O SR. ARLINDO PORTO (PTB-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, vivemos hoje um impasse, uma crise que ameaça o nosso futuro, o futuro dos nossos jovens, o futuro do Brasil. Sem educação, não há como o Brasil se inserir de forma vantajosa no inevitável processo de globalização.  

Um processo de concorrência acirrada em todos os campos. Seja pelo viés meramente econômico e de racionalização de custos, seja pelo das vantagens comparativas e pelo domínio das economias centrais, ou ainda pelas inovações tecnológicas, somente com educação o nosso povo terá as ferramentas indispensáveis para enfrentarmos os desafios que o novo século nos impõe.  

No entanto, Srªs. Senadoras e Srs. Senadores, o Estado tem-se mostrado impotente na criação de novas vagas nas universidades públicas existentes ou mesmo para abrir novas frentes de estudos.  

Nas escolas privadas de ensino superior, o custo das mensalidades impede o acesso de milhares de estudantes. Mesmo aprovados nos vestibulares, muitos jovens não têm como vencer a barreira econômica. O crédito educativo foi, durante algum tempo, uma solução parcial, mas permitiu a formação de milhares de profissionais. No entanto, esse programa está em vias de extinção. O próprio Ministro da Educação, Professor Paulo Renato, admitiu recentemente que o sistema de crédito educativo está falido. Para salvá-lo, estima que há a necessidade de mudanças drásticas em sua metodologia e critérios, assim como novas fontes de recursos.  

A situação atual apresenEû