Pronunciamento de Romero Jucá em 30/11/1998
Discurso no Senado Federal
TRANSCURSO DO DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS, AMANHÃ, 1 DE DEZEMBRO. PLEITO AO BANCO CENTRAL NO SENTIDO DE QUE ACOMPANHE A SITUAÇÃO DOS FUNCIONARIOS DO BANCO DO ESTADO DE RORAIMA, QUE ESTÃO COM SEUS SALARIOS SUSPENSOS.
- Autor
- Romero Jucá (PFL - Partido da Frente Liberal/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SAUDE.
BANCOS.:
- TRANSCURSO DO DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS, AMANHÃ, 1 DE DEZEMBRO. PLEITO AO BANCO CENTRAL NO SENTIDO DE QUE ACOMPANHE A SITUAÇÃO DOS FUNCIONARIOS DO BANCO DO ESTADO DE RORAIMA, QUE ESTÃO COM SEUS SALARIOS SUSPENSOS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 01/12/1998 - Página 17359
- Assunto
- Outros > SAUDE. BANCOS.
- Indexação
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- REGISTRO, DIA INTERNACIONAL, LUTA, COMBATE, SINDROME DE IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (AIDS), IMPORTANCIA, DEBATE, EDUCAÇÃO, SAUDE PUBLICA, CIDADANIA, ELOGIO, ATUAÇÃO, MINISTERIO DA SAUDE (MS).
- SOLICITAÇÃO, ACOMPANHAMENTO, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), SITUAÇÃO, SERVIDOR, BANCO ESTADUAL, ESTADO DE RORAIMA (RR), SUSPENSÃO, SALARIO.
- CRITICA, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DE RORAIMA (RR), INEFICACIA, GESTÃO, BANCO ESTADUAL.
O SR. ROMERO JUCÁ (PFL-RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, uso a tribuna nesta tarde, para fazer dois registros. O primeiro deles é para lembrar que amanhã, 1º de dezembro, o mundo comemora o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. Sem dúvida, trata-se de um momento de reflexão quanto aos esforços de educação, de saúde pública, de conscientização e de cidadania que devem ser feitos para enfrentarmos esse desafio dos séculos XX e XXI. Gostaria, ao registrar o Dia Mundial da Luta contra a AIDS, de mencionar também o excelente esforço de trabalho do Ministério da Saúde, comandado pelo Ministro José Serra, e, em especial, da Coordenação Nacional de DST e da AIDS, dirigida pelo Dr. Pedro Chequer.
A equipe técnica do Ministério da Saúde estruturou o Programa de Luta contra a AIDS, que conta com uma distribuição de medicamentos que é modelo para o mundo. Poucos países do nosso planeta, Sr. Presidente, têm a decisão política e o esforço financeiro que temos nessa luta contra a AIDS. Recentemente, o Ministro José Serra veio debater na Comissão de Assuntos Sociais e demonstrou o gasto, o empenho e a prioridade do Ministério da Saúde na aquisição de equipamentos para os testes de AIDS e na contenção dessa doença. Portanto, fica o meu reconhecimento ao trabalho do Ministério da Saúde e, em especial, da Coordenação Nacional de DST e da AIDS, desenvolvido por seus técnicos e dirigentes.
O segundo registro, Sr. Presidente, é o de que hoje encaminharei ao Banco Central solicitação para que acompanhe, de perto, o que atualmente ocorre com os servidores do Banco do Estado de Roraima. Mais uma vez, infelizmente, eles tiveram o pagamento de seus salários suspenso, ficando em uma situação de extrema dificuldade e irregularidade.
Quando assumi o Governo de Roraima, o Banco Federal de Roraima havia sido liquidado; encontrei um quadro social triste, com a incerteza financeira de seus servidores, a falta de rumo de seus profissionais.
Após decisão política do então Presidente da República, José Sarney, conseguimos criar o Banco do Estado de Roraima, onde esses servidores passaram a trabalhar. Durante os últimos seis anos, o Banco levou ao interior do Estado a presença bancária e a possibilidade de financiamentos e de um desenvolvimento harmônico.
Infelizmente, a partir do ano passado, o Banco do Estado de Roraima também começou a afundar. Mal gerido, direcionado para atividades político-partidárias e com uma direção não condizente com suas necessidades profissionais, vimos o Banco do Estado de Roraima tomar o mesmo caminho do Banco Federal de Roraima, que, aliás, passou mais de 10 anos em processo de liquidação, cuja decisão final só foi dada há alguns dias, aqui no Senado Federal.
Vejo, com tristeza, os jornais do meu Estado desta quinta-feira, 26 de novembro. Várias matérias demonstram que, além de estarem sem receber, os servidores do Banco do Estado tiveram que invadir o gabinete da Presidência para forçar um processo de entendimento e de negociação.
Quero hipotecar a minha solidariedade aos funcionários do Banco do Estado, registrar a minha insatisfação de ver o banco que criei ser quebrado novamente pela má administração do Governo do Estado e pedir ao Banco Central -- já que ele participou da solução negociada de transformar o Banco do Estado de Roraima em agência de fomento -- que acompanhe a situação desses servidores, bem como a posição do ativo e do passivo do Banco, para que o povo do Estado de Roraima, mais uma vez, não seja chamado a pagar a conta da má administração do Governador Neudo Campos.
Eram esses os registros que gostaria de fazer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.