Pronunciamento de Mauro Miranda em 14/08/1998
Discurso no Senado Federal
APOIO A REELEIÇÃO DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, DESTACANDO A INTENSA CONTRIBUIÇÃO DE SEU GOVERNO AO ESTADO DE GOIAS.
- Autor
- Mauro Miranda (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/GO)
- Nome completo: Mauro Miranda Soares
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ELEIÇÕES.:
- APOIO A REELEIÇÃO DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, DESTACANDO A INTENSA CONTRIBUIÇÃO DE SEU GOVERNO AO ESTADO DE GOIAS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 15/08/1998 - Página 13122
- Assunto
- Outros > ELEIÇÕES.
- Indexação
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- MANIFESTAÇÃO, APOIO, CANDIDATURA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REELEIÇÃO, CARGO ELETIVO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, CONTINUAÇÃO, REALIZAÇÃO, CONCLUSÃO, OBRA PUBLICA, FAVORECIMENTO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, ESTADO DE GOIAS (GO).
O SR. MAURO MIRANDA (PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estamos a menos de dois meses de um dos mais importantes momentos políticos da história republicana. A serem confirmadas as últimas pesquisas eleitorais, e eu acredito que essa tendência se manterá até as eleições, teremos pela primeira vez a renovação de um mandato presidencial pelo voto popular. Vitorioso como condutor da luta obstinada contra a inflação, o Presidente Fernando Henrique Cardoso merece esse reconhecimento e essa nova prova de confiança do povo brasileiro. Estamos próximos de superar os custos sociais desse período de transição, e o povo não deseja trocar a expectativa segura de ser recompensado por esses sacrifícios. Negar apoio à reeleição do Presidente seria assumir riscos desnecessários que podem comprometer o nosso futuro. A continuidade é a melhor opção para a paz social e o desenvolvimento.
Dando mais quatro anos de mandato ao Presidente, estaremos fazendo história como nação comprometida com o amadurecimento político. Pelo caráter e pela tradição, o povo brasileiro tem sido movido pelo sentimento oposicionista. O poder de substituir os maus governantes ou seus grupos de influência é um dos princípios que sustentam a vitalidade da democracia, mas a história recente foi cruel ao cobrar os nossos equívocos no exercício desse direito político. Juscelino Kubitschek fez neste país a mais formidável experiência de desenvolvimento econômico e social do século, mas não conseguiu eleger o sucessor, perdendo para o messianismo demagógico de Jânio Quadros. Hoje, todos nós conhecemos os efeitos nefastos daquela renúncia desastrada que está para completar 37 anos daqui a 11 dias. Perdemos o rumo do desenvolvimento, vivemos 25 anos de arbítrio e ainda hoje mantemos alguma forma de convivência com as seqüelas daquele longo período de ruptura democrática.
Não quero fazer comparações de natureza política entre um e outro momento, porque as opções de poder que serão julgadas em outubro estão na mesma linha de fidelidade aos mais puros compromissos com a democracia. Também não me preocupam os temores de eventual crise que possa levar o país a retrocessos institucionais. Nosso país está definitivamente vacinado. O que quero dizer é que o povo aprendeu com as lições amargas do passado recente, e que já não quer mudar por mudar, preferindo o certo pelo duvidoso. É isso que tem sido mostrado pelas pesquisas. Aquele sentimento oposicionista está sendo substituído pelo pragmatismo da continuidade, sem os vícios do continuísmo. Hoje, não sei se Juscelino Kubitschek seria derrotado se fosse ele próprio o candidato, ao contrário do General Lott, que não teria carisma para empolgar as massas. O fato é que, felizmente, temos hoje esse instrumento inovador, moderno e democrático da reeleição, a serviço da consolidação da estabilidade monetária, do desenvolvimento, da retomada do emprego e da integração definitiva de nossa economia aos mercados mundiais.
