O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço a palavra, pela ordem, a fim de dirimir um assunto de grande relevância para a CPI relativo às instituições financeiras.

Uma série de documentos que foi objeto de apreensão pelo Ministério Público e pela Polícia Federal encontra-se no Rio de Janeiro. A CPI, dada a relevância dos documentos, resolveu adiar a audiência com o ex-Presidente do Banco Central Francisco Lopes, e o ex-Diretor de Fiscalização Cláudio Mauch, para segunda e terça-feiras, respectivamente.

Nós, os membros da CPI, estamos à disposição para examinar os documentos. Fizemos uma sugestão, um apelo mesmo, ao Presidente Bello Parga sobre a importância de S. Exª designar alguns Senadores membros da CPI, obviamente tendo um caráter de pluralidade partidária. Temos confiança em todos, mas sabemos da importância de se realizar um trabalho no qual toda a CPI possa estar completamente ciente de que as coisas serão bem-feitas.

E, dessa maneira, avaliamos que deve a responsabilidade do exame dos documentos, inclusive da seleção de documentos que virão para Brasília, ser dos membros da CPI. Claro que os assessores estarão lá nos ajudando, mas cabe aos Senadores da CPI realizar esse trabalho com a ajuda dos assessores, e não apenas os assessores. E como ainda o Presidente e o Relator estavam na dúvida, até este último instante, a respeito desse assunto, é que resolvemos fazer esse apelo público, dada a importância e relevância do assunto.

Então, fica aqui externado publicamente este apelo. Quem sabe possa o Senador Bello Parga designar três Senadores -- S. Exª escolherá quais -- para acompanharem os assessores na missão de tal responsabilidade.

Não se trata de se estar dando cobertura a este ou aquele Senador para revelar este ou aquele documento. Pode-se estabelecer inclusive um critério de revelação dos documentos que tenham todo o procedimento ético necessário e inclusive em consenso com o Relator e o Presidente da CPI, Sr. Presidente.

Muito obrigado.