Pronunciamento de Hugo Napoleão em 24/08/1999
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-DEPUTADO ADOLPHO DE OLIVEIRA, RELATOR ADJUNTO DA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE.
- Autor
- Hugo Napoleão (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
- Nome completo: Hugo Napoleão do Rego Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-DEPUTADO ADOLPHO DE OLIVEIRA, RELATOR ADJUNTO DA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE.
- Publicação
- Publicação no DSF de 25/08/1999 - Página 22007
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, ADOLPHO DE OLIVEIRA, EX-DEPUTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), RELATOR, ASSEMBLEIA CONSTITUINTE.
O SR. HUGO NAPOLEÃO (PFL-PI. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, creio que o eminente Senador Bernardo Cabral, ao comunicar à Casa o falecimento do ex-Deputado Adolpho de Oliveira, já preencheu todos os espaços na análise que fez a respeito da vida pública daquele saudoso colega e companheiro.
Todavia, não poderia eu, na qualidade de Líder do Partido da Frente Liberal, deixar de fazê-lo, também, para lamentar o falecimento daquele de quem fui colega.
Tendo tido a trajetória toda a que aludiu, desde a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e da Câmara dos Srs. Deputados, aqui em Brasília, a que aludiu, repito, o eminente Senador Bernardo Cabral, fui encontrar Adolpho de Oliveira na Assembléia Nacional Constituinte, na subcomissão do Poder Executivo da Comissão de Organização de Poderes da Assembléia Nacional Constituinte.
Era um homem de conhecimento profundo da realidade brasileira e dos postulados que embasam e embasavam a vida política e institucional daqueles tempos, em que tudo se pedia, tudo se reclamava e tudo era almejado pela sociedade brasileira no desaguar dos debates da Assembléia Nacional Constituinte. E lá estava Adolpho de Oliveira, cavalheiro, lhano, correto, de uma ímpar educação, a trazer a sua valiosa contribuição.
Mas, também, nos encontros de natureza política, nas nossas reuniões, avultava a sua personalidade; a personalidade de um homem que, efetivamente, sabia o que estava falando, porque falava com a convicção das pessoas serenas e tranqüilas.
Recordo-me bem que um de seus diletos amigos, uma das mais interessantes figuras da atualidade brasileira, o ex-Ministro do Tribunal de Contas da União, Paulo Afonso Martins de Oliveira, que foi Secretário-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, e que foi também com o Ministro Renan Calheiros, Secretário-Executivo do Ministério da Justiça, tinha dele a melhor das impressões. Havia, efetivamente, entre eles, uma amizade que os unia, e unia tantos outros companheiros que nos reuníamos, às vezes, para discutir ou para conversar assuntos da realidade brasileira e, ele, sempre com aquela elegância. De modo que, tanto na vida pública quanto na vida particular, entre os amigos, Adolpho de Oliveira era exatamente o mesmo.
Por isso, em nome da Liderança do Partido da Frente Liberal, registro o meu pesar. Subscrevi em segundo lugar, logo após o Senador Bernardo Cabral -- e o fiz consternado --, este requerimento de pesar que eu não gostaria de, neste momento, estar sustentando; eu preferia que S. Exª estivesse vivo, entre nós. Porém, a vida é assim: tem seus contornos e seus destinos, e Deus sabe a hora em que deve nos levar para a vida eterna.
Que a alma de Adolpho de Oliveira encontre tranqüilidade em sua segunda e definitiva morada!