Pronunciamento de Eduardo Suplicy em 04/08/1999
Discurso no Senado Federal
APOIO A MARCHA REALIZADA PELO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA (MST) EM DIREÇÃO A BRASILIA. CONSIDERAÇÕES SOBRE O DISCURSO DO LIDER NEGRO AMERICANO, MARTIN LUTHER KING, DISTRIBUIDO POR S.EXA. AS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO SEM-TERRA.
- Autor
- Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
- Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
REFORMA AGRARIA.:
- APOIO A MARCHA REALIZADA PELO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA (MST) EM DIREÇÃO A BRASILIA. CONSIDERAÇÕES SOBRE O DISCURSO DO LIDER NEGRO AMERICANO, MARTIN LUTHER KING, DISTRIBUIDO POR S.EXA. AS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO SEM-TERRA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/08/1999 - Página 19352
- Assunto
- Outros > REFORMA AGRARIA.
- Indexação
-
- REGISTRO, MARCHA, TRABALHADOR RURAL, SEM-TERRA, DIREÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), REIVINDICAÇÃO, REFORMA AGRARIA, JUSTIÇA, CAMPO, COMENTARIO, RECEBIMENTO, APOIO, POPULAÇÃO, ITINERARIO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).
- LEITURA, DISCURSO, MARTIN LUTHER KING, LIDER, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), DEFESA, PAZ, IGUALDADE, DIREITOS, COMBATE, POBREZA, DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
O SR. EDUARDO SUPLICY
(Bloco/PT-SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Geraldo Melo, Srªs e Srs. Senadores, no último dia 26 de julho mais de mil trabalhadores rurais sem terra, que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do MST, bem como representantes de outras entidades, inclusive personalidades há muito engajadas na luta por justiça neste País, como, por exemplo, César Benjamim, resolveram realizar uma marcha em direção a Brasília, saindo da sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. Elas já caminham há mais de uma semana e estão hoje chegando a Juiz de Fora.
No último domingo eu os visitei em Areal, um dos distritos de Petrópolis, onde estavam hospedados em uma forma de acampamento em salas de aula, com colchões estendidos no chão. São pessoas que vieram de todo o Brasil e ali estavam pernoitando.
É interessante observar, segundo o testemunho dos que têm acompanhado essa marcha, a grande receptividade que ela tem alcançado, como, por exemplo, pelas ruas de Petrópolis. Eles estiveram na praça central e reuniram-se em torno da estátua de D. Pedro II, onde cerca de duas mil pessoas, vindas de muitos pontos da cidade, aglomeraram-se e ouviram várias manifestações, inclusive a fala de Leonardo Boff saudando a marcha dos companheiros, dos trabalhadores rurais sem terra. Depois eles se dirigiram para o bairro de Cascatinha, em Petrópolis, onde ficaram hospedados em uma escola, e, ao longo do trajeto, foram aplaudidos por muitas das pessoas que, das janelas, saudavam a sua presença.
Depois de percorrerem o Estado de Minas Gerais - hoje estão em Juiz de Fora, nos próximos dias 17 e 18 estarão em Belo Horizonte -, deverão chegar aqui em Brasília em meados de outubro.
Por ocasião do encontro que tive com eles, assim como por ocasião do curso que o MST e a Unicamp realizaram em 10 de julho passado, resolvi dar-lhes um pequeno presente: fiz a tradução de um dos mais belos discursos que conheço, o qual gostaria de trazer, hoje, para conhecimento dos Senadores. Acredito que essa oração tem a ver com os ideais, os métodos e a história do MST em sua luta para que seja realizada uma reforma agrária, para que haja justiça no campo e para todos os brasileiros.
Refiro-me ao discurso que foi pronunciado há 26 anos. Precisamente em 28 de agosto de 1963, diante do Memorial de Abraham Lincoln e de aproximadamente duzentas mil pessoas, na conclusão da marcha sobre Washington D.C. pelos Direitos Civis, Martin Luther King, que viveu apenas 39 anos, de 1929 a 1968, fez então essa extraordinária oração, que se tornou a mais conhecida e citada de todas as que realizou em sua vida. O discurso foi transmitido pela televisão, possibilitando a toda a nação norte-americana assistir a esse extraordinário pleito por liberdade e justiça, síntese dos valores mais altos da civilização humana.
