O SR. JOSÉ SAAD (PMDB-GO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, já neste segundo dia de funcionamento do nosso Plenário, vamos tendo idéia do que acontecerá nesses próximos meses, com a chegada dos nossos Colegas, sobrecarregados com os problemas do País durante a campanha eleitoral. Assim mesmo, nesta oportunidade, sirvo-me deste Plenário para transmitir uma mensagem de âmbito regional, mas que não poderia deixar de fazê-lo como goiano.

Sr. Presidente, Srs. Senadores, toda sociedade que se moderniza tem por esteio a presença de pelo menos um grande jornal. Tal é a importância da imprensa livre que, freqüentemente, é denominada de o quarto poder - uma espécie de poder informal, que, juntamente com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, compõe o arcabouço institucional dos regimes liberais-democráticos da atualidade.

No caso da sociedade goiana, inserida em um dos Estados do Brasil de mais rápida e vigorosa modernização, este grande jornal chama-se O Popular. Fazendo parte da Organização Jaime Câmara, vasto complexo de comunicação que abrange televisões, rádios e jornais nos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal, o jornal O Popular completa, neste ano de 1998, 60 anos de merecida e festejada existência.

Começou modesto, como modestos, em geral, começam os empreendimentos cujo êxito se impõe por conta da competência e do trabalho árduo. Foi no distante ano de 1938 que O Popular circulou pela primeira vez, sob a direção de Joaquim Câmara Filho, auxiliado por apenas dez funcionários. A empresa que deu origem ao jornal foi uma também modesta tipografia e papelaria, surgida na cidade de Goiás em 1935, e transferida dois anos depois para Goiânia. Jaime Câmara havia fundado essa tipografia juntamente com seu sócio, Henrique Pinto Vieira.

Hoje, O Popular tem uma tiragem diária de 45 mil exemplares. Aos domingos, essa tiragem atinge 68 mil exemplares. É, portanto, o segundo jornal mais lido em toda a Região Centro-Oeste.

É, assim, com muito orgulho e imensa satisfação que assomo hoje à tribuna do Senado Federal para comemorar o aniversário desse amigo sexagenário de toda a população do Estado de Goiás. E não uso a palavra amigo apenas como força de expressão. Pois, todo dia, durante muitos e muitos anos, antes mesmo de tomar café da manhã, os goianos começam o dia ao abrir as páginas de O Popular, certos de encontrar ali a cobertura aprofundada, equilibrada e isenta dos assuntos de Goiás. Isso, sem desmerecer, de forma alguma, o amplo noticiário sobre os acontecimentos nacionais e internacionais, de equivalente qualidade.

Ora, essa convivência diária, via de regra mantida apenas com os parentes mais próximos, autoriza-nos a chamar O Popular de verdadeiro amigo, companheiro da rotina diária. Entretanto, devo confessar que, nessa amizade, há uma pontinha de inveja de todos nós. Pois, ao contrário da gente comum, em cuja alma e corpo a passagem dos anos imprime suas marcas, o jornal O Popular, paradoxalmente, quanto mais velho fica, mais jovem, mais ágil parece. Está sempre acompanhando os tempos, seja na linguagem, seja na apresentação gráfica, seja na inauguração de novos cadernos que tratam de assuntos de interesse geral e específico. Tudo isso, sem abrir mão do equilíbrio e da seriedade, que alguns dizem ser apanágio da idade madura.

Assim, foi com a preocupação de informar mais e melhor que surgiram o suplemento Saúde, o suplemento Revista da TV e o Almanaque - caderno infanto-juvenil de grande popularidade. Mas gostaria de destacar, pela sua importância, o suplemento Campo, lançado há dez anos. Num Estado de vocação agrícola inconteste, como é o Estado de Goiás, o suplemento Campo tem sido de uma utilidade incomensurável. Ali, os agricultores e pecuaristas goianos encontram informações confiáveis que lhes têm permitido aperfeiçoar a técnica produtiva e de comercialização, bem como acompanhar os movimentos do mercado e as mudanças na política agrícola. O mencionado suplemento, dessa forma, muito tem ajudado a economia do Estado.

Concluo este pronunciamento, Sr. Presidente, desejando vida longa ao jornal O Popular e à Organização Jaime Câmara, como se costuma fazer em relação aos aniversariantes queridos.

Nestes sessenta anos de existência, o jornal O Popular tem cumprido o papel, com invulgar denodo, de contribuir para o desenvolvimento do Estado de Goiás, em todos os sentidos: econômico, social, político e, antes de tudo, institucional. Jornal de posições definidas e cobertura isenta, O Popular nunca deixou de defender e discutir os interesses do povo goiano, fazendo jus ao respeito e ao carinho de que desfruta junto a seus leitores, o mesmo acontecendo com todo o complexo de rádio e televisão que abrange totalmente os Estados de Goiás e Tocantins.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.