O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr^as e Srs. Senadores, sem embargo de suas notáveis bacias hidrográficas, somente agora o Brasil começa a despertar para o transporte hidroviário que, além de barato e não-poluente, tem o potencial de integrar todo o imenso território nacional, transportando mercadorias desde os mais remotos rincões do País, até os pontos consumidores e exportadores.

           Enquanto isso, na Europa, são transportadas nada menos do que trezentos milhões de toneladas de carga por ano, principalmente através da hidrovia do rio Reno.

           Daí, Sr. Presidente, a importância inestimável da futura Hidrovia Araguaia-Tocantins, que contribuirá definitivamente para o desenvolvimento das novas fronteiras agrícolas do Tocantins, do Sul do Maranhão e do Piauí, no noroeste de Goiás, do sudeste do Pará, do leste de Mato Grosso e do oeste da Bahia. São cerca de oitenta milhões de hectares de terras férteis e agricultáveis que serão beneficiadas.

           Essa hidrovia já pode ser utilizada, mas algumas obras são ainda indispensáveis para que possa ser usada integralmente, inclusive nos tempos de estiagem.

           Sr. Presidente, é preciso assinalar que a Hidrovia Araguaia-Tocantins, que tantos benefícios trará ao desenvolvimento regional e à conseqüente emancipação socioeconômica de uma vasta região do País, faz parte de um complexo de transportes multimodal incluindo rodovias e ferrovias.

           Esse corredor multimodal será um dos principais sustentáculos do desenvolvimento agro-industrial das Regiões Norte e Centro-Oeste, além de parte do Nordeste, com relação ao transporte exclusivamente rodoviário.

           Por tais razões, Sr. Presidente, reputamos da maior importância a existência do Comitê Pró-Hidrovia Tocantins-Araguaia.

           É essencial que, juntamente com a atuação desse Comitê, que a sociedade organizada e todos que querem o desenvolvimento deste País reivindiquem a rápida aprovação do relatório de impacto ambiental, que, após três anos de paralisação, finalmente chegou ao IBAMA.

           Assim, esperamos, finalmente, que as obras da hidrovia tenham prosseguimento e sejam concluídas, o que reverterá em benefício do País.

           Era o que eu tinha a dizer.