O SR. BLAIRO MAGGI (Sem partido-MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, meu tema hoje é a reforma tributária, mas, antes, gostaria de voltar ao assunto abordado pelo Senador Osmar Dias em seu pronunciamento. Realmente, a questão agrícola passa por um momento de discussão, e acredito que o Congresso Nacional e o Senado Federal têm um papel importante pela frente em relação a isso.  

Também não concordo com uma "canetada" para resolver os problemas daqueles que não investiram na agricultura no passado e querem beneficiar-se de anistia, de perdão ou de rebate. No entanto, considero de suma importância que antes de discutirmos quem deve essa conta e quem a pagará, o Executivo - fiz essa sugestão ao Presidente da República, há uma semana, - crie uma comissão para contratar uma auditoria, independente do Executivo, do Legislativo, do Banco do Brasil, do BNDES e dos agricultores, porque o que se discute e tem de ser discutido é o porquê do tamanho dessa conta.  

Um agricultor que há uns três anos comprou uma colheitadeira por US$40 mil - aqui estamos falando em dólares, para não haver dúvidas quanto ao que houve com a nossa moeda - e deu 20% de entrada, hoje está sendo executado e deve ao Banco do Brasil, junto com o BNDES, US$580 mil. Isso simplesmente não é possível.  

Sugiro que o Governo realmente contrate uma auditoria independente para determinar o tamanho dessa conta e o que é devido. A partir daí, tomaremos uma decisão política e saberemos o que fazer com a agricultura nacional. Expurgaremos totalmente aquelas pessoas que não usaram o dinheiro para o fim especí û