O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL-RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a noite de 17 de junho de 1822 permanece viva e iluminada em nossas lembranças. Estava naquele memorável dia sendo fundado o Grande Oriente do Brasil, sob os aplausos de abnegados homens de letras, de maçons ilustres, de religiosos destemidos e do povo livre que a tudo assistia.

Sempre com a nobre missão de ajudar a guiar os passos firmes da Pátria pela senda do dever cívico, o Grande Oriente do Brasil esteve à frente dos grandes acontecimentos que mudaram para melhor os destinos da Nação.

Pátria e Maçonaria passaram a trilhar o mesmo caminho, e suas histórias se completaram com o passar do tempo, nas lutas renhidas pelas grandes conquistas sociais do século XIX, continuaram entrelaçadas no século XX, que se exaure e, certamente, continuarão ligadas no terceiro milênio que se aproxima radioso.

Aos umbrais do terceiro milênio, o Grande Oriente do Brasil segue firme com o propósito de continuar o seu grande trabalho, que é liderar homens livres para fazerem o progresso do País. Esse progresso é visível a cada dia, e a prova disso é o constante movimento maçônico que reúne os irmãos dos países que formam o Mercosul.

Nascido em Ouro Preto, em 1994, o Primeiro Encontro de Maçons do Mercosul projetou-se em São Paulo, em 1995, onde maçons da América Latina buscaram a integração da Maçonaria nesse memorável projeto. Em 1996, o III Encontro de Maçons do Mercosul foi um sucesso em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Em outubro de 1997, em Curitiba-PR, vivemos momentos do progresso e conquistas com o IV Encontro de Maçons do Mercosul.

Em junho de 1997, Brasília sediou o megaevento “Compasso para o Futuro”, onde grande número de maçons do Brasil e do exterior estiveram reunidos em busca de melhores dias para os povos do Brasil e das nações irmãs.

Em abril de 1998, a Maçonaria, solidária com as 70 mil pessoas atingidas direta ou indiretamente pelo grande desastre ecológico das queimadas no Estado de Roraima, instituiu o programa SOS-Roraima, com o propósito de angariar recursos financeiros, roupas, alimentos e remédios para amenizar o sofrimento daquelas famílias, reportando-se a todas as Lojas Maçônicas, cerca de 3.000, contribuindo, assim, para a reconstrução do que o fogo destruíra.

Em maio de 1998, o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, em audiência com o Ministro da Saúde, ratifica o seu apoio no combate à dengue, no que engajou todas as lojas nesse árduo trabalho.

Na mesma ocasião, convidou o Exmº Sr. Ministro da Saúde, Dr. José Serra, a visitar a Fundação Maçônica Manoel dos Santos, na cidade de Uberlândia, cuja organização, dada a sua maneira de administrar os recursos, contribuiria como modelo para todo o Brasil.

Ainda em maio de 1998, instituiu o Grande Oriente do Brasil o Programa de Socorro ao Nordeste Brasileiro - PSNB, de ajuda aos flagelados da seca, com doações em dinheiro e gêneros alimentícios arrecadados pelas Lojas Maçônicas de todo o Brasil e distribuídas através dos maçons e das autoridades de cada Município do Nordeste atingido pela seca.

Em abril passado, o Grande Oriente do Brasil promoveu, na cidade de Gramado-RS, o V Encontro de Maçons do Mercosul com o mesmo êxito dos encontros anteriores, com fraternal bloco dos países vizinhos irmanados no único propósito de alavancar o comércio da América do Sul, como disse muito bem o Irmão Jafé Torres: “O Mercosul pretende consolidar uma união aduaneira e amalgamar as bases para o soerguimento de um mercado comum, pleno, no início do próximo século”.

A Maçonaria continua, mesmo anonimamente, a prestar à Pátria o grande serviço em prol das nossas crianças, quando, unida à Organização Internacional do Trabalho - OIT, lançou em Brasília, em 1997, a Campanha de Combate à Exploração do Trabalho Infantil. Isso é a resposta para aqueles que maldosamente perguntam: o que está fazendo a Maçonaria? Atualmente, o Grande Oriente do Brasil está encetando uma forte campanha, de âmbito nacional, denominada “Maçonaria Contra as Drogas”, que a cada dia soma adeptos e está presente em todos os lugares onde exista uma Loja Maçônica e, além dos maçons, as nossas esposas, através da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, atuam com toda presteza na área de educação e filantropia, assessorando os preceptores da Ação Paramaçônica Juvenil -APJ, que congrega filhos e filhas de maçons ou outros jovens de bons costumes, de ambos os sexos, especialmente convidados, com o propósito de se constituir em alternativa de vida social sob os influxos da moral e dos ideais maçônicos.

É isso, Srs. Senadores, o que o Grande Oriente do Brasil vem fazendo. Ainda conta com 852 instituições de caridade, como: creches, asilos, escolas, ambulatórios, postos de atendimentos médicos e odontológicos, escolas profissionalizantes e assistência à mãe aidética, mantidas pelas mais de 3.000 Lojas Maçônicas em todo o Brasil.

É com muito orgulho que homenageamos neste dia essa Grande Instituição, que é o Grande Oriente do Brasil, e que completa seus 177 anos de fundação, tão jovem como nos primeiros dias. Tão atuante quanto no albor dos movimentos libertários.

Relembrando as palavras do nobre Senador José Roberto Arruda, que, no seu pronunciamento nesta Casa, ano passado, foi feliz ao dizer que “o Grande Oriente do Brasil tem mais futuro do que passado” é que vos digo também que é com a base firme do passado que podemos construir a monumental projeção de um futuro radioso e pleno de conquistas.

Que as minhas palavras possam levar ao Grande Arquiteto do Universo o pleito dos maçons do Brasil, para que essa data festiva dos 177 anos de existência possa se perpetuar por todos os séculos para a felicidade dos homens livres e de bons costumes e para a Glória do Grande Geômetra dos Mundos, que é Deus.

Parabéns, povo maçônico.

Parabéns, Grande Oriente do Brasil, pelos seus 177 anos de trabalho, justiça e glórias.

Muito obrigado, Sr. Presidente.