O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS (PFL-TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, místicos e esotéricos de todo o mundo se metamorfosearam em profetas do apocalipse, proclamando o fim dos tempos com o surgimento do último eclipse total do sol, visível em países da Europa e Ásia.  

Fenômeno astronômico absolutamente natural, é evidente que o engodo só serviu para assustar os mais incautos e ingênuos, além de carrear polpudos recursos para setores da mídia e dos promotores de eventos pretensamente espiritualistas.  

Em verdade, não é um fenômeno natural que dará cabo da Terra, mas a ação predatória do Homem contra a Natureza, que vem provocando, com sua ganância incontida, a poluição do solo, das águas e do ar, a destruição das florestas e até da camada de ozônio, responsável pelo aquecimento de nosso Planeta.  

É preciso que os governos em geral, e a comunidade, em particular, adotem medidas urgentes objetivando estancar a sangria a que está submetida a Mãe-Terra, preservando-se o meio ambiente e os recursos naturais, que, ao contrário do que muitos pensam, não são inesgotáveis.  

Por isso, é com muita satisfação que anunciamos – que o Estado do Tocantins vem implantando, em seu processo acelerado de desenvolvimento socioeconômico, uma permanente preocupação preservacionista, que preconiza o progresso com respeito à Natureza.  

E, como confirmação dessa orientação, acaba de ser inaugurado, na Ilha do Bananal, o Centro de Pesquisas Canguçu, primeiro do Brasil e único em toda a América Latina destinado especificamente para pesquisas ambientais.  

À solenidade compareceram o Governador do Estado e o Ministro do Meio-Ambiente, ocasião em que o Chefe do Executivo tocantinense lançou o Projeto Araguaia, que tem por finalidade combater a voçoroca, recuperar as matas ciliares e evitar o assoreamento.  

É preciso assinalar que o Centro de Pesquisas Canguçu vai abrigar pesquisadores brasileiros e de qualquer outro país interessado na busca de alternativas para a redução da emissão de gases causadores do denominado efeito estufa, havendo já em desenvolvimento, na mesma Ilha do Bananal, o Projeto Seqüestro de Carbono, que abrange dois milhões de hectares e três ecossistemas: floresta, pântano e cerrado.  

Por derradeiro, ressalte-se que o Centro recém-inaugurado teve a parceria do Governo do Estado do Tocantins com o Ibama e a ONG tocantinense Gaia, o que, a nosso ver, assegura sua completa implementação.  

Iniciativas como esta, Sr. Presidente, poderão evitar o real apocalipse que poderá ser causado por nós, humanos, na depredação ambiental, revertendo esse processo e resgatando a necessidade de desenvolvimento com a de preservação da Natureza.  

Era o que tínhamos a dizer.