O então Presidente John Kennedy estava muito preocupado com aquela marcha e com as eventuais conturbações sociais que dela poderiam resultar. Procurou até convencer Luther King a dela desistir ou a postergá-la. Mas King insistiu que ela tinha que ser feita e que teria um caráter pacífico.
A marcha teve extraordinários efeitos positivos, pois pouco depois o Congresso norte-americano aprovou e o presidente sancionou a Lei de Direitos Civis de 1964. Em 1965, o Congresso aprovou e o Presidente Lyndon B. Johnson sancionou a lei de direitos de votação iguais para todos os americanos.
Lembro-me de que nos estados do Sul dos Estados Unidos os negros não podiam freqüentar as mesmas escolas, os mesmos ônibus - os lugares nos ônibus eram diferentes -, os mesmos banheiros, os mesmos hotéis e motéis, e também em muitos dos estados do Sul dos Estados Unidos os negros eram proibidos de votar.
Da mesma maneira, quando o MST organizou a Marcha sobre Brasília, em 17 de abril de 1997, para lutar pela reforma agrária, para prestar uma homenagem aos 19 trabalhadores assassinados em Corumbiara, no Pará, e protestar contra a impunidade dos responsáveis por aquele massacre - cujo julgamento ainda não aconteceu; está previsto para este semestre -, houve grande preocupação da parte do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Tendo em vista o caráter pacífico da marcha, o MST ganhou grande apoio da opinião pública. A necessidade da reforma agrária tornou-se muito mais evidente. Lembro-me de como, ao chegar aqui a marcha, pessoas desceram dos edifícios, mãe, filha, neta, avó, e todos aqueles familiares abraçaram os integrantes da marcha e os aplaudiram, porque viam na marcha do MST grande relevância. Isso poderá acontecer novamente em outubro deste ano, quando aqui chegarem os companheiros do MST.
Martin Luther King Jr. foi um lutador incansável pela transformação da sociedade, de suas estruturas injustas, argumentando sempre que os movimentos alcançariam maior sucesso pela ação ativa, porém não violenta. O governo dos Estados Unidos transformou em feriado nacional um dia de homenagem a Martin Luther King Jr. Mas nem sempre os Estados Unidos seguem essa lição; volta e meia têm acionado o seu extraordinário poderio bélico contra outras nações, como recentemente no caso da Iugoslávia, juntamente com as demais nações da OTAN. Interessante que, na Cimeira, em junho último, no Rio de Janeiro, o Presidente Fidel Castro conclamou as nações pertencentes à OTAN a responderem à seguinte questão: como é possível a OTAN lançar 23 mil bombas e mísseis sobre a Iugoslávia? Será que não haveria outra forma? Será que as nações pertencentes à OTAN, os Estados Unidos não vão lançar bombas e mísseis sobre algum país das Américas? Fala-se que, eventualmente, os Estados Unidos poderão intervir militarmente numa nação vizinha, a Colômbia ou a Venezuela. Será que os Estados Unidos não poderiam aprender lições como as consubstanciadas nesse extraordinário discurso?
Encaminhei esse presente ao João Pedro Stédile, ao Gilmar Mauro, ao José Rainha e a todos os companheiros do MST, porque avalio que para eles também é importante aprender dessas lições e das recomendações de Martin Luther King, que tanto aprendeu com Mahatma Gandhi - fazia ele recomendações a seus companheiros de luta, inclusive do Black Power , naquela época em que se discutia se o melhor era realizar ações como as que ele propunha ou os chamados riots, e assim por diante.
No contexto da luta contra a pobreza, que parece caracterizar a reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional, torna-se ainda mais relevante o pronunciamento que passo a transmitir, como uma lembrança a V. Exªs, porque não sei se todos aqui conhecem o texto em português Eu tenho um sonho , de Martin Luther King Jr.:
Eu estou feliz de me juntar hoje a vocês naquela que ficará na história como a maior demonstração em favor da liberdade na história de nossa nação.
