Pronunciamento de Pedro Simon em 16/06/1999
Discurso no Senado Federal
REGISTRO DA CANONIZAÇÃO DO PADRE MARCELINO CHAMPAGNAT, CRIADOR DA ORDEM DO INSTITUTO DOS PEQUENOS IRMÃOS DE MARIA - IRMÃOS MARISTAS, NO DIA 18 DE ABRIL DO CORRENTE ANO.
- Autor
- Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
- Nome completo: Pedro Jorge Simon
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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IGREJA CATOLICA.:
- REGISTRO DA CANONIZAÇÃO DO PADRE MARCELINO CHAMPAGNAT, CRIADOR DA ORDEM DO INSTITUTO DOS PEQUENOS IRMÃOS DE MARIA - IRMÃOS MARISTAS, NO DIA 18 DE ABRIL DO CORRENTE ANO.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/06/1999 - Página 15511
- Assunto
- Outros > IGREJA CATOLICA.
- Indexação
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- REGISTRO, HOMENAGEM, MARCELINO CHAMPAGNAT, SACERDOTE, IGREJA CATOLICA, COMENTARIO, BIOGRAFIA.
O SR. PEDRO SIMON
(PMDB-RS) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Eu gostaria de registrar hoje, desta tribuna, a canonização, no dia 18 de abril do corrente, do padre Marcelino Champagnat, criador da ordem do Instituto dos Pequenos Irmãos de Maria, mais conhecidos como irmãos Maristas.
Por decisão de Sua Santidade, o papa João Paulo II, Marcelino Champagnat passou a ser considerado santo da Igreja Católica Apostólica Romana na conclusão de um processo iniciado em 1888, portanto, há 111 anos. A beatificação ocorreu em 1955, com a comprovação dos dois primeiros milagres. Em 1997 foi aceito o terceiro milagre, o que tornou possível a canonização, agora concretizada.
Filho de camponeses, Marcelino Champagnat nasceu em maio de 1789, em Rosey, na França. De sua mãe e de uma tia, ex-enclausurada, recebeu a formação religiosa que o levaria ao Seminário Menor de Verrières. Teve muitas dificuldades e chegou a pensar em abandonar os estudos, mas seguiu em frente e cursou o Seminário Maior de Lyon. Ordenou-se em 1816 e foi para Lavalle, no interior da França.
Naquela cidade teve sua atenção despertada para o problema da educação, ao ver a dificuldade que filhos dos camponeses de sua paróquia que não recebiam nenhum tipo de orientação para a vida. Foi então que decidiu dedicar-se à missão de ensinar e de catequizar. Aos poucos foi agregando jovens educadores ao redor de si. Mas, ao longo de toda sua vida, não teve o apoio dos poderes públicos. Entre os próprios sacerdotes tinha pouco apoio.
Mesmo assim, quando faleceu, em 1840, aos 51 anos, a congregação por ele criada tinha 280 irmãos espalhados por 48 comunidades da França e por quatro em outros países. Hoje, passados quase 160 anos, são 5 mil os irmãos Maristas, espalhados por 75 países, entre eles o Brasil. Em nosso país, existem hoje 65 colégios, 35 obras sociais, duas universidades (uma em Porto Alegre e uma em Curitiba) e uma editora comandada pela ordem. O trabalho educacional que vem sendo desenvolvido pelos irmãos Maristas em nosso País é da maior importância e tem o reconhecimento de toda a sociedade.
Sr. Presidente, para concluir, eu gostaria de transcrever aqui o trecho de um documento publicado na revista Echo, do Instituto dos Irmãos Maristas de Roma. Diz o documento:
"Marcelino Champagnat, um coração sem fronteiras, aponta para o retorno do projeto criador de Deus. Quando uma pessoa vive sua existência, partindo dessa perspectiva, adquire uma dimensão profética, porque o amor que une é a chave de sua atuação. Marcelino afirmou: Todas as dioceses do mundo entram em nossos planos. Não há fronteiras geográficas que resistam ao impulso do carisma. Enviou irmãos à Oceania, viagem imprudente e aventureira naquela época. Não há fronteiras sociais porque os que estão à margem são os privilegiados. Por isso, combateu a ignorância religiosa e a pobreza mediante a educação integral da pessoa. Consciente do prejuízo que as fronteiras produzem, da dor e do sofrimento que geram... arriscou enfrentá-las para dedicar-se aos mais necessitados".
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado.