Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM AO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, PELO RECEBIMENTO DO PREMIO WORLD'S BEST DESIGN, CONCEDIDO PELA SOCIETY FOR NEWS DESIGN - SND.

Autor
Leomar Quintanilha (PPB - Partido Progressista Brasileiro/TO)
Nome completo: Leomar de Melo Quintanilha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM AO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE, PELO RECEBIMENTO DO PREMIO WORLD'S BEST DESIGN, CONCEDIDO PELA SOCIETY FOR NEWS DESIGN - SND.
Publicação
Publicação no DSF de 05/03/1999 - Página 4343
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), RECEBIMENTO, PREMIO, ORGANISMO INTERNACIONAL, IMPRENSA.

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB-TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a despeito da crise em que mergulhamos há cerca de dois meses, alguns novos eventos vêm reerguer o moral brasileiro: a indicação de Central do Brasil e de Fernanda Montenegro para o Oscar e de Gilberto Gil para o Grammy. Em particular, desejamos destacar a merecida homenagem prestada ao Correio Braziliense em função do prêmio World's Best Designed Newspapers (Jornal de Melhor Desenho do Mundo), concedido pela Society for News Design recentemente. 

Rememoramos que, apesar do nome, nosso homenageado não tem suas origens em Brasília. o primeiro número do Correio Braziliense foi editado em Londres em junho de 1808. Criado por José Hipólito da Costa, o jornal teve como focos iniciais a independência do Brasil, que ocorreria poucos anos depois, e a transferência da Capital para o interior.  

A última das 175 edições do Jornal, sob o comando de Hipólito, chegou ao Rio de Janeiro em 1822, constituindo-se o primeiro jornal brasileiro sem censura.  

O título foi apropriadamente resgatado por Assis Chateaubriand, criador dos Diários Associados, para batizar o periódico pioneiro de Brasília, cuja estréia coincide com a fundação da cidade em 21 de abril de 1960.  

Desde o seu início, o Correio estabeleceu-se como o jornal mais influente e de maior tiragem do Centro-Oeste. Sua posição estratégica no coração do Brasil, sob um comando eficiente, paradigmático da excelência e do dinamismo empresarial e sintonizado com as tendências do mundo globalizado, fizeram-no um veículo de projeção nacional e internacional, sendo seus editoriais referência de revistas e outros periódicos de circulação mundial.  

Na nossa avaliação, o Correio merece destaque não só por sua elegante e criativa diagramação, mas também pela consistência com que aborda os temas de interesse da Sociedade. Trata-se de um jornal ágil e informativo, que jamais se esquivou de tratar temas cruciais com isenção e profundidade. Sua relevância é também reconhecida por educadores, que já o incluem como recurso pedagógico obrigatório em suas disciplinas.  

A premiação em tela é concedida pela Society for News Design há mais de 20 anos, que seleciona os melhores jornais do mundo. Além disso, também é levado em consideração o conteúdo informativo das matérias que são enriquecidas pelo desenho do jornal.  

É, então, com muito orgulho que, vemos pela primeira vez, um jornal brasileiro ser laureado. O concurso contou com a participação de 291 jornais, que inscreveram 13.089 trabalhos publicados em 1998. E, ao final, o júri arrolou nosso Correio entre os 17 mais bem desenhados do planeta, equiparando-o ao The New York Times e outras prestigiadas publicações internacionais.  

O Correio Braziliense também foi galardoado com três outros prêmios de excelência gráfica com as seguintes edições:  

50 anos da Declaração dos Direitos Humanos;  

Morte de Frank Sinatra;  

Os Sete Pecados de Clinton.  

Como diz Jésus Aycart, editor do "El Correo de España", o prêmio é extremamente positivo, por ser a única premiação existente na área, e demonstra que o Correio não está defasado em relação ao estado da arte no resto do mundo. E, na avaliação de David Driver, editor do Times de Londres, a imprensa internacional está sempre atenta aos resultados dessa competição, sendo os contemplados merecedores de todo o respeito.  

Desejamos cumprimentar especialmente o editor de Arte do Correio Braziliense , Francisco Amaral, que, honesta e humildemente nos dá a fórmula do sucesso: aprendeu trabalhando em equipe e pesquisando os premiados da Society for News Design, na tentativa de apreender os critérios de perfeição. Tudo isto temperado pelo desejo de criar um jornal à altura de Brasília. E ele conseguiu!  

Nossos cumprimentos, portanto, ao Presidente Paulo Cabral de Araújo, ao vice-Presidente Ari Cunha, aos Diretores Evaristo de Oliveira, João Augusto Cabral, Ricardo Noblat, Paulo César Marques, Osvaldo Abílio Braga, Cláudio Renato Bastos e Maria Augusta Martins, por investir na prata da casa, e ao seu corpo técnico, que, no seu conjunto, têm feito um jornalismo sério, respeitado e ousado, dignificando a Capital Federal.  

Para finalizar, parafraseio Millôr Fernandes: o World's Best Designed Newspaper acrescenta mais luz ao Correio Braziliense e mérito a quem soube julgar.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/03/1999 - Página 4343