O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Srs. Senadores, o número dos nossos Colegas que se manifestaram a respeito da perda do Senador Vilson Kleinubling bem traduz a unanimidade do Senado Federal em relação a essa figura que pontificou nesta Casa e, em particular, na Comissão de Assuntos Econômicos.

Costumo dizer que ao político é muito importante ser querido e respeitado, mas, se não for querido e respeitado simultaneamente, o principal é que seja respeitado, que tenha o respeito dos seus colegas, que tenha o respeito do seu Estado, que tenha o respeito da Nação brasileira. Assim era Vilson Kleinübing. ele tinha o respeito de todos nós. Por isso, mesmo quando divergia, todos sabiam que falava com sinceridade, com competência e, sobretudo, com espírito público. Poucas pessoas nos últimos anos pontificaram tanto na Comissão de Assuntos Econômicos como Vilson Kleinübing.

A sugestão dos Senadores Bernardo Cabral e Júlio Campos no sentido de dar à sala da Comissão de Assuntos Econômicos o nome de Vilson Kleinübing tem um significado muito maior do que a homenagem ao colega morto. Tem o significado de um exemplo que fica para os Senadores, atuais e futuros, de verem na sua figura um homem que se destacou pelo amor à causa pública, sobretudo em defesa dos assuntos econômicos, divergindo de todos, mas ficando com aquela posição que ditava a sua consciência e que, de modo geral, era a que mais interessava ao País.

Por tudo isso, quero, nesta hora, traduzir o que disse, sexta-feira passada, em Santa Catarina, não só ao seu novo Governador, Senador Espiridião Amin, mas também à família, esposa, mãe e filhos de Vilson Kleinübing: é grande a saudade que deixa entre nós e importante o exemplo de dignidade do parlamentar e do homem público.

Assim, o Senado, fazendo o que faz hoje, cumpre estritamente o seu dever com a sociedade brasileira e, mais do que isso, cumpre o seu dever com o povo deste País, que quer procedimentos sérios de seus representantes e que tinha em Vilson Kleinübing um símbolo da dignidade parlamentar.

Portanto, lá, diante dos seus parentes e do Governador eleito, eu disse o que tínhamos feito antes de sua morte e o que estamos dispostos a fazer, posteriormente - agora, portanto -, para que o nome dele cada vez se eleve mais e para que os brasileiros o tenham sempre como um grande exemplo.

Foi uma perda, sem dúvida, para a Comissão de Assuntos Econômicos, para o Senado, para Santa Catarina e para o Brasil.