Pronunciamento de Francelino Pereira em 09/06/1999
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM AO JORNALISTA MURILO MELLO FILHO, PELA POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
- Autor
- Francelino Pereira (PFL - Partido da Frente Liberal/MG)
- Nome completo: Francelino Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM AO JORNALISTA MURILO MELLO FILHO, PELA POSSE NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 10/06/1999 - Página 14859
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM, MURILO MELLO FILHO, JORNALISTA, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), POSSE, ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL).
O SR. FRANCELINO PEREIRA
(PFL-MG. Para uma comunicação inadiável.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o jornalista potiguar Murilo Mello Filho tomou posse na Academia Brasileira de Letras, nesta segunda-feira, 7 de junho.
Ele ocupa a cadeira nº 20, cujo patrono é o escritor Joaquim Manoel de Macedo, sucedendo a Salvador de Mendonça (seu primeiro ocupante), Emílio de Menezes, Humberto de Campos, Múcio Leão e Lyra Tavares (o último).
Em cinco décadas de carreira, Murilo Mello Filho foi personalidade singular do jornalismo e das letras nacionais, definido por seu companheiro e amigo Roberto Muggiati como "radicalmente, jornalista - cronista instantâneo da História".
Talvez o que o mais singulariza seja, de fato, sua presença discreta, mas perspicaz nos grandes momentos da vida nacional. Dois desses momentos foram, em 1954, a crise que levou João Café Filho, seu conterrâneo, ao poder, e, em 1961, a renúncia de Jânio Quadros, quando levou pessoalmente a carta do Presidente ao Deputado Aberlardo Jurema.
Murilo trabalhou nessas cinco décadas com grandes nomes do jornalismo brasileiro. No Correio da Noite , com o Cardeal Dom Jaime Câmara; no Jornal do Commércio , com o Assis Chateaubriand, Austragésilo de Athayde e Elmano Cardim; em O Estado de S. Paulo , com Júlio de Mesquita Filho; na Tribuna da Imprensa , com Carlos Lacerda; na TV-Rio, com Walter Clark e José Bonifácio Sobrinho; e na Manchete, com Adolpho Bloch.
De Café Filho a José Sarney, ele acompanhou os Presidentes nas suas viagens internacionais.
Em audiências, contatos, entrevistas e visitas, encontrou-se com alguns dos grandes líderes que escreveram a história mundial na segunda metade deste século, tais como Eisenhower, Kennedy, Nixon e Reagan; De Gaulle e Giscard’Estaing; Salazar e Mário Soares; Thatcher e Elizabeth II; Adenauer; Golda Meir, Moshe Dayan, Yitzchak Rabin e Simon Peres; Fidel Castro e "Che" Guevara.
Publicou uma dezena de livros, entre eles, A guerra dos seis dias em 1967 , As reportagens que abalaram o Brasil em 1962 e em parceria com Carlos Lacerda, Joel Silveira e outros; O assunto é padre , em 1964, com Raquel de Queiroz, Josué Montello e outros; O desafio brasileiro , em 1972, traduzido para o inglês e o castelhano; O milagre brasileiro , em 1974; O milagre brasileiro , em 1979; Memória Viva , em 1981; O meu Rio Grande do Norte , em 1984; e Testemunho político , em 1998.
O seu trabalho e os seus livros levaram Murilo Mello Filho para a Academia dos Imortais.
Estou aqui para transmitir ao novo membro da Academia Brasileira de Letras o abraço desta Casa e dos mineiros.
Muito obrigado.