Há 100 anos, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nós estamos hoje, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse momentoso decreto tornou-se uma grande fonte de luz para milhões de escravos negros que haviam sido queimados nas chamas de causticante injustiça. Veio como o alegre raiar do amanhecer que acabou com a longa noite de sua catividade.
Mas, cem anos depois, o negro ainda não é livre; cem anos depois, a vida do negro é ainda tristemente mutilada pelas formas de segregação e pelas correntes da discriminação; cem anos depois, o negro vive numa isolada ilha de pobreza, em meio a um vasto oceano de prosperidade material; cem anos depois o negro ainda definha pelos cantos da sociedade americana e se encontra exilado em sua própria terra.
Assim nós viemos hoje aqui para dramatizar uma condição vergonhosa. De certo modo, viemos à capital de nossa nação para descontar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as palavras magníficas da Constituição e da Declaração de Independência, eles estavam assinando uma nota promissória de que todo americano se tornaria herdeiro. Essa nota era a promessa de que todos os homens, sim, negros assim como brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
É óbvio hoje que a América não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Ao invés de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo negro um cheque sem fundos; um cheque que foi devolvido com a anotação "fundos insuficientes". Nós nos recusamos a acreditar que haja fundos insuficientes na grande caixa forte de oportunidades desta nação. E assim viemos para descontar esse cheque, um cheque que vai nos assegurar as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos a esse lugar sagrado para recordar a América da intensa urgência do momento. Esse não é o tempo de nos darmos ao luxo de nos acalmar ou de tomarmos a droga tranqüilizadora do gradualismo.
Ah, como isso também é verdade no que diz respeito à questão do combate à pobreza!
Agora é a hora de tornarmos reais as promessas da democracia; é hora de nos levantarmos do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado de sol da justiça racial; agora é o momento de levantar nossa nação das areias movediças da injustiça social para a rocha sólida da fraternidade; agora é o momento de fazer da justiça uma realidade para todas as crianças de Deus. Seria fatal para a nação não perceber a urgência do momento. O verão abrasador do legítimo descontentamento do negro não passará até que haja um outono revigorante de liberdade e igualdade.
Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que esperam que os negros precisavam expelir a sua energia e agora ficarão contentes, vão ter um rude despertar se a nação voltar à sua rotina habitual.
Não haverá descanso nem tranqüilidade na América até que o negro consiga garantir seus direitos à cidadania. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir as fundações de nossa nação até que surja um dia brilhante da justiça.
Mas há algo que eu preciso falar para o meu povo, que está no limiar caloroso que nos leva para o palácio da justiça. No processo de ganhar nosso lugar de direito nós não podemos ser culpados de ações erradas.
E aí ponderou Martin Luther King Jr.:
Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo do cálice da amargura e do ódio. Precisamos sempre conduzir nossa luta no plano alto da dignidade e da disciplina. Nós não podemos deixar nosso protesto criativo degenerar em violência física. Todas as vezes e a cada vez nós precisamos alcançar as alturas majestosas de confrontar a força física com a força da alma.
A maravilhosa nova militância na qual se engajou a comunidade negra não pode nos levar a desconfiar de todo o povo branco, pois muitos de nossos irmãos brancos, como evidenciado por sua presença aqui hoje, vieram a perceber que o seu destino está inteiramente ligado ao nosso destino e vieram a perceber que a sua liberdade está inextricavelmente ligada à nossa liberdade. Esse ataque que nós compartilhamos montados para tomar de assalto as bastilhas da injustiça precisa ser carregado por um exército birracial. Nós não podemos andar sós.
Enquanto caminhamos, precisamos nos comprometer a sempre marchar para a frente. Não podemos retroceder. Há aqueles que estão perguntando aos devotos dos direitos civis: "Quando vocês estarão satisfeitos?" Nós nunca poderemos estar satisfeitos enquanto o negro estiver sendo vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial.
Nós nunca poderemos estar satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não puderem se hospedar nos motéis de nossas auto-estradas e nos hotéis de nossas cidades. Nós nunca poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for a de ir de um gueto menor para um maior.
Nós nunca poderemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem desprovidas de sua auto-estima e roubadas de sua dignidade por placas que estampam "apenas para brancos" Nós não poderemos estar satisfeitos enquanto o negro no Mississipi não puder votar e um negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem qualquer motivo para votar. Não, nós não estamos satisfeitos e não estaremos satisfeitos até que a Justiça escorra como as águas, e a integridade, como uma poderosa corrente.
