Pronunciamento de Artur da Tavola em 12/08/1999
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM POSTUMA PELO TRANSCURSO DOS 30 ANOS DE FALECIMENTO DO MUSICO JACOB DO BANDOLIM E 70 ANOS DE NASCIMENTO DO MUSICO TITO MADI.
- Autor
- Artur da Tavola (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RJ)
- Nome completo: Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM POSTUMA PELO TRANSCURSO DOS 30 ANOS DE FALECIMENTO DO MUSICO JACOB DO BANDOLIM E 70 ANOS DE NASCIMENTO DO MUSICO TITO MADI.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/08/1999 - Página 20158
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, JACOB PICK BITTENCOURT, MUSICO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), REGISTRO, BIOGRAFIA, CONTRIBUIÇÃO, MUSICA POPULAR.
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, TITO MADI, MUSICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
O SR. ARTUR DA TÁVOLA
(PSDB-RJ) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, abordarei dois assuntos sobre o mesmo tema: a música popular brasileira.
Dia 13/08/99 faz trinta anos da morte de Jacob Pick Bittencourt, o Jacob do Bandolim, legenda de nossa música popular. Morreu cedo, 51 anos, infarto fulminante ao voltar de encontro com Pixinguinha. Dois filhos, Sérgio Bittencourt, compositor e jornalista, falecido também, e Helena, dentista. Obra notável de instrumentista, compositor; respeito e admiração do Brasil. Trinta anos após sua passagem, Jacob do Bandolim é ainda maior no respeito e na reverência de músicos e de ouvintes qualificados de nossa música.
Ao tempo de Jacob vivo, três instrumentistas eram disputados pelas gravadoras como solistas altamente qualificados: ele, Waldir Azevedo no cavaquinho e Garoto, no violão. Garoto, como Jacob, morreria também de modo prematuro. Waldir sobreviveria aos dois, para morrer alguns anos depois em Brasília, onde residia.
O Brasil é uma espécie de paraíso das guitarras e suas variantes: o bandolim e o cavaquinho. Somente em violão possuímos pelo menos uma vintena de instrumentistas de porte internacional, no popular e no chamado erudito. Já o cavaquinho e o bandolim sempre pareceram instrumentos menos nobres que o violão, funcionando como complementos nas rodas de samba e choro. Apesar da tradição secular do bandolim, instrumento solista de concertos do período barroco, no Brasil ganha maioridade, autoridade e respeito com Jacob do Bandolim e Luperce Miranda, que o elevara à categoria de solista qualificado e de acompanhante principal de grandes cantores.