O SR. TEOTÔNIO VILELA FILHO (PSDB-AL) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nos últimos dias, o País vem assistindo a uma dramática e heróica luta da equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso para manter a estabilidade da moeda.  

Minuto a minuto, hora a hora, os responsáveis pela economia brasileira travam lutas intermináveis contra os especuladores, externos e internos. Contra os que, mesmo dentro do Brasil, apostam no caos, apostam contra os brasileiros. Querem levar vantagens financeiras, especulando no mercado sem se importar se estão sendo sangrados recursos públicos que melhorariam a qualidade de vida do brasileiro.  

Neste grave momento de crise, o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, vêm dando irrestrito apoio às necessárias mudanças para garantir o ajuste fiscal do Governo.  

Hoje estamos votando a fixação de uma contribuição previdenciária para os inativos da União. Uma medida dura, porém necessária para a economia do País. Não podemos mais manter privilégios. O País não suporta mais manter alguns poucos encastelados em privilégios que são pagos pela imensa maioria.  

É assim que devem agir e agem os verdadeiros patriotas, os homens públicos que têm mandato popular, que têm responsabilidade social e política.  

Não é assim que vem se comportando alguns segmentos da Oposição brasileira. Sem compromisso com o Brasil, sem a necessária seriedade para analisar e propor alternativas viáveis para o País, essa oposição só faz criticar, criticar e criticar – por vezes de maneira irresponsável.  

Mais que isso, às vezes ela se arvora a propor verdadeiros absurdos como o que lemos, na segunda-feira, 25, no jornal Folha de S. Paulo , num artigo de autoria do senhor Tarso Genro.  

Ex-Prefeito de Porto Alegre, homem que integrou a cúpula da equipe do candidato derrotado da Oposição à Presidência da República, o Sr. Tarso Genro cometeu a irresponsabilidade – essa é a expressão – e a ousadia de pedir a renúncia do Presidente Fernando Henrique, reeleito pela vontade livre e soberana de 36 milhões de brasileiros, no primeiro turno, com 56% dos votos válidos.  

O que é isso, Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores? Num português claro, é golpismo. É ir contra a vontade do povo. E isso nós não aceitamos, a sociedade brasileira não aceita e jamais aceitará.  

Respondendo a essa verdadeira leviandade do Sr. Tarso Genro, e exercendo o legítimo direito de expressar, no mesmo jornal, a vontade da maioria dos 36 milhões de brasileiros que reelegeram Fernando Henrique, publiquei hoje o artigo A Tentação Golpista na página 3 da Folha de S. Paulo , que peço, nos termos regimentais, seja transcrito nos Anais desta casa.  

Muito obrigado.  

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