DOS CORRENTISTAS E INVESTIDORES.

Autor
Mauro Miranda (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
Nome completo: Mauro Miranda Soares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • APELO AO MINISTRO DA FAZENDA E AO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, NO SENTIDO DE QUE SEJA GARANTIDA UMA SOLUÇÃO PARA A LIQUIDAÇÃO DO BBC QUE PRESERVE O EMPREGO DOS 700 FUNCIONARIOS E OS INTERESSES DOS CORRENTISTAS E INVESTIDORES.
Publicação
Publicação no DSF de 20/05/1998 - Página 8688
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), GARANTIA, EMPREGO, BANCARIO, INTERESSE, CORRENTISTA, PESSOA FISICA, PESSOA JURIDICA, INVESTIMENTO, MERCADO FINANCEIRO, POSTERIORIDADE, LIQUIDAÇÃO, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, ESTADO DE GOIAS (GO).

O SR. MAURO MIRANDA (PMDB-GO. Para uma comunicação.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, a população de Goiás recebeu como um golpe inesperado a liquidação do Banco Brasileiro Comercial, decretada na última sexta-feira. Com o açodamento da decisão do Banco Central, as negociações para a formação de sociedade com um banco estrangeiro foram interrompidas, restando agora a ameaça de desaparecimento de setecentos empregos e o risco de um longo calvário para os pequenos investidores recuperarem os seus depósitos. São males que poderiam ser definitivamente evitados se houvesse uma solução negociada para a crise do único banco privado do Estado de Goiás.

Minha presença nesta tribuna tem um objetivo. Em nome de todo o povo goiano, que represento nesta Casa, quero transmitir um apelo ao Ministro da Fazenda e ao Presidente do Banco Central, para que garantam uma solução de mercado que não prejudique nem os empregados e nem os investidores do Banco Brasileiro Comercial. A liquidação deve ser rápida e não deve impedir que o Banco seja adquirido por outro grupo, nacional ou estrangeiro, para que as suas vinte e cinco agências não sejam fechadas.

Gostaria de recordar que, na semana passada, o meu Estado recebeu a visita ilustre do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi assistir em Acreúna o início da colheita de algodão. Foi mais uma grande prova do respeito e da consideração que o Governo de Sua Excelência tem demonstrado com o nosso povo e com os interesses do nosso Estado. O BBC era uma dessas instituições que têm a cara de Goiás. O Banco mantinha uma interface de identidade com o povo e com a economia do Estado. O desaparecimento do Banco é como a perda de uma parte do nosso perfil.

Por isso, estamos na expectativa de uma solução que ajuste as necessidades de saneamento com o espírito de amizade e de parceria que existe entre o Palácio do Planalto e as nossas Bancadas no Congresso. Não queremos nada que não seja eticamente correto. Queremos a conclusão rápida das ações de liquidação e o encaminhamento de negociações para a absorção do BBC por outro grupo. Garantindo a continuidade do funcionamento das vinte e cinco agências, manteríamos os setecentos postos de trabalho, e os investidores não teriam de esperar anos e anos para garantir os seus direitos.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/05/1998 - Página 8688