O SR. JÚLIO CAMPOS (PFL-MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, "mais vale a lágrima de não ter vencido do que a vergonha de não ter lutado."  

Foram oito anos de trabalho, dedicação e entrega. No entanto, estaria hoje faltando com a verdade se não reconhecesse que foram, igualmente, oito anos de democrático e salutar convívio com todos os demais colegas desta honrosa Casa. Sem dúvida, o Senado significou para mim muito mais do que um ambiente de amistosas práticas legislativas em nome da diversidade regional dentro da unidade federativa. Significou, antes de tudo, insubstituível processo de aprendizado cívico, pelo qual o conceito de representação parlamentar deixa de ser compreendido como mero exercício de retórica política e adquire verdadeira dimensão de compromisso transformador, na forma de ações sociais concretas.  

Mais ainda, graças à palavra, o legislador conversa, dialoga, persuade e convence seus pares e seus representados para a tomada de decisões fundamentais ao progresso e ao desenvolvimento nacionais. Se aprendi algo que julgo de absoluta importância nesta empreitada como Senador por Mato Grosso nesta Casa, aponto o redimensionamento da palavra, do verbo, da linguagem como instrumento de democratização do poder público. Quando empregada com propósitos de implementação do bem comum, a palavra, manifestada oralmente ou pela escrita, realiza trabalho de transformação, intervindo diretamente no fluxo desordenado, caótico e injusto das coisas no mundo.  

Aprendi no Senado a detectar e reconhecer sentidos e funções politicamente mais dinâmicas da palavUû