Pronunciamento de Leomar Quintanilha em 25/06/1998
Discurso no Senado Federal
REFLEXÃO SOBRE AS CONSEQUENCIAS DA GREVE NAS UNIVERSIDADES PUBLICAS.
- Autor
- Leomar Quintanilha (PPB - Partido Progressista Brasileiro/TO)
- Nome completo: Leomar de Melo Quintanilha
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ENSINO SUPERIOR.:
- REFLEXÃO SOBRE AS CONSEQUENCIAS DA GREVE NAS UNIVERSIDADES PUBLICAS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 26/06/1998 - Página 11088
- Assunto
- Outros > ENSINO SUPERIOR.
- Indexação
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- ANALISE, IMPASSE, GREVE, PROFESSOR UNIVERSITARIO, UNIVERSIDADE, UNIVERSIDADE FEDERAL, MOTIVO, REIVINDICAÇÃO, MELHORIA, NIVEL, SALARIO, IMPOSSIBILIDADE, GOVERNO, ATENDIMENTO, REMUNERAÇÃO, PREJUIZO, CORPO DISCENTE, NECESSIDADE, URGENCIA, SOLUÇÃO, PROBLEMA.
O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB-TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, uma disputa que se acirra a cada dia entre Governo e professores, com uma greve que se arrasta há mais de dois meses, convida-nos a uma reflexão em razão de suas conseqüências.
Se, de um lado, entendemos justas as reivindicações do corpo docente na sua luta cotidiana, e, via de regra, essa luta centra-se na condição salarial; se, de outro lado, são razoáveis as ponderações do Governo em não ceder a essa ou àquela reivindicação - reajuste salarial ou nas demais questões propostas -, um ponto é fundamental, Sr. Presidente: quem está efetivamente ganhando com isso? No meu entendimento, ninguém. E quem está perdendo? A sociedade, diretamente o corpo discente, aqueles que, há mais de dois meses, não assistem às suas aulas, aqueles que, em conseqüência desse atraso, terão todo o seu planejamento, toda a sua programação, toda a sua vida reestruturada.
Essa situação, essa pendência acirrada não pode continuar, Sr. Presidente. É preciso que haja transigência de ambos: do Governo, que não pode ceder, nem atender a tudo; e dos professores, que também não podem desejar serem atendidos em tudo. Se, de um lado, são justas as alegações dos professores, de outro, o Governo, em algumas situações, não tem como, de imediato, atender a tais reivindicações. Espero, Sr. Presidente, que dessa lide, dessa pendenga, dessa discussão entre professores e Governo - as questões reivindicadas pelos professores não dependem exclusivamente da ação direta, imediata, da decisão pura e simples do Governo, mas deverão tramitar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal - surja a compreensão e a sensibilidade para que o impasse não perdure mais. Sabe-se que o prejuízo é enorme, Sr. Presidente. Vivemos num mundo competitivo, onde a educação é cada vez mais importante e fundamental na formação e no preparo do indivíduo. O mundo é competitivo, globalizado, e há países mais desenvolvidos que o nosso, em melhor situação. É preciso que a nossa universidade seja efetivamente ajustada a esses desafios de hoje, ajustada ao que a sociedade brasileira está a requerer. Não é possível continuar penalizando os professores e sobretudo os alunos, principais prejudicados com essa greve.
Era o que eu tinha a registrar nesta manhã, Sr. Presidente.