Discurso no Senado Federal

IMPORTANCIA DO PRIMEIRO ZONEAMENTO AGRO-ECOLOGICO PARA O ESTADO DO TOCANTINS.

Autor
Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • IMPORTANCIA DO PRIMEIRO ZONEAMENTO AGRO-ECOLOGICO PARA O ESTADO DO TOCANTINS.
Publicação
Publicação no DSF de 01/06/1999 - Página 13509
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, CONCLUSÃO, ZONEAMENTO AGROECOLOGICO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), REALIZAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE (MMA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE), RECURSOS, BANCO MUNDIAL, IMPORTANCIA, PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, DEPOIMENTO, CONSULTOR, BANCO MUNDIAL, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, mais uma vez trago a esta Casa um motivo de grande expectativa de regozijo, de orgulho e de satisfação da população tocantinense a respeito de um grande evento que está sendo realizado hoje na cidade de Campinas, no Estado de São Paulo, que reúne o Governador de Tocantins Siqueira Campos, o Ministro do Meio Ambiente Sarney Filho, a Embrapa, o INPE e diversas outras entidades. Nessa solenidade, o Estado de Tocantins estará recebendo o primeiro zoneamento ecológico e econômico de um Estado brasileiro da Amazônia.  

Esse estudo, Sr. Presidente, faz parte de um convênio assinado pelo Estado do Tocantins, envolvendo todas essas entidades, e financiado pelo Banco Mundial. Foi requerido exatamente antes de o Estado dar início à construção de mais de três mil quilômetros de rodovias pavimentadas, ainda no ano de 1995. A euforia e a expectativa de toda a sociedade tocantinense realmente são muito grandes.  

O estudo, elaborado com base em imagens de satélites metereorológicos e ambientais, reúne informações geocodificadas e atualizadas sobre os tipos de solo, erosão, declividade, tipos de vegetação nativa, regime de chuvas, clima, temperatura, tipos de cultura plantada, vocação, manchas urbanas no Estado do Tocantins, áreas protegidas em parques nacionais, hidrografia. Com tudo isso, o Tocantins tem a chance de propor um desenvolvimento racional e sustentado para o seu território. O estudo indica ainda as áreas adequadas para a intensificação das atividades humanas, sobretudo a agricultura e a pecuária.  

Sr. Presidente, o Jornal de Brasília traz extensa matéria acerca desse assunto, incluindo depoimentos de técnicos do Banco Mundial e da Embrapa, que relatam toda essa expectativa com relação a esse importante passo dado pelo Governo do Estado de Tocantins rumo ao zoneamento agroecológico – assim denominado por esses técnicos –, que identifica as áreas para agricultura, pecuária, proteção ambiental, adequando a atividade humana à biodiversidade.  

Para os especialistas que assinam esse zoneamento, a grande vocação econômica do Estado do Tocantins é a agropecuária, que deve intensificar e modernizar a agricultura, investindo no plantio de pastagens mais produtivas, fazer um desenvolvimento sustentável com aumento da produção e sem a degradação ambiental ou depressão de recursos naturais e que exige mudanças de raciocínio, de tecnologias e um ordenamento territorial adequado.  

Nos zoneamentos, são propostas as áreas mais adequadas para cada tipo de atividade, considerando o potencial de erosão do solo, a capacidade de resposta dos diferentes solos e vários sistemas agrícolas, como clima, drenagem e outros fatores importantes. Foram consideradas no estudo novas tendências na produção agrícola e o apontamento de melhores áreas para a sua prática.  

Realmente, Sr. Presidente, existem muitos aspectos por demais importantes para a economia do nosso Estado. O resultado desse zoneamento agroecológico permite consultas e atualizações, conforme as necessidades específicas de planejamento.  

Foram mais de dois anos de levantamentos de campo e análise por imagens de satélite, em um estudo que custou cerca de US$800 mil, financiados pelo Banco Mundial por meio de um grande convênio assinado entre o Governo do Estado do Tocantins, a Embrapa e o Instituto de Pesquisas Espaciais.  

Hoje, para a nossa satisfação, esse estudo está sendo apresentado à população brasileira, com a presença do Ministro Sarney Filho, do Governador Siqueira Campos e de diversas outras autoridades.  

Trago para serem também transcritos nos Anais desta Casa a opinião, o depoimento e os estudos de vários técnicos, encarregados e consultores do meio ambiente do Banco Mundial, entre eles o Dr. Vitor Bellia, e da Embrapa, o Dr. Evaristo Eduardo de Miranda.  

Portanto, Sr. Presidente, o Tocantins, mais uma vez, sai na frente. É o primeiro Estado a receber esse zoneamento. O esforço e o sacrifício do Governo do Estado hão de dar à nossa população, à economia do nosso Estado uma nova característica; e o homem, adequando-se às novas tecnologias, poderá fazer um investimento mais produtivo, respeitando a natureza e trazendo melhores desempenhos para a economia do Estado do Tocantins.  

Sr. Presidente, peço a transcrição completa das matérias do Jornal de Brasília e da Revista IstoÉ que destacam o assunto.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.  

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS EM SEU PRONUNCIAMENTO:  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/06/1999 - Página 13509