Srªs e Srs. Senadores, não estou refletindo aqui, com estas breves palavras, uma posição apenas pessoal ou partidária. Durante o período de recesso, e nestes primeiros movimentos da campanha eleitoral, meus compromissos como presidente regional do PMDB de Goiás obrigam-me a multiplicar contatos e compromissos políticos, a ouvir mais os companheiros e a registrar sentimentos. A necessidade de manter o Presidente Fernando Henrique Cardoso, para não colocar em risco a vitória sobre a inflação, é um sentimento que tenho recolhido nos diretórios municipais, nas prefeituras, nas esquinas, nas fazendas, nos encontros fechados ou abertos ou nas viagens em que tenho acompanhado o futuro governador Íris Rezende. O testemunho que trago a este plenário reflete, portanto, o que tenho captado do sentimento popular, e isso me faz prever uma vitória ainda mais ampla do que aquela que ocorreu nas eleições passadas, quando Goiás deu ao Presidente a maior vantagem proporcional de todo o país.
Seria insensato deixar de reconhecer que o desemprego é um aliado poderoso da propaganda oposicionista. Este é o maior drama social deste final de século em países emergentes como o Brasil ou em nações industrializadas como a França e a Alemanha. A redução dos juros vai permitir a retomada do crescimento econômico e a recuperação gradual dos níveis de emprego. Fora do desenvolvimento não há milagres, e o Presidente tem insistido nesta tese. Pessoalmente, estou convencido de que vamos viver uma intensa fase de grandes investimentos públicos de infra-estrutura, nos quatro anos do futuro mandato presidencial.
Mas eu quero voltar ao motivo que me trouxe a esta tribuna, como intérprete das expectativas e dos sentimentos do povo goiano. Temos todos os motivos para ser gratos ao Presidente Fernando Henrique Cardoso. A começar pela intensa contribuição de seu governo para realizar ou completar obras fundamentais para o desenvolvimento do Estado. Para citar apenas as mais importantes, eu lembraria o poliduto que liga São Paulo a Goiânia, garantindo a estabilidade no abastecimento de derivados de petróleo; a consolidação do porto de São Simão e a construção de obras complementares na hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, assegurando o acesso aos países do Mercosul; a duplicação do trecho rodoviário Anápolis-Goiânia, e a conclusão das hidrelétricas de Serra da Mesa e de Corumbá.
Ajudando a garantir o segundo mandato para o Presidente Fernando Henrique Cardoso, o povo goiano sabe que a duplicação da rodovia Goiânia/São Paulo não será apenas um sonho de várias décadas. Este é o projeto mais importante para completar a rede de integração de Goiás e do Centro-Oeste com os grandes centros consumidores, os portos e o Mercosul, e já está inscrito na segunda etapa do programa "Brasil em Ação", que será iniciada no próximo ano, já no decurso do segundo mandato presidencial. Outro compromisso que só terá garantia de continuidade com a vitória do Presidente é a construção do gasoduto Brasil/Bolívia, com as ramificações que vão beneficiar o nosso Estado. Com todas essas conquistas, Goiás estaria completando o projeto básico de sua integração nacional e continental, que é a meta essencial de um estado emergente com grandes potenciais de desenvolvimento econômico.
Meus prezados colegas, em breve estaremos perdendo a companhia do ilustre companheiro Íris Rezende neste plenário. Ele vai chegar ao seu terceiro mandato de governador com a diferença mais expressiva entre todos os postulantes a governos estaduais, e com isso vai crescer ainda mais a projeção nacional de sua liderança, como principal referência de todas as movimentações políticas que ocorrem em nosso Estado. O ex-governador Maguito Vilela, nosso futuro colega nesta Casa, e o seu sucessor no cargo, o ilustre companheiro Naphtali Alves de Souza, foram exemplares na parceria de solidariedade com o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. E essa solidariedade tem sido correspondida em gestos, atos e palavras por Sua Excelência. Sob a liderança de Íris Rezende, que tem sido interlocutor permanente do Presidente, esse amplo canal de diálogo, sob o estímulo adicional das raízes familiares goianas do Presidente, vai seguir o destino da boa convivência, do debate construtivo e da união de esforços comuns para atender às grandes aspirações do povo goiano.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigado.