Discurso no Senado Federal

NECESSIDADE DE EFETIVA PARTICIPAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL NO PROCESSO DE ANALISE DAS MEDIDAS DE AJUSTE FISCAL. REFLEXÃO SOBRE A QUESTÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. CRITICAS AO INSTRUMENTO DA MEDIDA PROVISORIA.

Autor
Bernardo Cabral (PFL - Partido da Frente Liberal/AM)
Nome completo: José Bernardo Cabral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA FISCAL.:
  • NECESSIDADE DE EFETIVA PARTICIPAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL NO PROCESSO DE ANALISE DAS MEDIDAS DE AJUSTE FISCAL. REFLEXÃO SOBRE A QUESTÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. CRITICAS AO INSTRUMENTO DA MEDIDA PROVISORIA.
Aparteantes
Ademir Andrade, Antonio Carlos Valadares, José Fogaça.
Publicação
Publicação no DSF de 31/10/1998 - Página 14838
Assunto
Outros > POLITICA FISCAL.
Indexação
  • IMPORTANCIA, PARTICIPAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, DISCUSSÃO, ANALISE, AJUSTE FISCAL, ENCAMINHAMENTO, GOVERNO FEDERAL.
  • DEFESA, MODERAÇÃO, ALTERAÇÃO, GOVERNO, VALOR, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA, APOSENTADO, AJUSTE FISCAL, COMBATE, CRISE, NATUREZA ECONOMICA, MUNDO.
  • ANALISE, INCOMPATIBILIDADE, EXISTENCIA, MEDIDA PROVISORIA (MPV), SISTEMA DE GOVERNO, PRESIDENCIALISMO, MOTIVO, PROVOCAÇÃO, REDUÇÃO, ATUAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, GOVERNO.
  • INJUSTIÇA, GOVERNO FEDERAL, IMPOSIÇÃO, CATEGORIA PROFISSIONAL, FUNCIONARIO PUBLICO, APOSENTADO, AUMENTO, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA, AJUSTE FISCAL, REDUÇÃO, DEFICIT, PREVIDENCIA SOCIAL, PODER PUBLICO.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vejo que acertei em não ter interrompido o discurso do eminente Senador Artur da Távola. Aqui e acolá tive a idéia de que poderia fazê-lo, até porque em determinada hora ele falou nos exilados, nos que sofreram, nos que estivemos combatendo o Governo e, por isso, cassados, perdemos dez anos de direitos políticos. Uma das singulares coincidências é que quando fui eu cassado, também àquela altura era cassado o Deputado Paulo Alberto Monteiro de Barros, hoje o Senador Artur da Távola.  

E por que digo que acertei, Sr. Presidente? O Parlamento hoje sofre, e é induvidoso esse raciocínio, de um índice de impopularidade que chega quase ao rés-do-chão. Político hoje é uma palavra que tomou uma conotação absolutamente imprópria para aqueles que fazem a política por idealismo. Por que entendo dessa forma? Há uns 30 anos, o Poder Legislativo tinha um fortalecimento pelas pessoas que o compunham, os grandes vultos que passavam pelo Parlamento; era a nossa história e esta não está tão distante. Depois, o termo começou a ser pejorativo. Qualquer gentileza que se faça hoje a alguém, põe-se logo a mão no ombro e se diz: "Está vendo, ele está sendo político". E a minha mocidade, que foi também a mocidade de V. Exª, Sr. Presidente Bello Parga, era a dos diretórios acadêmicos, das lutas, e que de lá saíam para a deputação estadual e faziam carreira como deputado estadual, federal e, finalmente, como senador. Aquela geração de jovens que se elegiam apenas pela luta, onde não havia o chamado poder econômico, cedeu lugar exatamente para o esbanjamento, para esse carnaval de dinheiro que se vê hoje nas eleições, a permitir que o pÂû


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/10/1998 - Página 14838