O SR. ARLINDO PORTO (PTB-MG. Como Líder.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, imprescindível instrumento da democracia, a imprensa brasileira vem, ao longo dos anos, cumprindo o seu insubstituível papel de informar sobre atos e fatos, dar opiniões e formar cidadãos. O Estado de Minas Gerais, que represento nesta Casa, tem oferecido ao País excelentes meios de comunicação e ilustres jornalistas, profissionais que têm contribuído na formação da consciência crítica deste País.  

Por isso, não poderia deixar de registrar nos Anais desta Casa a posse, nesta quinta-feira, 24 de junho, da nova Diretoria da Associação Mineira de Imprensa, tendo à frente, como Presidente, o Jornalista Djalma Alves de Azevedo, reconduzido ao cargo pela vontade de seus pares. Como Vice-Presidentes, Luís Carlos Costa e Wilson Figueiredo. Assumem como Secretários, Adival Coelho de Araújo e Raymundo Vergílio Couto e Silva; como Tesoureiros, Lester Moreira e Pedro Rabelo Mesquita; como Bibliotecário, Synphrônio Veiga; e como Diretores, Wilson Miranda, Washington Mello e Virgílio Horácio de Castro Veado. Compõem o Conselho Fiscal, João de Paulo Pires, Lindolfo Pauliello, Carlos Magno de Almeida, Carlos Alberto Pereira, Lorelai Schineider e João Batista de Assis Corrêa.  

Para marcar sua luta na defesa da liberdade, da livre circulação da informação, da ética profissional na atividade jornalística, a Associação Mineira de Imprensa também instala, na ocasião, a Quinta Etapa do Memorial da Imprensa, com a entrega da primeira fase do quadro "Os Jornalistas", da artista plástica Yara Tupinambá, que perpetuará luminares do jornalismo, tendo como primeiro deles nada menos que o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, comunicador nato que se antecipou ao primeiro jornal brasileiro.  

Serão também homenageados no Memorial da Imprensa, Frei Tibúrcio José da Rocha, Diretor da Gazeta do Rio de Janeiro , primeiro jornal do Brasil (1808); Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, Diretor do Correio Braziliense ; Padre José Joaquim Viegas de Menezes, Diretor do Compilador Mineiro , primeiro jornal de Minas Gerais (1823) e Padre Francisco Martins Dias, Diretor do Bello Horizonte , primeiro jornal da capital mineira (1895).  

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero também registrar um fato marcante na imprensa mineira: o centenário do jornal Lavoura e Comércio . 

Aproveito a ocasião, uma vez que entraremos em recesso a partir da próxima semana, para registrar o centenário do jornal Lavoura e Comércio , que se comemora no próximo dia 6 de julho. Um dos mais antigos jornais de circulação diária de todo o País, o Lavoura e Comércio vem sendo editado em Uberaba, ininterruptamente, com dignidade e muita combatividade, há mais de 100 anos.  

Fundado na virada do séc. XX, o jornal foi adquirido em 1903 por Quintiliano Jardim, jornalista primoroso, ético e combativo, que o dirigiu até 1966, quando faleceu. Quintiliano e o Lavoura e Comércio se destacaram, por todo esse tempo, na defesa de Uberaba e região, no combate em favor de Minas Gerais e do Brasil.  

Esse trabalho idealista prossegue agora pelas mãos de seus descendentes, Murilo Jardim e Suzana Jardim de Oliveira. Murilo Jardim responde pela Gerência-Geral do jornal, que tem como Diretora-Editora, Suzana Jardim, a quem a Associação Mineira de Imprensa também homenageia, nesta quinta-feira, com a carteira de Sócia Honorária da AMI, honraria igualmente concedida ao jornalista Luís Evânio Dias Couto.  

Era o que eu queria registrar nos Anais desta Casa, em homenagem à imprensa mineira e brasileira, aos seus ilustres militantes e, em especial, ao Lavoura e Comércio pelos 100 anos de serviços prestados a Uberaba e região, a Minas Gerais, à democracia e à liberdade. Parabéns ao Lavoura e Comércio , a seus dirigentes e funcionários.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.