Pronunciamento de Paulo Guerra em 13/01/1999
Discurso no Senado Federal
REFLEXÃO SOBRE OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DIANTE DA CRISE ECONOMICA BRASILEIRA.
- Autor
- Paulo Guerra (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
- Nome completo: Paulo Fernando Batista Guerra
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
LEGISLATIVO.:
- REFLEXÃO SOBRE OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DIANTE DA CRISE ECONOMICA BRASILEIRA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/01/1999 - Página 1444
- Assunto
- Outros > LEGISLATIVO.
- Indexação
-
- CONCLAMAÇÃO, CONGRESSISTA, ESPECIFICAÇÃO, SENADO, UNIÃO, EMPENHO, ENTENDIMENTO, SOLUÇÃO, CRISE, ECONOMIA, BRASIL.
O SR. PAULO GUERRA
(PMDB-AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esta Casa reverencia, ainda, a memória de um grande Senador, de um grande educador brasileiro, que dedicou praticamente toda a sua vida política a defender os postulados democráticos e sociais, nos quais se embute, naturalmente, como um instrumento valiosíssimo, o setor educacional.
Vivemos um momento da realidade brasileira em que há imperiosa necessidade de uma condução serena, equilibrada, para termos as soluções que melhor consultem os interesses do nosso País e da nossa Pátria. Não é sem perplexidade que, hoje, observamos as dificuldades experimentadas pelo País. As divergências assumidas aclaram, por um lado, as questões que devem ter transparência para que possamos fazer uma avaliação, um diagnóstico e um debate que permitam a retomada do crescimento e do desenvolvimento do Brasil.
Este é um momento grave, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Como representante de uma das unidades da Federação, permito-me, em nome do princípio da Federação, também levantar a minha voz para considerar que uma das missões do Senado Federal é a de ser, no mínimo, o mediador no encaminhamento de questão tão complexa. E o Congresso Nacional, Sr. Presidente, não poderá faltar ao Brasil, pelas responsabilidades inerentes ao seu próprio exercício como instituição –garantidora, também, do processo democrático– que tem, sobretudo hoje, a necessidade de visualizar o País de corpo inteiro, de maneira realista, sem subterfúgios ou imperialismo, e com o bom senso e o equilíbrio aos quais se referia o nosso grande Senador Josaphat Marinho ainda há pouco.
Assim, com eqüidistância, isenção e responsabilidade, todos nós poderemos dar a nossa contribuição, lamber as nossas feridas, procurar curá-las, porque a crise econômica revela, de forma ostensiva, a crise social, o desemprego, setores como a saúde e a educação reclamando por respostas que tragam ao País a retomada do seu desenvolvimento e garantam melhores dias para a população brasileira.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não cabem as exacerbações de ânimos, não cabem as manifestações que possam conduzir o País a decisões que possam até parecer grandiloqüentes, não cabem manifestações que não resultem em respostas conciliatórias para o equilíbrio da Federação. O pacto federativo não é algo abstrato; a concretude desse pacto se realiza à medida em que, no exercício da gestão pública desta Federação, o Governo Federal e os Governos estaduais, buscando realizar os seus planos, têm naturalmente que responder aos interesses públicos, aqueles que podem consagrar a Unidade Federativa e os princípios que todos defendemos do bem-estar social. Não se há de cogitar de democracia, quando se desrespeita a democracia; não se pode cogitar de um país economicamente forte, se debilitadíssima está sua estrutura, seu tecido social.
Portanto, conclamo a todos para que, num momento de reflexão, de responsabilidade, e amainando os ânimos, encontremos a melhor solução para nosso País a fim de obtermos equilíbrio social e econômico e sobretudo a felicidade de nossa Pátria.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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