Discurso no Senado Federal

EXPECTATIVA QUANTO A CONCLUSÃO DOS ESTUDOS RELATIVOS A HIDROVIA ARAGUAIA-TOCANTINS E A VIABILIZAÇÃO DO PROJETO PELO BNDES.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • EXPECTATIVA QUANTO A CONCLUSÃO DOS ESTUDOS RELATIVOS A HIDROVIA ARAGUAIA-TOCANTINS E A VIABILIZAÇÃO DO PROJETO PELO BNDES.
Publicação
Publicação no DSF de 29/04/1999 - Página 9164
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • VANTAGENS, TRANSPORTE FLUVIAL, REDUÇÃO, CUSTO, ESCOAMENTO, MERCADORIA, ESPECIFICAÇÃO, HIDROVIA, RIO ARAGUAIA, RIO TOCANTINS, INCENTIVO, AGRICULTURA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ESTADO DO PARA (PA), ESTADO DO TOCANTINS (TO), ESTADO DO MARANHÃO (MA), ESTADO DE GOIAS (GO).
  • SOLICITAÇÃO, APOIO, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), AGILIZAÇÃO, ESTUDO, IMPLEMENTAÇÃO, HIDROVIA.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO) - Sr. Presidente, Sr as e Srs. Senadores, a ninguém é lícito ignorar que o transporte fluvial – e nosso País é pródigo em rios navegáveis – permite que grandes volumes de cargas sejam conduzidos em longas distâncias, a custos infinitamente menores que as demais modalidades de transporte, especialmente o rodoviário, tão utilizado no Brasil.  

Antes mesmo da criação do Estado do Tocantins, nos anos oitenta, o Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia-Tocantins (Prodiat), realizado mediante convênio do Governo Federal com a Organização dos Estados Americanos (OEA), já recomendava, como fórmula de incremento às exportações regionais, o transporte fluvial utilizando os rios Tocantins e Araguaia, que, juntamente com o rio das Mortes, poderiam constituir uma rede hidroviária de dois mil quilômetros de extensão.  

Irrecusavelmente, uma Hidrovia Araguaia-Tocantins em pleno funcionamento implicará num sistema intermodal de transportes (juntamente com rodovias e ferrovias), configurando a expansão definitiva da fronteira agrícola dos Estados do Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão e Goiás.  

No entanto, até hoje, apenas um trecho dessa Hidrovia está em operação, aguardando implantação outro muito mais extenso, entre Miracema (Tocantins) e Estreito (Maranhão), cujas obras estão orçadas em 13,5 milhões de dólares.  

Pois bem, finalmente, o assunto começa a deixar de ser um sonho desenvolvimentista, saindo do papel para tornar-se realidade.  

É que, concretamente, o BNDES acaba de receber, para análise, o projeto relativo ao assunto, que permitirá a efetiva viabilização da Hidrovia.  

Aliás, no próximo dia 28 deste mês será criado, aqui em Brasília, o Comitê Pró-Hidrovia Araguaia-Tocantins, que, dentre suas finalidades, além de lutar pela implantação da obra, cobrará agilidade, dos órgãos ambientais e de transportes em seu exame da matéria.  

Vemos que as perspectivas finalmente são boas, mas, ao longo de nossa História, constatamos que projetos fantásticos, que permitiriam arrancar áreas deste País do subdesenvolvimento, dormiram em gavetas de burocratas, e acabaram sepultados.  

Vivemos hoje outros tempos, mas, de qualquer forma, apelamos, desta tribuna, à direção do BNDES e dos demais órgãos envolvidos, para que o tema mereça estudos que se concluam com a rapidez possível, a fim de que torne-se realidade a Hidrovia Araguaia-Tocantins, que será gênese da emancipação econômica e social de uma vasta porção do Brasil.  

Era o que tínhamos a dizer.  

 

  »


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/04/1999 - Página 9164