O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB. Para um comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, volto a esta tribuna mais uma vez para falar sobre as dificuldades que o povo nordestino está sofrendo.  

O inverno ocorreu no Maranhão, no Ceará, no Piauí, mas não no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Esses Estados estão com séria dificuldade. A capital de Pernambuco, Recife, continua tendo água racionada, com uma grande distância: eram nove dias; reduziu-se um pouco para seis dias, ou seja, seis dias não, um dia sim. Na própria capital da Paraíba - algo inusitado, pois nunca tinha acontecido -, estamos racionando água em alguns bairros. No interior da Paraíba - o Curimataú e o Cariri -, Sr. Presidente, Srs. Senadores, estamos sem um pingo d’água.  

É o terceiro ano de seca, e alerto mais uma vez as autoridades do Governo Federal, as autoridades do Executivo de que precisamos tomar algumas decisões estruturalizantes, que nos permitam, quando da regularidade da natureza, não passar de novo por um vexame como o que estamos passando. Devido à grande migração interna, houve aumento das dificuldades nas cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro. Milhares e milhares de nordestinos estão deixando os seus lares e engrossando o cordão de miséria dessas grandes capitais.  

Era este o apelo que queria fazer: precisamos, urgentemente, de ação do Governo Federal. Temos uma frente de emergência, mas isso não basta, porque ela beneficia apenas alguns, e não a todos, e a cada dia a situação está mais calamitosa.  

Muito obrigado.  

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