Pronunciamento de Eduardo Siqueira Campos em 18/08/1999
Discurso no Senado Federal
APELO AO GOVERNO FEDERAL PARA O PAGAMENTO DA DIVIDA CONSTITUCIONAL COM O ESTADO DO TOCANTINS.
- Autor
- Eduardo Siqueira Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
- Nome completo: José Eduardo Siqueira Campos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.:
- APELO AO GOVERNO FEDERAL PARA O PAGAMENTO DA DIVIDA CONSTITUCIONAL COM O ESTADO DO TOCANTINS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 19/08/1999 - Página 20707
- Assunto
- Outros > ESTADO DO TOCANTINS (TO), GOVERNO ESTADUAL.
- Indexação
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- PROTESTO, INCONSTITUCIONALIDADE, DISCRIMINAÇÃO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), FALTA, RECEBIMENTO, DEBITOS, UNIÃO FEDERAL.
- CRITICA, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, NEGAÇÃO, RECONHECIMENTO, DIVIDA, BENEFICIO, ESTADO DO TOCANTINS (TO).
O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
(PFL-TO) - Sr. Presidente, Sr as e Srs. Senadores, se há uma coisa líqüida e certa é a dívida da União com o Estado do Tocantins, contraída não pela vontade deste ou aquele governante, mas por imperativo constitucional.
O débito, consoante cálculos atualizados promovidos pelo Governo do Estado do Tocantins, já atinge a cifra de um bilhão de reais.
É que, sem embargo de suas imensas potencialidades, o Tocantins vem sendo tratado de forma que reputamos injusta pelo Governo Federal, a despeito do apoio que vem recebendo por parte tanto da administração estadual quanto da bancada federal tocantinense.
Assim, causou a todos nós estupefação a declaração do Presidente Fernando Henrique Cardoso, em recente entrevista a periódico, no sentido de que a União não reconhece a dívida com nosso Estado.
Mas, como isso é possível? Como uma dívida constitucional não pode ser reconhecida e quitada? É justa essa forma de tratamento do povo do Tocantins e de um Governo aliado?
Temos convicção, Sr. Presidente, que o Chefe do Executivo haverá de rever essa posição absurda, pois a Justiça clama pelo pagamento dessa dívida, pagamento esse que não mais pode ser procrastinado.
É o que esperamos de um governo democrático e justo, que temos apoiado incondicionalmente.
Essa dívida, é preciso ressaltar, vem sendo cobrada desde os idos de 1988, quando o Estado foi criado, há, portanto, onze anos.
No entanto, até hoje não foi quitada, o que tem condenado nosso Estado a uma situação de penúria, sem embargo dos esforços empreendidos pela administração estadual no sentido de promover o desenvolvimento socioeconômico dessa unidade federada.
É de conhecimento de todo o País que, com uma política inteligente e criativa de incentivos, o Tocantins vem atraindo investimentos nacionais e estrangeiros, carreados principalmente para o setor agropecuário e de ecoturismo.
Mas os recursos financeiros do Estado são limitados, sua arrecadação ainda é insuficiente, precisamente devido à pobreza de parcela significativa de sua população, que não tem como consumir.
Por isso, é fundamental que a União pague sua dívida, que não é apenas constitucional e legal, é também moral.
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