Discurso no Senado Federal

INDIGNAÇÃO DIANTE DOS RESULTADOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, RESSALTANDO O AUSPICIOSO TRABALHO DESENVOLVIDO PELA FUNDAÇÃO BRADESCO NESTA AREA.

Autor
Maria do Carmo Alves (PFL - Partido da Frente Liberal/SE)
Nome completo: Maria do Carmo do Nascimento Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO.:
  • INDIGNAÇÃO DIANTE DOS RESULTADOS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, RESSALTANDO O AUSPICIOSO TRABALHO DESENVOLVIDO PELA FUNDAÇÃO BRADESCO NESTA AREA.
Publicação
Publicação no DSF de 22/06/1999 - Página 15910
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, PRECARIEDADE, SITUAÇÃO, EDUCAÇÃO, PAIS.
  • ELOGIO, TRABALHO, FUNDAÇÃO, BANCO PARTICULAR, MANUTENÇÃO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, ESTADOS, PAIS, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ESTADO DE SERGIPE (SE), DISTRITO FEDERAL (DF), DESENVOLVIMENTO, POLITICA, MELHORIA, QUALIDADE, MODERNIZAÇÃO, SISTEMA DE ENSINO.

A SRª MARIA DO CARMO ALVES (PFL-SE) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Brasil já seria um país bem mais desenvolvido e já teríamos avançado consideravelmente nos caminhos do progresso se não houvesse soluções de continuidade em projetos bem sucedidos, quando das transições de governos, e, ainda, se as boas iniciativas, independentemente de suas origens, ou comprometimento partidário, fossem seguidas e multiplicadas.  

O país tem um prejuízo enorme, ainda incalculável, com os projetos interrompidos ou desviados de suas finalidades originais, por motivo das alternâncias políticas no poder, em todos os níveis da administração pública.  

Somos altamente necessitados de iniciativas não governamentais na área de saúde, assistência social e, especialmente, na área de educação, onde os Governos, por mais que invistam, não têm condições de resposta efetiva a todas as carências da sociedade, porque educação não se faz somente com dinheiro, que, indiscutivelmente, é indispensável, como também indispensáveis são os recursos materiais e humanos, a capacidade gerencial e uma dose extraordinária de idealismo.  

Neste cenário sombrio das notícias que enchem os jornais, com massacres, escândalos, tragédias do trânsito, atropelamentos da ética e grande parte destes acontecimentos que nos deixam entristecidos, li no Jornal do Brasil de hoje uma notícia que muito me sensibilizou pela sua extraordinária importância.  

Apesar dos investimentos e esforços governamentais, os números de nossa educação ainda são uma tragédia, apontando perdas enormes causadas pela evasão e pela repetência, fatores que, também, têm raízes profundas na situação sócio-econômica das famílias. Basta citar em números redondos, os efetivos de matrículas feitas no ensino regular. São cerca de 30 milhões os alunos que ingressam no Primeiro Grau, este contingente cai para 5 milhões na matrícula da primeira série do Segundo Grau, mas somente dois milhões ingressam na Universidade, e dela saem com diploma uns 300 mil, segundo o IBGE, em seu Anuário Estatístico de 1996.  

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Fundação Bradesco, fundada por Amador Aguiar, tem hoje 37 escolas espalhadas por 24 Estados onde atende a 98.700 mil alunos na faixa de 7 a 18 anos, oferecendo diversos cursos, que a partir de um currículo básico, variam de acordo com o perfil sócio-econômico da comunidade, e a vocação regional, em um modelo educativo que atende tanto aos que pretendem se dedicar à atividade rural, quanto aqueles que irão seguir carreiras urbanas.  

Segundo a notícia divulgada, a Fundação Bradesco é mantida por uma associação denominada de Top Clube, que tem mais de 244 mil associados, além de também receber doações do próprio Banco, para investimentos na construção de novas escolas.  

Entre suas escolas, que funcionam tanto nas cidades como no interior, onde desenvolvem até o ensino agrícola e técnicas de agropecuária numa fazenda-escola em Bodoquena, no Estado de Mato Grosso, a Fundação Bradesco mantém uma escola no antigo e tradicional Instituto Lafayete, na Tijuca, que atende tanto a filhos daquele bairro de classe média quanto alunos dos morros vizinhos, mas, como em todo o Brasil, nada cobra por este ensino tido como de alta qualidade e que utiliza os recursos pedagógicos modernos.  

Aqui no Distrito Federal, em Ceilândia, essa Fundação mantém uma escola com mais de 3 mil alunos, onde também oferece cursos de capacitação profissional para jovens e adultos. No meu Estado, Sergipe, a Fundação Bradesco mantém uma escola de alto padrão, na cidade de Propriá, às margens do S. Francisco desenvolvendo uma política educacional do mais alto nível.  

Era o que tinha a dizer.  

Muito obrigada.  

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/06/1999 - Página 15910