Eu não estou desconsiderando que muitos de vocês vieram aqui depois de excessivas provações e tribulações. Alguns de vocês chegaram aqui depois de recentemente estarem em celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua batalha pela liberdade os deixou abatidos pelas tempestades de perseguição e abalados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês têm sido os veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que o sofrimento não merecido é redentor.
Voltem para o Mississipi; voltem para o Alabama; voltem para a Carolina do Sul; voltem para a Georgia; voltem para a Luisiânia; voltem para as favelas e guetos das cidades do norte, sabendo que, de alguma maneira, essa situação pode e será modificada. Não fiquemos atolados no vale do desespero.
Assim eu lhes digo, meu amigos, que muito embora nós tenhamos que enfrentar as dificuldades de hoje e de amanhã, eu ainda tenho um sonho.
Por isso este discurso se chamou I Have a Dream.
É um sonho profundamente enraizado no sonho americano de que um dia esta nação vai se levantar e viver plenamente o verdadeiro sentido de seu credo - nós acreditamos que essas verdades são evidentes por si próprias, que todos os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho de que um dia, nos morros vermelhos da Georgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos serão capazes de se sentar juntos na mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, mesmo o Estado do Mississipi, um Estado sufocado pelo calor da injustiça, sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e de justiça.
Eu tenho um sonho que meus quatro filhos pequenos viverão um dia numa nação onde eles não serão julgados pela cor de sua pele mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho hoje um sonho!
Eu tenho um sonho que um dia, lá embaixo no Alabama, com seus racistas viciosos, com o seu governador tendo seus lábios gotejando com as palavras de interposição e de anulação, que um dia, ali mesmo no Alabama, meninos negros e meninas negras serão capazes de se dar as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho de que um dia todo o vale será elevado, todo morro e toda montanha será rebaixada, todos os lugares acidentados serão tornados planos, os lugares tortuosos serão tornados retos e a glória do Senhor será revelada a todos e todos, juntos, verão isto acontecer.
Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu volto para o sul.
Com essa fé nós poderemos extrair da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé nós seremos capazes de transformar as desafinadas discordâncias de nossa ação em uma bonita sinfonia de fraternidade.
Com essa fé nós seremos capazes de trabalhar juntos, de rezar juntos, de lutar juntos, de irmos para a cadeia juntos, de levantarmos juntos para lutarmos pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres. Esse será o dia em que todas as crianças de Deus serão capazes de cantar com um novo sentido: "Meu país é de você; doce terra da liberdade; de você eu canto; terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos; de todos os lados das montanhas, deixai a liberdade soar" - e, se for para a América se tornar uma grande nação, isto precisa se tornar uma verdade.
Portanto deixai a liberdade soar dos prodigiosos picos dos morros de New Hampshire.
Deixai a liberdade soar das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Deixai a liberdade soar dos elevados Alleghenies da Pensilvânia.
Deixai a liberdade soar dos picos envoltos de neve das Montanhas Rochosas do Colorado.
Deixai a liberdade soar das colinas cheias de curvas da Califórnia.
Mas não apenas isto.
Deixai a liberdade soar da Montanha Rochosa da Geórgia.
Deixai a liberdade soar da Montanha de Observação do Tennessee.
Deixai a liberdade soar de todo morro do Mississipi, de todos os lados das montanhas, deixai a liberdade soar.
De todas as Américas, de todas as Áfricas, de todas as Ásias, de todas as Europas, eu acrescentaria.
E quando nós deixarmos a liberdade soar, quando nós a deixarmos soar em todas as vilas e vilarejos, em todas as cidades e estados, nós poderemos ver mais depressa a chegada do dia em que todas as crianças de Deus - homens negros e homens brancos, judeus e gentis, católicos e protestantes - serão capazes de se darem as mãos e cantarem as palavras daquele velho hino espiritual negro, "Finalmente a liberdade; finalmente a liberdade; graças a Deus todo poderoso nós somos finalmente livres".
Muito obrigado, Sr. Presidente.