O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO) - Sr. Presidente, peço a palavra como Líder.  

O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Concedo a palavra a V. Exª.  

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna na tarde de hoje para, em nome do Partido da Frente Liberal, expressar o sentimento predominante de seus membros.  

Sr. Presidente, nós nos sentimos totalmente sintonizados com a crítica feita por V. Exª ao nosso Ministro Pedro Malan. E fazemos isso, Sr. Presidente, com a autoridade moral de pertencermos a um partido que dá sustentação ao Governo, que, majoritariamente, aprova as medidas que nos são enviadas, que, somado aos demais partidos, forma uma verdadeira base de sustentação e que faz suas críticas no momento em que é preciso.  

Portanto, devemos cobrar do Ministro uma maior sensibilidade para com o social, para que S. Exª ingresse nessa discussão, trazendo toda a sua equipe econômica. Esse é um dever do PFL. Isso expressa o pensamento predominante nesta Casa e também na Câmara dos Deputados.  

No entanto, Sr. Presidente, vemos o Sr. Mendonça de Barros - um homem que trouxe uma crise quase insuperável para este País - atacar e pedir que o Presidente da República assuma o fracasso do Plano Real. A Liderança do PFL diz, com toda a sua autoridade, que ele deveria estar recolhido em seu silêncio.  

Permita-me ainda, Sr. Presidente, desta tribuna, discordar de V. Exª em apenas um ponto. V. Exª afirmou que o Ministro Pedro Malan nunca tinha recebido um só pobre em seu gabinete. Aí vai a minha pequena discordância: S. Exª recebeu um pobre de espírito chamado Luiz Carlos Mendonça de Barros, de quem não identificamos autoridade moral para criticar o Presidente da República e tampouco a equipe econômica.  

Sr. Presidente, ficam aqui as palavras, o pensamento e o sentimento do Partido da Frente Liberal, que apóia a equipe econômica, que tem autoridade para criticá-la quando necessário e, principalmente, para dela cobrar uma maior sensibilidade para com o social.  

Muito obrigado, Sr. Presidente.